16 de março de 2016

FHC dispara contra Lula: "Acho escandaloso ser ministro no momento em que pode virar réu"

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou, nesta quarta-feira (16), a ida de Luiz Inácio Lula da Silva para a Secretaria da Casa Civil. O tucano foi claro ao opinar sobre o tema: "Acho escandaloso ser ministro no momento em que pode virar réu".

O tucano elogiou a capacidade do ex-presidente Lula de se comunicar com a população, mas disse que é um "erro" a ida dele para a Casa Civil. FHC disse que até ele mesmo não daria certo no posto.

— A casa Civil é o chefe da máquina. É quem vai cobrar os 30 ministros, porque o presidente não tem tempo para fazer isso. [Com o Lula na Casa Civil], pode haver uma confusão entre política e administração. O Lula não vai fazer cobrança. Ele vai fazer política.

FHC também disse que o modelo de governabilidade brasileiro, baseado nas alianças dentro do Congresso Nacional em troca de cargos na administração federal, está condenado.

Segundo o ex-presidente, isso vale para qualquer presidente: “quem assumir amanhã vai encontrar um congresso fragmentado”.

FHC citou o poder dos pequenos partidos brasileiros, que ganharam protagonismo durante o esquema do "mensalão" no Congresso: “Está todo mundo reunido em Brasília hoje, mas ninguém sabe para onde vai”.


Segundo o ex-presidente, o Brasil vive hoje quatro crises: econômica, política, moral e de liderança.

Para ele, os economistas brasileiros possuem uma agenda comum sobre o que fazer para a retomada da economia. Mas a classe política está "tateando", em busca de uma solução.

O ex-presidente afirmou que faltam líderes que saibam de comunicar com a população em momentos como esse, de crise, e que não prometam muito, mas que mostrem o caminho a ser seguido.

As declarações foram feitas durante um congresso promovido pela seguradora Tokio Marine Seguradora sobre negócios de alto risco.

O presidente discursou por cerca de 45 minutos e depois respondeu a algumas perguntas escolhidas pela organização do evento. Ele não atendeu a imprensa, que não pôde fazer perguntas diretas.

fonte:Diego Junqueira, do R7

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