6 de junho de 2014

Pescado do Brasil está pronto para contribuir com a segurança alimentar

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Ministro da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes, abriu hoje (28) reunião ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar

O ministro Eduardo Lopes, da Pesca e Aquicultura, abriu hoje a 14ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar eNutricional (Consea), que tratou do papel do pescador artesanal e da aquicultura familiar na segurança alimentar. O setor, em especial o da aquicultura, é apontado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) como o de “maior contribuição direta para o fornecimento de proteína, particularmente para pessoas vivendo na pobreza".

As ações para que o Brasil se transforme em um grande produtor de peixes, sem a perda as sustentabilidade ambiental da pesca, foram destacadas por Eduardo Lopes aos representantes do Conselho. Uma delegação paquistanesa também participou do evento, interessada em levar ao país as práticas do Brasil para o combate à fome e a miséria e no aproveitamento dos programas brasileiros para o setor de pescados.

Eduardo Lopes garantiu que, com a manutenção dos investimentos no setor, nos próximos anos, não só a produção do Brasil vai crescer, mas os nossos produtores serão sinônimo de eficiência, assim como acontece com os demais produtores de proteínas no País. “O peixe está para o Brasil, hoje, como estava o frango há dez, quinze anos atrás. Estamos no ponto de consolidar uma caminhada, que pode transformar o país em líder na produção mundial, exatamente como acontece com o frango e caminha para acontecer com outras proteínas. O peixe, no entanto, apresenta condições de inclusão social e de produção com sustentabilidade ambiental muito superiores às demais atividades primárias do nosso País,” ponderou.

O ministro lembrou da responsabilidade do Brasil perante o mundo, quando se fala na produção de peixes de forma sustentável. “A Fao diz que se o Brasil não cumprir o seu papel como produtor de pescados estará contribuindo para o aumento da fome e da miséria e acelerando, dia a após dia, o problema da escassez de alimentos. Nós, no Ministério da Pesca, acreditamos que o Brasil cumprirá sua missão. Vai atingir esse objetivo e estamos contando com o pescador artesanal e com o aquicultor familiar”.


Inclusão com democratização

A cessão de uso das águas da União para a produção de pescados, conforme explicou o ministro, está democratizando o uso das águas e promovendo a inclusão em praticamente todos os estados brasileiros. “Somente no ano passado nós concedemos quase mil hectares de lâmina de água para a criação de pescados – uma área capaz de produzir, anualmente, mais de 200 mil toneladas. Quase 90% dessas concessões foram para ribeirinhos, agricultores familiares, atingidos por barragens e pescadores, que estão se transformando, a partir deste ano, em aquicultores familiares”, acrescentou.

O ministro voltou a afirmar que os parques aquícolas, instalados pelo governo, não deverão atrapalhar outras atividades nos lagos das hidrelétricas. “Tem gente que olha com desconfiança para a aquicultura. Que acredita que com o nosso projeto de cessão de uso das águas da União, estamos querendo acabar com pesca artesanal, extinguir o pescador. Não é nada disso. No nosso projeto, há espaço para tudo e todos. Para pescar, para o turismo, para os esportes náuticos. Pretendemos usar apenas meio por cento do espelho de água das hidrelétricas, meio por cento - É o suficiente, com plena produção, para alçarmos o País à condição de maior produtor mundial de pescados”, complementou.
fonte:MPA

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