7 de outubro de 2017

Barragem de Sobradinho vai operar com defluência mínima de 550m³/s

A partir da próxima segunda-feira, 9 de outubro, será iniciada a redução gradual da vazão liberada pela barragem de Sobradinho (BA) dos atuais 580 metros cúbicos por segundo (m³/s) até o limite de 550m³/s, menor patamar já praticado até hoje no maior reservatório da bacia do rio São Francisco. Esta decisão foi acordada na última reunião de avaliação das condições de operação dos reservatórios do São Francisco, ocorrida nesta semana.
No caso da barragem de Xingó (AL/SE), que fica a jusante (abaixo) de Sobradinho, a redução para uma defluência mínima de 550m³/s foi iniciada na última segunda-feira, 2 de outubro. Esta vazão defluente também é a menor da história do reservatório.

Desde 18 de julho, com a Resolução ANA nº 1.291/2017, os reservatórios de Sobradinho e Xingó, no rio São Francisco, estão autorizados pela Agência Nacional de Águas (ANA) a liberar uma média mínima diária de 550m³/s de água, o menor patamar já autorizado para ambos os reservatórios. A autorização da ANA também permite à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) adotar uma defluência mínima instantânea (a cada medição) de 523m³/s até 30 de novembro. No entanto, estas vazões estão sendo colocadas em prática gradualmente para permitir a avaliação das medidas sobre os usos da água.

A redução da vazão defluente de Sobradinho e Xingó conta também com permissão emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em 7 de agosto, por meio da Autorização Especial nº 12/2017. Este documento também autoriza a CHESF a realizar testes de redução da vazão defluente da hidrelétrica de Xingó até o limite mínimo de 550m³/s.

A redução da defluência mínima busca preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do rio São Francisco até o final do período seco e início do próximo período chuvoso, que costuma acontecer a partir de dezembro. A medida também se deve ao agravamento das condições hidrológicas e de armazenamento de água na bacia, a qual tem registrado chuvas abaixo da média desde 2012. Por conta desta situação, a ANA vem autorizando a redução da vazão mínima defluente abaixo de 1.300 m³/s (patamar mínimo adotado em situações de normalidade) tanto em Sobradinho quanto em Xingó desde a Resolução ANA nº 442/2013, quando o piso do volume de água liberado caiu para 1.100m³/s.

A partir de então, as defluências mínimas desses reservatórios têm sido reduzidas gradativamente, conforme verificada a necessidade de adequação às condições climáticas mais severas e sempre buscando garantir a segurança hídrica na bacia. Saiba mais sobre a operação dos reservatórios do rio São Francisco na Sala de Situação da ANA: http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/saladesituacao/v2/saofrancisco.aspx.

Sobradinho

A hidrelétrica de Sobradinho fica na Bahia, a 748km da foz do rio São Francisco. Além da geração de energia, o reservatório cumpre o papel de regularização dos recursos hídricos da região, que abrange munícipios como Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Operada pela CHESF, a hidrelétrica tem potência instalada de 1.050.300kW e seu reservatório tem capacidade de armazenamento de 34.117 hectômetros cúbicos (34,117 trilhões de litros) – maior da bacia do São Francisco.

Xingó

Localizada entre Alagoas e Sergipe, a hidrelétrica de Xingó também é operada pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco. Com capacidade de armazenamento de 3,8 bilhões de metros cúbicos em seu reservatório, Xingó tem uma potência instalada de 3.162.000kW. A hidrelétrica está a 179km da foz do São Francisco, entre os municípios de Piaçabuçu (AL) e Brejo Grande (SE).

