3 de outubro de 2014

Projeto capacitará 4 mil pescadores artesanais para o cultivo de pescado

O Ministério da Pesca e Aquicultura publicou nesta sexta-feira (26), no Diário Oficial da União, o edital de Chamada Pública nº 1/2014 para a seleção de projeto de entidade sem fins lucrativos visando o desenvolvimento em conjunto de um projeto de capacitação. Ao todo 4.000 pescadores artesanais e familiares podem ser beneficiados. O investimento é de R$4,2 milhões.

A capacitação dos profissionais da pesca terá um ano de duração e envolverá 21 cursos básicos e específicos, visando em especial o manejo no cultivo de organismos aquáticos marinhos e de água doce.

“Hoje em dia, a aquicultura é uma atividade em crescimento não só no Brasil como em todo o mundo, e por isso se torna uma alternativa importante de trabalho para os pescadores e as suas famílias. O Brasil tem potencial para produzir só com a aquicultura mais de 20 milhões de toneladas de pescado/ano. Temos de investir na qualificação dos nossos pescadores para gerar renda e emprego a milhões de brasileiros”, ressalta o ministro Eduardo Lopes, da Pesca e Aquicultura.

Segundo ele, a produção dos cultivos será fundamental para atender as demandas da população, cada vez mais interessada em consumir alimentos saudáveis, como é o caso do pescado. Atualmente 50% dos peixes consumidos no Brasil já são provenientes de cultivos.

As entidades interessadas em participar da chamada pública, no valor global de R$ 4,2 milhões, devem possuir experiência prévia e capacidade institucional comprovada no desenvolvimento e oferta de educação profissional e ensino interativo presencial. Todas deverão estar cadastradas no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV) do Governo Federal. As instituições poderão ser representadas por instituição ou fundação de apoio.

Capacitação profissional

Os pescadores artesanais devidamente cadastrados no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) do MPA terão prioridade para participar dos cursos a serem oferecidos, mas familiares interessados no assunto também poderão participar.

Os cursos serão ministrados por 40 tutores preferencialmente em 40 telecentros já em atividade no território nacional. Os telecentros são espaços públicos dotados de equipamentos de informática e Internet, destinados a comunidades pesqueiras.

Das 40 horas/aula ao todo dos cursos, 16 horas/aula serão destinadas a matérias introdutórias: Informática Básica, Gestão Administrativa e Comercialização Solidária (Linhas de Crédito do Plano Safra). Em seguida serão ministrados cursos específicos em 24 h/aula, das quais oito dedicadas a aulas práticas.

Os alunos terão noções de criação de algas, mexilhões e ostras, bem como de camarões (carcinicultura) em água doce e salgada. Os cursos específicos tambémvão tratar de piscicultura. Os alunos aprenderão como se cria peixes de água doce, como carpa, jundiá, matrinxã, pacu, pintado, pirarucu, tambaqui e tilápia. No caso da tilápia, tanto em gaiolas em reservatórios como em viveiros escavados em propriedades rurais. A produção de tilápia em gaiolas nos reservatórios pode chegar a 100 toneladas/ano em 1 hectare de lâmina d’água. Também serão contempladas a criação de peixes marinhos das espécies bijupirá, robalo (peva e flexa), garoupa e cioba. Os cursos abordarão ainda a criação de espécies ornamentais continentais e marinhas.
fonte:MPA

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