18 de outubro de 2014

Polícia investiga recebimento de alerta de ondas altas


Este é o principal ponto da investigação sobre o acidente que acabou com a morte de mãe e filha em Maracajaú.
Jangada, onde estavam as vítimas, virou depois de ser atingida por uma onda – Foto Matheus Magalhães Inter TV
Jangada, onde estavam as vítimas, virou depois de ser atingida por uma onda – Foto Matheus Magalhães Inter TV
A polícia investiga se os tripulantes da embarcação que virou próximo aos parrachos de Maracajaú, litoral Norte potiguar, no domingo passado, 12, receberam o alerta emitido pela Marinha do Brasil de que haveria ondas altas naquela data. Este é o principal ponto da investigação conduzida pelo delegado Sílvio Fernando sobre o acidente que acabou com a morte de Josie Paiva de Oliveira Favari, 31 anos, e sua filha Melissa de Oliveira Favari, 2 anos.

Na próxima segunda-feira, 20, o delegado pretende começar a ouvir o condutor da embarcação e o tripulante da embarcação, bem como os turistas paulistas que estavam no barco quando esse virou no domingo passado ao ser atingido por uma onda na lateral.

De acordo com Sílvio Fernando, a Polícia Civil está trabalhando na hipótese de homicídio culposo, no qual o acusado cometeu o crime sem ter a intenção. “Queremos apurar a responsabilidade pelo acidente. Saber se realmente a embarcação não estava com sua capacidade excedida e confirmar que os tripulantes não chegaram a receber a mensagem de alerta de ondas altas no litoral naquele domingo, emitida pela Marinha”.

O acidente aconteceu por volta das 14h30 do último dia 12, nos parrachos da Praia de Maracajaú. Doze pessoas estavam na embarcação, sendo dez turistas e dois tripulantes, incluindo o condutor. Com a virada do barco, mãe e filha se afogaram e, mesmo tendo sido socorridas, não resistiram e morreram a caminho do hospital.

Além da investigação que está sendo conduzida pela Polícia Civil, a Capitania dos Portos também abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. A Marinha do Brasil deu um prazo de 90 dias para concluir a apuração do caso, que pode se transformar em uma ação civil de responsabilização, se for comprovada a culpa de algum dos envolvidos.

A família das turistas paulistas cobra a apuração do caso. Segundo Valmir de Favari, de 57 anos, sogro de Josie e avó de Melissa, eles querem uma investigação sobre as condições da embarcação. “As vidas da minha neta e nora não voltam, mas temos que saber quem teve culpa no cartório. Se o barco não tinha condição alguém vai ter que ser responsável. É preciso apurar”.

Valmir soube da notícia pelo filho, Alessandro Favari, que estava na jangada com a mulher e a filha no momento do acidente. “Estava sem acreditar ainda. Chorou e pediu ajuda. Minha filha e irmã dele viajou para dar um apoio. O hotel em que eles estavam hospedados e o banco em que minha nora trabalhava também estão dando assistência”, disse.

Alessandro morava com a mulher e filha em São Paulo, mas sua família é de São Caetano do Sul. O corpo de mãe e filha foi liberado pelo Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) na segunda-feira passada, 13. De acordo com Valmir de Favari, a família chegou ao Rio Grande do Norte na sexta-feira, 3, para aproveitar as férias de Alessandro. Os três retornariam para São Paulo na quarta-feira passada, 15.

Os corpos de Josie e Melissa foram enterrados na manhã de terça-feira passada, 14, no Cemitério Cerâmica, em São Caetano do Sul, no ABC Paulista.
(Com informações do Portal No Ar e do Portal G1)

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