Rio São Francisco

O rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG), e chega a sua foz, no Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe, percorrendo cerca de 2.800km, passando por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. A área possui 503 municípios e engloba parte do Semiárido, que corresponde a aproximadamente 58% dessa região hidrográfica, que está dividida em quatro unidades: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco.
*Texto:Raylton Alves - ASCOM/ANA

4 de outubro de 2017

ANA recebe sugestões para regulamentar serviço de transporte de água bruta da transposição do São Francisco

Até 16 de novembro estará aberta a audiência pública não presencial para obter sugestões para a regulamentação de condições gerais da prestação do serviço público de adução de água bruta pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF). Estas regras serão aplicadas no contexto do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF), também conhecido como transposição do São Francisco, já que cabe à CODEVASF operar e manter a infraestrutura do empreendimento. Os interessados podem enviar suas sugestões para a minuta de resoluçãoda Agência Nacional de Águas (ANA) sobre o tema por meio do Portal de Audiência Pública da ANA ou do serviço de e-Protocolo.

Após receber e consolidar as sugestões, a Agência Nacional de Águas (ANA) produzirá a versão definitiva da Resolução que vai regular o serviço de adução de água bruta da transposição do Velho Chico pela CODEVASF. Desde a publicação da Lei nº 12.058/2009, a Agência recebeu a atribuição de regular e fiscalizar a prestação de serviços públicos de adução de água bruta em corpos hídricos de domínio da União (interestaduais e transfronteiriços). Também compete à ANA criar normas e fixar padrões de eficiência e tarifas para este tipo de serviço.

Segundo a minuta de resolução, a CODEVASF deverá realizar uma série de atividades contínuas e permanentes, como o monitoramento da qualidade e da quantidade de água aduzida, a identificação de usuários irregulares do recurso, inclusive nos trechos ao longo da calha do rio Piranhas-Açu (PB/RN) entre o Açude Engenheiro Avidos (PB) e a divisa entre Paraíba e Rio Grande do Norte.

De acordo com o documento proposto pela ANA, a tarifa para a água do PISF será composta da Tarifa de Disponibilidade, que cobra pela água oferecida, e da Tarifa de Consumo, que corresponde à água efetivamente consumida. Porém, tanto a estrutura tarifária quanto os procedimentos de reajuste e revisão serão tratados em resolução específica.

A CODEVASF poderá começar a operação comercial do serviço de adução cobrando tarifas parciais após assinar contrato com as operadoras estaduais, que vão operar as infraestruturas hídricas interligadas ao PISF para adução nos estados receptores da água do Velho Chico. Para que isso aconteça também é necessário que a ANA aprove o Plano de Gestão Anual (PGA) – instrumento de ajuste contratual entre a Companhia e as operadoras estaduais – e que seja comprovada a instalação, calibração e testes dos equipamentos de medição de vazões nas estações de bombeamento e nos pontos de entrega de água da transposição no trecho que entrará em operação comercial.

Da minuta de resolução da ANA também consta o conteúdo que o PGA deverá possuir e como deverá ser realizada a revisão deste tipo de documento, cuja vigência será entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano. Outro aspecto que poderá receber sugestões na audiência pública é a repartição anual de vazões entre as operadoras estaduais, sendo que estão inicialmente destinadas vazões de 6,09m³/s, 5,95m³/s, 2,95m³/s e 11,41m³/s respectivamente para as operadoras de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A proposta da Agência também contém regras para o acesso à água do PISF para pequenos usuários de água, sistemas isolados de abastecimento e pequenas comunidades agrícolas.

Também há na minuta os direitos e deveres tanto da CODEVASF quanto dos usuários da água da transposição. O documento também aborda aspectos da cobrança pelo serviço prestado, determinação do consumo, interdição e religação do fornecimento de água, entre outros aspectos.

Texto:Raylton Alves - ASCOM/ANA

Instituições públicas lançam aplicativo que acompanha situação da seca no Nordeste

