13 de agosto de 2017

Ibama nega recursos da Samarco

Servidores do Ibama vistoriam estações de monitoramento da qualidade da água na Bacia do Rio Doce
Foto: Vinícius Mendonça/Ibama
Brasília (11/08/2017) - O Ibama recusou em definitivo nesta quinta-feira (10/08) os recursos em relação a três multas aplicadas contra a mineradora Samarco pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que totalizam R$ 150 milhões. A empresa não poderá mais apresentar recursos nesses processos administrativos e terá de pagar as multas.
Outros autos de infração aplicados à mineradora ainda estão com o processo administrativo em curso no Ibama. A empresa tem usado todas as possibilidades de recurso previstas na legislação. Até o momento, o Ibama aplicou 24 autos de infração ambiental à Samarco. Também há multas aplicadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelos órgãos ambientais de Minas Gerais e do Espírito Santo.
A atuação governamental na gestão dos efeitos da tragédia deve ser rigorosa. Essa diretriz também necessita ser aplicada aos processos judiciais relacionados ao maior desastre socioambiental do país no setor de mineração, ocorrido em 05 de novembro de 2015.
Além da aplicação de multas à Samarco, em resposta ao rompimento da barragem de Fundão foi criado o Comitê Interfederativo (CIF), presidido pelo Ibama e composto por representantes da União, dos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, dos municípios impactados e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
A função do CIF é orientar e validar os atos da Fundação Renova, instituída pela Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton, além de definir diretrizes para elaboração e execução das medidas de recuperação dos danos resultantes da tragédia. O Comitê monitora 41 programas socioambientais e socioeconômicos de natureza reparatória e compensatória previstos no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) firmado entre a União, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo e as empresas Samarco, Vale e BHP.
Além da proteção de nascentes na bacia, foi inaugurada no mês passado a instalação de 56 pontos de monitoramento ao longo da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, entre a barragem de Fundão, no município de Bento Rodrigues (MG), e a foz, em Regência (ES), no âmbito do Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático de Água e Sedimentos (PMQQS).
Na área social, o CIF validou, até junho deste ano, 13.908 cadastros socioeconômicos para indenização dos atingidos. Na última reunião do CIF foi aprovado o Plano de Manejo de Rejeitos e o cronograma para a segunda campanha de cadastramento do Programa de Levantamento e de Cadastro dos Impactados. Todas as ações são conduzidas com transparência e submetidas a avaliações externas por auditoria independente.
As ações do CIF não eliminam as competências do Ibama e de outras entidades governamentais relacionadas ao controle dos efeitos do desastre. Os órgãos ambientais continuam a cumprir plenamente suas funções institucionais.

Mais informações:

Ibama desativa 9 balsas de garimpo no entorno da Floresta do Jamanxim (PA)

Agentes ambientais desativam balsa de garimpo ilegal no Rio Novo, limite da Flona do Jamanxim, no Pará
Foto: Felipe Werneck/Ibama

