Brasília - Operação de combate a infrações ambientais na Mata Atlântica concluída nesta quinta-feira (14/12) no estado do Paraná resultou na aplicação 5,5 milhões de reais em multas e no embargo de 600 hectares de floresta de araucária desmatada ilegalmente. Os agentes ambientais apreenderam: mil toneladas de soja, maquinário agrícola, carvão, toras e madeira serrada da espécie Pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia), ameaçada de extinção.
Além de investigar o desmatamento e a exploração seletiva de madeira, a equipe de fiscalização realizou auditoria no sistema do Documento de Origem Florestal (DOF), inspecionou o uso e o armazenamento de agrotóxicos, vistoriou Planos de Manejo Florestal Sustentável, e verificou o cumprimento de termos de embargo.
A Lei da Mata Atlântica estabelece que vegetações primárias ou secundárias em qualquer estágio de regeneração não mudam de classificação em caso de incêndio, desmatamento ou qualquer intervenção não autorizada ou licenciada.
Os responsáveis pelo descumprimento de termos embargo estão sujeitos a responsabilização administrativa, civil e criminal, além da apreensão da produção agrícola e do maquinário usado.
A Superintendência do Ibama no Paraná aplicou cerca de R$ 15 milhões em multas na Mata Atlântica neste ano. No mesmo período, as áreas embargadas por desmatamento ilegal somaram 1.500 hectares no estado. “A situação é crítica. As áreas de vegetação remanescente representam apenas 0,8% da Floresta Ombrófila Mista com araucárias no estado do Paraná”, disse o coordenador da operação, Vinicius Costa. Em razão da persistente extração ilegal de produtos florestais e do uso do solo para atividades agropecuárias, o Paraná foi o terceiro estado que mais desmatou a Mata Atlântica em 2015 e 2016.
A presidente do Ibama, Suely Araújo, afirmou que as ações de fiscalização na Mata Atlântica serão intensificadas em 2018.
Assessoria de Comunicação do Ibama.
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