A partir desta terça-feira, 3 de outubro, estará disponível para download gratuito o aplicativo Monitor de Secas tanto na Play Store (para dispositivos Android) quanto na App Store (para dispositivos IOS). Com o novo aplicativo é possível acompanhar a intensidade da seca em todo o Nordeste entre julho de 2014 e agosto de 2017. Com uma escala indicada por diferentes cores, o Monitor de Secas mostra no mapa do Nordeste as regiões que passam por seca fraca, moderada, grave, extrema ou excepcional num determinado mês.
Com o aplicativo Monitor de Secas, o usuário pode comparar dois meses selecionados, ver as regiões que tiveram aumento ou diminuição da intensidade da seca no período selecionado e verificar os percentuais de regiões nordestinas que passam por seca fraca, moderada, grave, extrema, excepcional ou que não passam por seca. A ferramenta também indica se os possíveis impactos sobre os diferentes setores econômicos são de curto e/ou longo prazo. O lançamento do aplicativo acontece na reunião de avaliação do Monitor de Secas nesta terça-feira, 3, na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília.
Durante o encontro também será discutida a inclusão de novos produtos a serem oferecidos pela ferramenta, como a identificação de vulnerabilidades e impactos das secas. Entre outros temas, serão discutidas, ainda, a ampliação territorial do Monitor e a internalização nos estados dos resultados do Monitor de Secas para orientar a tomada de decisão.
Os mapas mostrados pelo Monitor de Secas são validados por técnicos nordestinos e levam em consideração dados de monitoramento hidrometeorológico e os impactos concretos no abastecimento, agricultura e pecuária. Assim é possível apresentar periodicamente o retrato mais recente e fidedigno da seca vivenciada pela população. Com estes dados, tomadores de decisão podem realizar um planejamento coordenado de ações de preparação e resposta às situações de seca, possibilitando uma gestão de recursos hídricos mais eficiente.
Desde 2012 o Nordeste enfrenta uma das mais severas secas já registradas, afetando a disponibilidade hídrica, os usos da água e o meio de vida dos nordestinos. Os volumes dos reservatórios, essenciais para a segurança hídrica na região, diminuíram drasticamente, chegando ao colapso em muitos casos. Com esta combinação de poucas chuvas e disponibilidade de água insuficiente para atender às demandas de partes do Nordeste, partes da região passam por uma crise hídrica sem precedentes, como é o caso das bacias do São Francisco e do Piranhas-Açu.
O Monitor de Secas, que também pode ser acessado pelo site http://monitordesecas.ana.gov.br/ acompanhamento regular e periódico da situação da seca no Nordeste.

Instituições participantes

Além da Agência Nacional de Águas (ANA), participam do Monitor de Secas as seguintes instituições: Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA/PB), Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMPARN/RN), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA/BA), Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (NuGeo/UEMA), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH/SE), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH/AL), Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH/RN), Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA/MA), Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR/PI).
*Texto:Raylton Alves - ASCOM/ANA.

Estudo da ANA aponta em 45% potencial de expansão da irrigação no Brasil até 2030

Entre 1960 e 2015 a área irrigada no Brasil aumentou expressivamente, passando de 462 mil hectares para 6,95 milhões de hectares (Mha), e pode expandir mais 45% até 2030, atingindo 10 Mha. É o que aponta o Atlas Irrigação: Uso da Água na Agricultura Irrigada, estudo da Agência Nacional de Águas (ANA) lançado hoje durante o IV Inovagri International Meeting, em Fortaleza (CE).

A média de crescimento estimado corresponde a pouco mais de 200 mil hectares ao ano, enquanto o potencial efetivo de expansão da agricultura irrigada no Brasil é de 11,2 Mha. O potencial de expansão apontado acentua a necessidade de um esforço crescente de planejamento e gestão a fim de evitar ou minimizar conflitos pelo uso da água, em especial nas bacias hidrográficas que já possuem indicadores de criticidade quantitativa.

Com dados inéditos, o Atlas Irrigação apresenta uma retrospectiva, um panorama atual e uma visão de futuro sobre a agricultura irrigada brasileira, com foco no levantamento de áreas irrigadas, no potencial de expansão e no uso da água associado. Seus apontamentos permitem melhor atuação em áreas já consolidadas e naquelas que tendem se desenvolver mais rapidamente no horizonte considerado.

Para o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA, Sérgio Ayrimoraes, presente no evento, o lançamento do Atlas no principal evento sobre irrigação é um marco na busca da segurança hídrica no Brasil. "Precisamos compreender a água como insumo ao desenvolvimento e não como gargalo", disse. Segundo ele, a ANA tem trabalhado para oferecer aos governos a base técnica que sirva de instrumento para a gestão de recursos hídricos e para a tomada de decisões.