Brasília (04/08/2017) – Ações de fiscalização realizadas pelo Ibama no entorno da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, nos municípios de Altamira e Novo Progresso, no Pará, resultaram na desativação de nove balsas de garimpo ilegal nos meses de junho e julho. Um trator usado para desmatamento também foi inutilizado pelos agentes ambientais. O Ibama já embargou 63 mil hectares e aplicou 279 autos de infração no interior da Flona nos últimos dez anos.
Quatro das nove balsas desativadas eram do tipo escariante, que possui uma longa haste para revolver o fundo do rio e sugar sedimentos em busca de ouro. O uso desse instrumento para garimpo é ilegal, conforme o Decreto n° 7.432/90, do estado do Pará. As outras cinco eram mais simples e dependiam de mergulhadores para descer ao fundo do rio e extrair o metal com mangueiras de sucção.
O custo de uma balsa escariante varia de R$ 500 mil a R$ 2 milhões. As de mergulho exigem no mínimo R$ 80 mil reais de investimento. “Além de interromper o dano ambiental, a apreensão dos equipamentos dificulta a retomada das atividades ilegais”, disse o coordenador de Operações de Fiscalização do Ibama, Roberto Cabral.
No mês passado, o prefeito de Novo Progresso, Ubiraci Soares Silva, recebeu três multas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os autos de infração apontam a destruição de 48,1 hectares de vegetação nativa dentro da Flona do Jamanxim e o descumprimento de dois embargos do Ibama em áreas que totalizam 444,87 hectares.
Ubiraci já havia sido autuado pelo Ibama em 2009 por realizar corte raso de 70,9 hectares em área preservada, exercer atividade poluidora e utilizadora de recursos naturais sem autorização da autoridade competente e impedir a regeneração natural de 223,94 hectares na Flona do Jamanxim. Na ocasião, as multas totalizaram R$ 1.574.700,00.
Na madrugada de 07/07, um grupo ainda não identificado incendiou uma carreta que transportava oito caminhonetes do Ibama no distrito de Cachoeira da Serra, em Altamira (PA), após operações de combate ao desmatamento e ao garimpo na região. Na ocasião, depois de interdições realizadas na BR-163, o Instituto bloqueou temporariamente o acesso das serrarias da região ao sistema do Documento de Origem Florestal (DOF), que autoriza o transporte da madeira, para garantir a atuação dos fiscais. Desde então o Ibama reforça a presença na região com mais agentes ambientais federais e patrulhas regulares realizadas pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF). As polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar (PM) do Pará também participam das operações. O atentado do início do mês é investigado pela Polícia Federal (PF).
Na última sexta-feira (28/07), 100 policiais da Força Nacional de Segurança Pública chegaram ao município de Novo Progresso (PA) para apoiar as ações de combate ao desmatamento na Amazônia, a pedido do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O roubo de madeira em unidades de conservação e terras indígenas e o garimpo ilegal são os principais crimes ambientais combatidos pelo Ibama e por forças policiais no eixo da BR-163, no Pará. A região é alvo prioritário da Operação Onda Verde, que tem o objetivo de proteger a biodiversidade amazônica. O desmatamento no eixo da BR-163 representa cerca de 15% do desmatamento na Amazônia.
"Além da perda ambiental irreparável, os ilícitos na região da Flona do Jamanxim prejudicam a própria sociedade ao impedir que o estado arrecade impostos sobre atividades legais e invista na região. É dever institucional do Ibama impedir o uso irracional dos recursos naturais", disse o coordenador-geral de Fiscalização do Ibama, Renê Luiz de Oliveira.

Assessoria de Comunicação do Ibama

10 de agosto de 2017

APODI-RN: MUNICÍPIO RECEBERÁ CARAVANA ECOLÓGICA DO IDEMA EM SETEMBRO

O município de Apodi, localizado na região Oeste do Rio Grande do Norte, foi um dos cinco selecionados para receber a Caravana Ecológica 2017, um importante evento que busca fornecer à população informações sobre o meio ambiente, contribuindo para as mudanças de comportamentos, hábitos e atitudes relacionados à proteção ambiental.
A Caravana Ecológica será realizada pela Subcoordenadoria de Planejamento e Educação Ambiental do IDEMA (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente), junto a Prefeitura de Apodi. Esta parceria foi acertada durante reunião entre representantes do IDEMA e o prefeito Alan Silveira, na manhã desta quinta-feira (10).

8 de agosto de 2017

APODI-RN: SEBO CANTO DAS LETRAS EM NOSSA CIDADE!!!


ESTÃO ROUBANDO ÁGUA!!

Água de bom tamanho passando por debaixo da ponte no município de Jardim de Piranhas de onde é captado Rio Piranhas e enviada para Caicó.
Se o caro leitor perceber na foto, dá pra notar um carro pipa lá atrás ‘roubando’ a água.
Imagem feita ontem.

*O Xerife.

7 de agosto de 2017

Resolução da ANA determina condições de uso da água no reservatório Cocorobó e no rio Vaza Barris (BA)

Com a publicação da Resolução nº 1470/2017, da Agência Nacional de Águas (ANA), a utilização de água na Bahia entre o reservatório Cocorobó e o encontro do rio Vaza Barris com o riacho Água Branca passa a ter condições específicas. Publicado no Diário Oficial da União de 2 de agosto, o documento determina que a ANA poderá outorgar até 1,87 metro cúbico por segundo (m³/s) como vazão média anual no sistema hídrico para os seguintes usos: abastecimento público, Perímetro de Irrigação Vaza Barris e usos a jusante (abaixo) dele no rio Vaza Barris e demais usos no entorno do reservatório e do rio em questão.

Segundo a Resolução nº 1470, a Agência Nacional de Águas não aplicará a outorga preventiva de uso de recursos hídricos no sistema e as solicitações de outorga para construção de reservatórios a montante (rio acima) do Cocorobó deverão passar por avaliação prévia da ANA. Além disso, outorgas para uso da água na irrigação estão condicionadas a uma eficiência do empreendimento igual ou maior que 75%.

