28 de dezembro de 2013

Reserva indígena é protegida por 15 policiais após manifestações, no Amazonas.

Uma patrulha do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) composta por 15 homens faz a segurança nesta sexta-feira (27) na reserva indígena Tenharim Marmelos, no Km 150 da BR-230 (Rodovia Transamazônica), segundo informações confirmadas pela própria polícia. A área é palco de manifestações de pessoas que cobram agilidade na apuração de um caso de desaparecimento de três homens, que supostamente ocorreu no território indígena. Nesta sexta, os populares atearam fogo em instalações da reserva. 
Manifestantes incendiaram barco da Funai que prestava apoio aos indígenas (Foto: Reprodução/TV Amazonas)O total de 218 policiais estão distribuídos em municípios próximos a terra indígena, no sul do Amazonas. A reserva dos Tenharim tem mais de 470 mil hectares, onde mais de 700 índios estão divididos em 8 aldeias.
Segundo a PM, no momento em que os postos de pedágio usados pelos indígenas foram incendiados, na tarde desta sexta-feira (27), a Polícia de Santo Antônio de Matupi estava presente no local.Ainda de acordo com a PM, não foi possível controlar a multidão. A corporação acredita que "uma intervenção poderia gerar um resultado ainda pior".
O total de 143 indígenas estão fora da reserva. Eles estão isolados e abrigados no quartel do 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Humaitá, município do Amazonas a 590 km de Manaus.  Entre o grupo há adultos, adolescentes e crianças. Os índios recebem segurança depois que as unidades da Funai e Funasa foram incendiadas por manifestantes.
O conflito na região se agravou na quarta-feira (25), quando moradores de Apuí e Humaitá, municípios situados no Sul do estado, promoveram diversas manifestações. Eles cobraram agilidade da Polícia Federal de Rondônia (PF-RO) nas buscas pelos homens que estão desaparecidos há mais de uma semana. Eles acusam os índios da etnia Tenharim de estarem fazendo o grupo de refém dentro da reserva indígena localizada na divisa entre Rondônia e Amazonas. Os manifestantes chegaram a atear fogo em três carros e nas sedes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de Humaitá.
O grupo de desaparecidos teria sido visto pela última vez na aldeia de índios da etnia Tenharim. De acordo com o coronel Antônio Prado, comandante do 54º BIS, na terça-feira (24), véspera de Natal, familiares e amigos dos desaparecidos interditaram a balsa que faz a travessia do Rio Madeira, em Humaitá.
Fonte: G1

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