A área atual equipada para irrigação estimada no estudo é de 6,95 milhões de hectares. Embora a atividade seja dispersa no território, o estudo identificou os principais polos e características de concentração.

Com base nas áreas atuais e projetadas para 2030, bem como no uso da água associado, foi possível estabelecer, em escala nacional, as principais áreas especiais de gestão dos recursos hídricos, subdivididas em três classes: polos consolidados com menor perspectiva de expansão, polos consolidados com maior perspectiva de expansão e polos emergentes com maior perspectiva de expansão.

O setor de irrigação é o maior e mais dinâmico uso consuntivo de água dos mananciais no Brasil e no mundo: a maior parte da água é evapotranspirada pelas plantas e solos e não retorna diretamente aos corpos hídricos em um curto espaço de tempo. Embora a expansão do setor aumente o uso da água, diversos benefícios podem ser observados, tais como a otimização do uso do solo e de insumos (máquinas, implementos, mão-de-obra etc.), o aumento e a regularidade na oferta de produtos agrícolas, o estímulo à implantação de agroindústrias e a minimização de riscos meteorológicos e climáticos.

Além disso, a irrigação, em geral, tende a ser acompanhada ou antecedida por aperfeiçoamentos em outros insumos, serviços, máquinas e implementos. De acordo com o estudo, a agricultura irrigada é responsável pela retirada de 969 mil litros de água por segundo (969 m³/s) e pelo consumo de 745 mil litros por segundo (745 m³/s).

Considerando os demais usos consuntivos, esses valores correspondem a 46% da vazão total retirada (2.105 m³/s) e a 67% da vazão de consumo (1.110 m³/s). Os números se equiparam aos dos Estados Unidos, onde 59% da vazão de retirada é para irrigação, e à média global de cerca de 70% do consumo. No horizonte 2030, estima-se que a área irrigada crescerá 45%, enquanto a retirada de água deverá crescer 38%.

O menor crescimento do uso em relação à área deve-se à perspectiva de maior avanço de sistemas mais eficientes no uso da água, tais como a irrigação localizada (gotejamento e microaspersão) e a aspersão por pivô central, que representaram 70% do incremento da área irrigada no país entre 2006 e 2016. Considerando as principais culturas irrigadas e sistemas de irrigação no Brasil, o Atlas Irrigação subdivide a agricultura irrigada em quatro grandes grupos: o arroz irrigado por inundação, a cana-de-açúcar, as demais culturas irrigadas por pivôs centrais e as demais culturas irrigadas por outros sistemas.

Para cada divisão foi usada uma estratégia de análise diferente. O arroz, que ocupa 22% da área, é responsável por 37,8% do consumo da agricultura irrigada. Já a cana-de-açúcar, onde grande parte da área utiliza irrigação de salvamento (pequenas quantidades), ocupa 29% da área e consome 10,9% do total. Os pivôs centrais ocupam 20% e consomem 20,5%, enquanto as demais culturas em outros sistemas ocupam 29% e consomem 30,8% do total da irrigação.

O Atlas Irrigação é o resultado do empenho da ANA em fornecer uma nova base técnica com informações relevantes sobre a agricultura irrigada brasileira na sua interface com os recursos hídricos, subsidiando tomadas de decisão com vistas à segurança hídrica e à garantia dos usos múltiplos da água.

A Política Nacional de Irrigação, (Lei nº 12.787/2013), busca, em diversos aspectos, ser compatível com a Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997), apesar de, esta primeira, ainda permanecer sem regulamentação. Um exemplo prático dessa compatibilidade é a definição de que os planos de irrigação sejam compatíveis com os planos de recursos hídricos.

Além do superintendente da ANA, participaram da abertura do evento representantes do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS); da Companhia de Desenvolvimento do São Francisco e do Vale do Parnaíba (Codevasf); da Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura do Ceará; da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia; da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID); da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP); do Water For Food Institut e da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC). Também estiveram presentes nomes da Universidades do Recôncavo Baiano (UFRB), do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e do Instituto Inovagri.