Outro ponto da Resolução nº 1470 determina que os usos já outorgados no sistema estarão plenamente garantidos se o estado hidrológico do Cocorobó for verde, ou seja, se o reservatório tiver volume igual ou maior que 137,2 hectômetros cúbicos (hm³) – 1hm³ equivale a 1 bilhão de litros. Os usos com vazões médias anuais de até 2,5 litros por segundo não necessitam de outorga. Os estados hidrológicos foram discutidos por três anos nos processos de alocação de água conduzidos pela ANA diretamente com os usuários locais.

Caso o açude esteja com volume entre 71,7 e 137,2hm³; os usos de abastecimento e perenização do rio Vaza Barris permanecem garantidos, enquanto os demais deverão ficar entre 40% e 100% das vazões outorgadas. Este é o estado hidrológico amarelo, que varia conforme o mês, segundo o Anexo III da Resolução. Para o estado hidrológico vermelho, quando o Cocorobó está com volume de até 71,7hm³, o abastecimento público e a perenização do rio podem ser reduzidos e os demais usos ficam limitados a 40% da vazão outorgada ou menos.

Os outorgados com uma ou mais autorizações para uso da água com captações instantâneas iguais ou superiores a 50 metros cúbicos por hora (m³/h) deverão monitorar os volumes captados mensalmente. Estes dados deverão ser enviados via Declaração Anual de Uso de Recursos Hídricos (DAURH) entre 1º e 31 de janeiro do ano subsequente.

Os usos de recursos hídricos que não estiverem em conformidade com a Resolução ANA nº 1470/2017 terão até 180 dias para se adequar. Para usuários que já possuem outorga, a adequação deverá acontecer a partir do recebimento de notificação emitida pela Superintendência de Regulação da ANA.

Reservatório Cocorobó

Construído pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) entre 1951 e 1967, quando entrou em operação, o reservatório Cocorobó tem capacidade para armazenar até 245,376hm³. O lago do açude cobre uma área de 2395 hectares e a barragem fica no município de Euclides da Cunha (BA), na localidade de Canudos, a 410km de Salvador.

A outorga

A outorga é um instrumento de gestão que está previsto na Política Nacional de Recursos Hídricos, estabelecida pela Lei nº 9.433/97, cujo objetivo é assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos hídricos. Para corpos d’água de domínio da União, a competência para emissão da outorga é da Agência Nacional de Águas.Para mais informações, acesse a página da outorga no site da ANA ou assista à animação sobre o tema.

Alocação de água

A alocação de água faz um diagnóstico do conflito pelo uso dos recursos hídricos em sistemas hídricos que passam por estiagens intensas, pela emergência ou por forte potencial de conflito pelo uso da água. Este processo de gestão também aponta regras de convivência entre usuários, por meio de marcos regulatórios.

A alocação realiza, ainda, o levantamento de ações estruturais e não estruturais necessárias à sustentabilidade da gestão de recursos hídricos e promove reuniões públicas com a participação dos órgãos gestores de recursos hídricos, dos usuários de água, dos operadores de reservatórios e da sociedade em geral. Saiba mais sobre a alocação na animação sobre o tema.
Texto: Raylton Alves - ASCOM/ANA

5 de agosto de 2017

CONVITE MISSA DE 30º DIA!

Os familiares de Raimundo Alves Medeiros(Raimundinho de Serra Negra) ainda consternados com o seu falecimento, convidam parentes e amigos para a missa de 30º dia, que será celebrada nesse domingo, 06 de agosto na Igreja Matriz de Apodi, às 08 horas da manhã.
A família enlutada, agradece a todos que comparecerem a esse ato de fé e piedade humana!

