16 de dezembro de 2017

Ibama embarga 600 hectares e apreende mil toneladas de soja na Mata Atlântica (PR)

Brasília - Operação de combate a infrações ambientais na Mata Atlântica concluída nesta quinta-feira (14/12) no estado do Paraná resultou na aplicação 5,5 milhões de reais em multas e no embargo de 600 hectares de floresta de araucária desmatada ilegalmente. Os agentes ambientais apreenderam: mil toneladas de soja, maquinário agrícola, carvão, toras e madeira serrada da espécie Pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia), ameaçada de extinção.

Além de investigar o desmatamento e a exploração seletiva de madeira, a equipe de fiscalização realizou auditoria no sistema do Documento de Origem Florestal (DOF), inspecionou o uso e o armazenamento de agrotóxicos, vistoriou Planos de Manejo Florestal Sustentável, e verificou o cumprimento de termos de embargo.

A Lei da Mata Atlântica estabelece que vegetações primárias ou secundárias em qualquer estágio de regeneração não mudam de classificação em caso de incêndio, desmatamento ou qualquer intervenção não autorizada ou licenciada.

Os responsáveis pelo descumprimento de termos embargo estão sujeitos a responsabilização administrativa, civil e criminal, além da apreensão da produção agrícola e do maquinário usado.

A Superintendência do Ibama no Paraná aplicou cerca de R$ 15 milhões em multas na Mata Atlântica neste ano. No mesmo período, as áreas embargadas por desmatamento ilegal somaram 1.500 hectares no estado. “A situação é crítica. As áreas de vegetação remanescente representam apenas 0,8% da Floresta Ombrófila Mista com araucárias no estado do Paraná”, disse o coordenador da operação, Vinicius Costa. Em razão da persistente extração ilegal de produtos florestais e do uso do solo para atividades agropecuárias, o Paraná foi o terceiro estado que mais desmatou a Mata Atlântica em 2015 e 2016.

A presidente do Ibama, Suely Araújo, afirmou que as ações de fiscalização na Mata Atlântica serão intensificadas em 2018.

Assessoria de Comunicação do Ibama.

14 de dezembro de 2017

PROCISSÃO DE SANTA LUZIA EM MOSSORÓ-RN!!

Procissão de Santa Luzia passando pela Avenida Diocesana com acompanhamento de milhares de fiés em direção a Catedral.
 Fotos: JBelmont.

esquisas da UFRN descobrem potencial cosmético em plantas da caatinga

Através da fibra do sisal e do fruto da algaroba, pesquisadores do campus Natal criaram produtos hidratantes para a pele e que previnem o aparecimento de rugas.
Do G1 RN: Pesquisas desenvolvidas no Núcleo de Farmácia da UFRN, em Natal, descobriram potencial cosmético em duas plantas comumente encontradas no sertão potiguar. Através da fibra do sisal e do fruto da algaroba, os pesquisadores criaram produtos hidratantes para a pele e que previnem o aparecimento de rugas.

A fibra do sisal costuma ser utilizada na produção de cordas, tapetes e outros produtos artesanais. Mas, de acordo com Stela Barreto, meste em ciências farmacêuticas, apenas 4% da planta é utilizada no processo produtivo, os outros 96% são rejeitados. Com isso, após diversas pesquisas com o insumo descartadado, foi identificado o potencial cosmético do vegetal para pele de humanos.

Outra planta pesquisada foi a algaroba, que teve o fruto utilizado nos estudos. Segundo o doutorando em ciências farmacêuticas Gabriel Azevedo, o feito é inédito. "Até então, a gente não tinha nenhum relato do uso da algaroba como um ativo cosmético. E esse é um dos nossos objetivos, trabalhar com inovação", disse ele.

O pesquisador também ressalta que a algaroba é uma planta invasora que não é típica do nordeste, apesar de muito comum. Ele ainda disse que a algaroba prejudica o desenvolvimento de plantas nativas da caatinga, e que o uso do vegetal em cosméticos ajuda ao equlíbrio do ecossistema.

Os dois estudos foram premiados em eventos nacionais e internacionais. O do sisal, foi considerado o melhor trabalho no Congresso Latinoamericano de Químicos Cosméticos. Já o da algaroba, recebeu o troféu de melhor pesquisa no Congresso Brasileiro de Cosmotologia.

De acordo com o professor do Departamento de Farmácia da UFRN Márcio Ferrari, as duas pesquisas foram patenteadas e possuem eficácia e segurança comprovadas. "Agora precisamos de mais parcerias das empresas, tanto para investimento da pesquisa, quanto pra colocar os produtos no mercado", disse.