III BAILE BENEFICENTE AMIGOS DO GASPEC!!!!


12 de setembro de 2017

PF apura irregularidades e afasta Superintendente do IBAMA no RN

O nome da operação remete ao folclore japonês, onde Kodama é um espírito que habita em árvores e protege o meio ambiente.
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (12/9), a OPERAÇÃO KODAMA que visa reunir provas dos crimes de prevaricação, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, bem como, evitar a continuidade de atos lesivos que estariam sendo cometidos contra o meio ambiente no Rio Grande do Norte.
Cerca de 50 policiais federais estão cumprindo 11 mandados judiciais de busca e apreensão, além de uma medida cautelar de afastamento de função pública. As buscas acontecem nas cidades de Natal, Goianinha, Ceará-Mirim e Tibau do Sul.
A investigação, iniciada nos primeiros meses deste ano, teve como ponto de partida os dados constantes no Relatório de Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) e em um Processo administrativo Disciplinar instaurado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), quando várias irregularidades restaram atribuídas ao Superintendente desse órgão no RN.
Foram ainda identificadas em um primeiro momento pelo menos 10 condutas de favorecimento ilícito a pessoas físicas e jurídicas, as quais teriam sido beneficiadas indevidamente por meio da anulação de autos de infração, desembargo de atividade e restituição de bens apreendidos. Mediante tais procedimentos, deu-se aparência de regularidade na aquisição de aproximadamente 8 toneladas de lagosta de origem não comprovada, como também, se conferiu legitimidade ao funcionamento irregular de empreendimento hoteleiro construído em área de preservação permanente e localizado na praia de Tibau do Sul,.
Diante da gravidade dos fatos, a 14ª Vara da Justiça Federal/RN acolheu a representação policial e determinou o afastamento daquele gestor.
Será concedida entrevista coletiva às 10h na sede da Superintendência Regional da PF, sita à Rua Dr. Lauro Pinto, 155 – Lagoa Nova, nesta.
*Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Norte cs.srrn@dpf.gov.br | www.pf.gov.br
*O Câmera.

11 DE OUTUBRO TEM BAILE BENEFICENTE AMIGOS DO GASPEC NA ACDA COM RADIOLA CLUB


8 de setembro de 2017

Tubarão-tigre de 3 metros é encontrado no litoral Norte potiguar

VNT - Um tubarão com aproximadamente 3 metros de comprimento foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (7) na praia de Ponta do Mel, em Areia Branca, no litoral Norte potiguar. Vice-presidente da Associação Tubarões da Costa RN, Lucas Werner disse ao G1 que o animal é da espécie tigre (Galeocerdo cuvier).
Segundo o presidente da colônia de pescadores do município, Francisco Antônio Bezerra, o Chicão, o peixe foi retirado da água com a ajuda de uma rede de pesca. “Depois de cortado, deu uns 60 quilos só de filé, e foi vendido o quilo a R$ 6”, disse.
Ainda de acordo com Chicão, este foi o terceiro tubarão encontrado morto na região somente este ano.

Barragem de Xingó, no rio São Francisco, vai operar com defluência mínima de 580m³/s

Nesta segunda-feira, 28 de agosto, durante a reunião de avaliação das condições futuras de operação dos reservatórios do São Francisco foi acordada a redução da defluência mínima de Xingó dos atuais 600m³/s para 580m³/s a partir das 8h da próxima quinta-feira, 31 de agosto. Esta redução gradual foi proposta pela Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO), que capta água para a Região Metropolitana de Aracaju, para testar os impactos da medida sobre os usos de recursos da bacia do Velho Chico.

Desde 18 de julho, com a Resolução ANA nº 1.291/2017, os reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó (AL/SE), no rio São Francisco, estão autorizados pela Agência Nacional de Águas (ANA) a liberar uma média mínima diária de 550m³/s de água, o menor patamar já liberado para ambos os reservatórios. A autorização da ANA também permite à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) adotar uma defluência mínima instantânea (a cada medição) de 523m³/s até 30 de novembro.