25 de julho de 2017

Cresce a procura por análises de solo e planta no Laboratório da EMPARN

O laboratório de análises de solo, água, plantas e adubos, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), registrou crescimento na demanda no primeiro quadrimestre de 2017, na comparação com o mesmo período de 2016. De acordo com o gerente do setor, Alfredo Azevedo, a maior procura por parte dos produtores rurais foi pela análise de solo e de planta: “Esse aumento na procura é reflexo do aperfeiçoamento tecnológico dos cultivos agrícolas no nosso estado. Todos estão mais preocupados com o planejamento ambiental e o consequente ganho de qualidade nos produtos obtidos”, afirma.
De janeiro a abril de 2016, o laboratório da EMPARN realizou 419 análises de água; 544 de solos; 67 de plantas; 137 análises bacteriológicas e 13 de Calcário. No primeiro quadrimestre de 2017, foram 341 análises de água; 730 de solo; 135 de planta; 118 análises bacteriológicas e seis de calcário.
O laboratório da EMPARN funciona na sede da empresa de pesquisa, na Estação Experimental Rommel Mesquita de Faria, em Parnamirim. No ano passado, a estrutura foi relocada do prédio no bairro da Cidade da Esperança, em Natal, onde estava há cerca de 35 anos, para a nova sede com o objetivo de unificar os serviços prestados pela Empresa, além de oferecer um espaço físico mais moderno e novos equipamentos.
O laboratório é composto pelas unidades de Águas, Solos, Plantas e Adubos. No local, são realizadas análises em matrizes diversas (águas, efluentes, solos, sedimentos, plantas, rações e adubos) com o objetivo de identificar e interpretar os resultados obtidos para vários fins, como a caracterização necessária ao planejamento ambiental correto no consumo humano, agrícola, industrial ou em uma avaliação ambiental, por exemplo.
O Laboratório realiza análises de caracterização física e química em todos os aspectos de interesse das pesquisas da EMPARN e também para fins práticos de uso, manejo e conservação. As análises atendem aos interesses de produtores rurais, pesquisadores, Instituições do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária e Meio Ambiente, empresas, cooperativas e alunos de pós-graduação.

Bacia Hidrográfica do Rio Doce ganha nova Rede para monitorar qualidade da água

A Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), o Instituto Estadual do Meio Ambiente do Espírito Santo (Iema) e a Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH-ES) apresentam o Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático de Água e Sedimentos (PMQQS) para a Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
O objetivo do Programa é acompanhar a recuperação da Bacia Hidrográfica do rio Doce, zona costeira e estuarina adjacentes e a efetividade das intervenções permanentes realizadas, por meio da avaliação sistemática da qualidade da água e dos sedimentos, devido ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015. Para isso, uma nova rede de monitoramento está sendo instalada.
Nesta fase, foram entregues pela Fundação Renova, representante das empresas Samarco, Vale e BHP Billiton, 56 pontos de monitoramento da nova Rede para a bacia do rio Doce, ou seja, entre a barragem de Fundão, no município de Bento Rodrigues, até a Foz do rio Doce, em Regência, distrito de Linhares (Es), sendo 36 pontos em Minas Gerais e 21 no Espírito Santo que começam a operar em agosto. Os custos são de responsabilidade da Fundação Renova: R$ 4,4 milhões para a instalação e R$ 2 milhões anuais para operação e manutenção.
Esta semana, os órgãos citados acima, acompanhados do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce – CBH Doce, concluíram a vistoria em 22 dos novos pontos de monitoramento da Bacia, que requerem fiscalização por se tratarem de estações automáticas.
Além dos 56 novos pontos de monitoramento na Bacia do rio Doce, outros 36 pontos de monitoramento estão previstos nas zonas estuarinas e costeira e um plano para a divulgação integrada dos resultados das análises das amostras da nova rede, que terão diferentes periodicidades, será formulado por Grupo Técnico formado por integrantes de todos os órgãos. O início da divulgação integrada dos dados interpretados da nova rede está previsto para novembro.
A nova rede foi apresentada hoje na sede do Ibama em Vitória (ES) pela diretora da ANA Gisela Forattini, coordenadora da Câmara Técnica de SeguranÇa Hídrica e Qualidade da Água e presidente suplente do Comitê Interfederativo da Bacia do Doce. De acordo com Gisela, com a nova rede, a Bacia do rio Doce passará a ter a rede mais completa do País e será a primeira com sistema de alerta da qualidade da água. Ela ressaltou que a água bruta do rio Doce está totalmente em condições de ser captada e tratada para distribuição.
Também participaram da apresentação da rede o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Germano Luiz Gomes Vieira, o superintendente do Ibama no Espírito Santo, Guilherme Gomes de Souza, a diretora-presidente do Instituto Estadual do Meio Ambiente do Espírito Santo (Iema), Andrea Carvalho e o analista ambiental do Instituto Chico Mendes Luciano de Petribu Faria.
Desde o rompimento da Barragem de Fundão, o monitoramento da qualidade da água e dos sedimentos na Bacia do Doce tem sido feito, com diferentes ênfases, periodicidade e parâmetros nos rios afetados, pelo Igam em Minas Gerais, pelo Iema no Espírito Santo e pela Fundação Renova. Nas primeiras semanas após o desastre, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e a Agência Nacional de Águas também realizaram análises de água e sedimentos. Com a nova rede o monitoramento, a coleta, análise e divulgação dos resultados será feita de forma integrada, o que vai gerar mais eficiência e aumentar ainda mais a segurança das análises, já que o Doce será a Bacia com maior número de pontos e parâmetros de qualidade de água monitorados do País.
 
