17 de maio de 2014

Seguro Defeso beneficia pescadores atingidos pela cheia no Amazonas

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Período de proibição de pesca será decretado hoje pelos ministérios da Pesca e do Meio Ambiente. Seguro será pago pelo Ministério do Trabalho

Os pescadores dos municípios de Apuí, Manicoré, Nova Olinda do Norte, Nova Aripuanã, Borba, Canutama, Lábrea, Enviara, Ipixuna, Guajará, Carreiro da Várzea, Humaitá e Boca do Acre, no Estado do Amazonas, que trabalham na bacia do Rio Amazonas, serão beneficiados com 30 dias de Seguro Defeso. A decisão foi tomada pelos ministérios da Pesca e 


Aquicultura e do Meio Ambiente. A instrução normativa conjunta, que estabelece o novo período de defeso na região será assinada nesta tarde, em Manaus, durante encontro do ministro Eduardo Lopes com os pescadores da região. O evento acontece às 15 horas no Auditório Martinho Lutero, no Centro Universitário Luterano de Manaus (Celun/Ulbra). A medida entre em vigor imediatamente.

No Amazonas o Seguro Defeso movimenta R$ 210 milhões por ano e beneficia 120 mil pessoas. Segundo o governo do Estado, 180 mil pessoas dependem da pesca para sobreviver. Normalmente o Seguro Defeso é pago no período de 15 de novembro a 15 de março, época em que o nível dos rios está mais alto.

O pagamento de uma parcela extra do seguro, este ano, foi solicitado pela Federação dos Pescadores do Amazonas, em função das cheias dos rios Purus e Madeira, que também atingiu os Estados do Acre e Rondônia.

A parcela é uma compensação pela paralisação das atividades e tem um caráter social, para atender comunidades alagadas. De outro lado, a cheia favorece a reprodução das espécies e deve proporcionar, no futuro, uma produção maior para o Estado.

Atualmente, a produção de pescados no Estado beira as 200 mil toneladas, segundo informações do governo local. Pelo menos a metade é comercializada e outra parte serve de subsistência para a população ribeirinha. A população do Amazonas está entre as que mais consome peixe no Brasil.

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