Em 7 de agosto, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), por meio da Autorização Especial nº 12/2017, também permitiu à CHESF realizar testes de redução da vazão defluente da hidrelétrica de Xingó até o limite mínimo de 550m³/s, patamar que ainda não foi adotado e que, para ser colocado em prática, precisará passar por testes com vazões maiores, como é o caso dos 580m³/s aprovados hoje.

A redução da defluência mínima busca preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do rio São Francisco até o final do período seco e início do próximo período chuvoso, que costuma acontecer a partir de dezembro, devido ao agravamento das condições hidrológicas e de armazenamento de água na bacia, a qual tem registrado chuvas abaixo da média desde 2012. Por conta desta situação, a ANA vem autorizando a redução da vazão mínima defluente abaixo de 1.300 m³/s (patamar mínimo adotado em situações de normalidade) tanto em Sobradinho quanto em Xingó desde a Resolução ANA nº 442/2013, quando o piso do volume de água liberado caiu para 1.100m³/s.

A partir de então, as defluências mínimas desses reservatórios têm sido reduzidas gradativamente, conforme verificada a necessidade de adequação às condições climáticas mais severas e sempre buscando garantir a segurança hídrica na bacia.

Com a Resolução nº 206/2015, em abril, foram mantidos os 1.100m³/s, mas o documento permitiu a redução para 1.000m³/s nos períodos de carga leve: dias úteis e sábados de 0h a 7h e durante todo o dia aos domingos e feriados. Em 29 de junho de 2015 a Resolução nº 713/2015 permitiu a redução do patamar mínimo para 900m³/s. A redução para 800m³/s se deu com a publicação da Resolução nº 66/2016, em 28 de janeiro, e este piso foi adotado até 31 de outubro do ano passado.

O patamar de 700m³/s, foi estabelecido com a Resolução ANA nº 1.283/2016. Além da permissão da ANA, o IBAMA expediu à CHESF a Autorização Especial nº 08/2016 para executar testes de redução da vazão defluente a partir da hidrelétrica de Sobradinho até o limite mínimo de 700m³/s. Esta vazão mínima foi mantida pela Resolução nº 347/2017, cuja vigência seria até 30 de abril. Para o piso de 600m³/s, a Agência emitiu a autorização da redução da defluência mínima através da Resolução nº 742/2017 publicada em 26 de abril. Com a Resolução nº 1.291/2017 foi permitida a redução da defluência mínima para 550m³/s.

Saiba mais sobre a operação dos reservatórios do rio São Francisco na Sala de Situação da ANA: http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/saladesituacao/v2/saofrancisco.aspx.

Sobradinho

A hidrelétrica de Sobradinho fica na Bahia, a 748km da foz do rio São Francisco. Além da geração de energia, o reservatório cumpre o papel de regularização dos recursos hídricos da região, que abrange munícipios como Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Operada pela CHESF, a hidrelétrica tem potência instalada de 1.050.300kW e seu reservatório tem capacidade de armazenamento de 34.117 hectômetros cúbicos (34,117 trilhões de litros) – maior da bacia do São Francisco.

Xingó

Localizada entre Alagoas e Sergipe, a hidrelétrica de Xingó também é operada pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco. Com capacidade de armazenamento de 3,8 bilhões de metros cúbicos em seu reservatório, Xingó tem uma potência instalada de 3.162.000kW. A hidrelétrica está a 179km da foz do São Francisco, entre os municípios de Piaçabuçu (AL) e Brejo Grande (SE).

Rio São Francisco

O rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG), e chega a sua foz, no Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe, percorrendo cerca de 2.800 km, passando por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. A área possui 503 municípios e engloba parte do Semiárido, que corresponde a aproximadamente 58% dessa região hidrográfica, que está dividida em quatro unidades: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco.

Texto: Raylton Alves - ASCOM/ANA
Foto: Zig Koch / Banco de Imagens ANA