A bacia hidrográfica

A bacia do rio Doce possui mais de 85 mil quilômetros quadrados, dos quais 86% pertencem a Minas Gerais e o restante ao Espírito Santo. As nascentes do rio Doce encontram-se nas serras mineiras da Mantiqueira e do Espinhaço. Até desaguarem no Oceano Atlântico, no município capixaba de Linhares, suas águas percorrem 850 Km. A população estimada da Bacia é de 3,3 milhões de habitantes, distribuídos em 229 municípios (203 em Minas Gerais e 26 no Espírito Santo).
Trata-se de uma bacia com importante histórico de atividades econômicas voltadas à extração mineral, com diversas barragens destinadas à deposição de rejeitos de minério e outras utilizadas para geração de energia hidrelétrica. As características de solo e relevo da bacia hidrográfica antes do rompimento da barragem de Fundão já a tornavam suscetível à erosão.

Recuperação das áreas afetadas

O rompimento da barragem de Fundão, no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), ocorreu no dia 5 e novembro de 2015. Um Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) firmado em março de 2016 entre União, governos de Minas Gerais e Espírito Santo, prefeituras municipais e a mineradora Samarco (e suas acionistas Vale e BHP Billiton), definiu um conjunto de 41 programas socioambientais e socioeconômicos de recuperação, reparação e investimentos em infraestrutura, entre eles o Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático de Água e Sedimentos (PMQQS).
Para assegurar a execução dos programas, conforme previsto no Acordo, foi instituída, em agosto de 2016, a Fundação Renova, entidade privada e sem fins lucrativos. A fiscalização do cumprimento do TTAC é feita pelo Comitê Interfederativo, composto por 11 Câmaras Técnicas e coordenado pelo Ibama. Cabe ao CIF a interlocução permanente com a Fundação Renova e a definição de prioridades na implementação e execução dos 41 programas.
O acompanhamento da implementação e da análise dos dados gerados pelo PMQQS serão realizados por Grupo Técnico estabelecido pela Deliberação CIF nº 77/2017, sob coordenação da Agência Nacional de Águas, que também coordena, no âmbito do CIF, a Câmara Técnica de Segurança Hídrica e Qualidade da Água (CT SHQA). Os pontos de monitoramento nas zonas estuárias e costeiras do PMQQS estão sob a coordenação do ICMBio.
 
Usos e qualidade da água

De acordo com o Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos da ANA, as águas do rio Doce são predominantemente utilizadas para abastecimento público, dessedentação animal, irrigação e nos processos produtivos de indústrias e mineradoras. Atualmente estão em vigor 273 interferências com outorgas federais válidas para uso das águas do rio Doce, sendo 140 em Minas Gerais e 133 no Espírito Santo.
As últimas análises enviadas pelos estados mostram que as alterações que ocorreram na Bacia depois da passagem da lama de rejeitos estão de acordo com a geologia do solo local (maganês, ferro e alumínio). Os resultados das análises da água bruta mostram que a água está em condições de receber o tratamento adequado e ficar dentro dos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde. Atualmente, o monitoramento periódico da qualidade da água do rio Doce tem sido feito pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), em Minas, pela Agência Nacional de Águas na Bacia e pela Fundação Renova, que envia os dados de suas análises para o Ibama e para o Iema analisarem.
De acordo com os dados existentes, a água bruta apresenta-se em condições de ser captada do rio para que seja devidamente tratada de forma que fique dentro dos parâmetros de potabilidade da Portaria nº 2.914 do Ministério da Saúde, antes da distribuição pela rede de abastecimento.

Saiba mais sobre o novo monitoramento:

Para um acompanhamento sistemático das coletas e análises, foram estabelecidos, no PMQQS, quatro trechos de monitoramento da qualidade das águas e dos sedimentos depositados.
O trecho inicial entre a mina da Samarco até a UHE Risoleta Neves, onde foram instalados 18 pontos de amostragem: quatro no rio Doce em trechos impactados pelo rompimento da barragem de Fundão; nove nos rios Gualaxo do Norte e do Carmo; dois no córrego Santarém em vertedouros de barramentos; e outros três pontos em áreas não afetadas.
Dez pontos de amostragem entre a UHE Risoleta Neves e a UHE Baguari, sendo metade em trechos impactados no rio Doce; três pontos no rio Piracicaba; e outros dois em locais não afetados nos rios Matipó e Santo Antônio, de domínio do estado de Minas Gerais.
O terceiro trecho está localizado entre a UHE Baguari e a UHE Aimorés. Nele foram instalados sete pontos de monitoramento, quatro localizados no rio Doce em trechos impactados pelo rompimento da barragem de Fundão e três pontos em áreas não afetadas (um no Suaçuí Grande, um no rio Caratinga e um no rio Manhuaçu).
Da UHE Aimorés até a Foz do rio Doce, no município capixaba de Regência, encontram-se os demais 21 pontos de monitoramento, distribuídos da seguinte forma: seis no rio Doce; um no rio Guandu; e outros quatorze nas lagoas Nova, Monsarás, Areal, Areão-Pandolfi e Juparanã, localizadas no município de Linhares, e na lagoa do Limão, que fica na divisa de Linhares com Colatina.
Os parâmetros a serem monitorados foram definidos pelas Câmaras Técnicas Socioambientais do Comitê Interfederativo (CIF): Gestão dos Rejeitos e Segurança Ambiental; Conservação e Biodiversidade; Restauração Florestal e Produção de Água; e Segurança Hídrica e Qualidade da Água. Além da avaliação de 42 parâmetros físico-químicos, o PMQQS contempla análise de ecotoxicidade, perifíton, biomonitoramento, medição de vazão e descarga sólida e qualidade de sedimentos.
A periodicidade de amostragem dependerá do tipo de estação de monitoramento. Mensalmente serão monitorados parâmetros da água coletada em todos os pontos de amostragem de rios e lagoas, incluindo medições de vazão e ensaios ecotoxicológicos, enquanto o monitoramento dos sedimentos será realizado trimestralmente. A análise da comunidade fitoplanctônica será realizada mensalmente; a amostragem do perifíton ocorrerá durante os períodos chuvoso e seco; e a comunidade bentônica será monitorada mensalmente.
Nas estações automáticas, as medições serão realizadas em tempo real para uso dos gestores e tomadores de decisão. Os dados obtidos nestas estações também serão utilizados para orientar possíveis alterações da frequência de amostragem, caso sejam observadas elevações dos parâmetros turbidez, condutividade elétrica e redução do oxigênio dissolvido, durante cinco dias consecutivos, conforme níveis de alerta estabelecidos no PMQQS. Cliquei aqui para acessar o PMQQS ou
http://arquivos.ana.gov.br/Riodoce/RelatorioANA/20170412_ProgramadeMonitoramentoQuali-QuantitativoSistemadeAguaeSedimentos.pdf

22 de julho de 2017

APODI-RN: AGRICULTOR É MORTO COM TIRO NAS COSTAS NA BR 405

Por volta das 23:30 da noite desta Sexta feira dia 21/07, a policia foi informada de que a pessoa de João Rodrigues de Oliveira Junior de 51 anos de idade, teria saído do Sítio Melancias na sua motocicleta, para ir buscar seu filho que estuda em Caraúbas, no posto Kurió, e não tinha chegado ao destino.
Viaturas da Polícia Militar deram início as buscar, refazendo o trajeto da vítima, foi quando que nas proximidades do trevo que dar acesso a Barragem de Santa Cruz, as margens da BR-405, encontrou o agricultor caído já sem vida ao lado da motocicleta.
A princípio pensavam ser um acidente, mas com a chegada do ITEP, pode-se contatar que a vítima tinha sofrido um tiro transfixante que atingiu as costas saindo na região torácica. A polícia acredita que tenha sido uma tentativa de assalto, tendo em vista a vítima não ter desamizade.
Após os trabalhos de perícia realizado pelo ITEP, o corpo foi removido e levado para a sede do órgão em Mossoró. As investigações ficarão por conta da Polícia Civil de Apodi, que tem a frente o competente delegado Renato Oliveira.
A policia pede a quem tiver alguma informação que possa ajudar na captura desse criminoso(s), denuncie ligando 190 - 3333-2737. Não precisa se identificar.
Moto da vitima caída em meio ao vegetação

*Sentinelas do Apodi.