A água que cobre a BR-364, única via de acesso terrestre ao estado do Acre, por causa da maior cheia do Rio Madeira
em Rondônia, atingiu 1,30 metro, informa a Polícia Rodoviária Federal
(PRF). Por conta dessa água, um bueiro rompeu na pista, próximo a Velha
Mutum, distante cerca de 150 quilômetros de Porto Velho, fazendo com que
o asfalto cedesse cerca de 40 centímetros e vários caminhões estão
atolando na pista. O Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transporte (Dnit) trabalha para resolver o problema e manter o fluxo de
veículos (caminhões) na rodovia para que Rio Branco não sofra com
desabastecimento. "É muito importante nós mantermos o fluxo nessa
rovodovia. Nós estamos mantendo até o limite do suportável", diz o
inspetor da PRF João Bosco Ribeiro. Nesta quinta-feira (20), o Rio
Madeira atingiu a cota de 19,36 metros.
Há mais de um mês, a situação na BR-364 está se agravando. Nesta semana,
um bueiro rompeu e provocou um buraco na pista, que ainda não foi
interditada. O inspetor da PRF João Bosco Ribeiro diz que diariamente o
trecho é monitorado e afirma que a situação piorou muito. Ele explica
que com o rompimento do bueiro e o constante fluxo de caminhões, a capa
asfáltica foi perdida e os veículos começaram a patinar no barro. “O
Dnit vai fazer o aterramento desse bueiro com pedras, vai recuperar essa
parte perdida de 40 centímetros e aí vai voltar ao nível normal da
rodovia”, diz
Segundo a PRF, um trecho de cerca de 20 quilômetros está todo alagado
e por isso será feita manutenção permanente. Há três dias, uma pá
carregadeira está puxando os caminhões que atolam na pista, para
desobstruir e manter o tráfego da via que está fluindo com dificuldade e
mais lentamente.
Ribeiro afirma que apenas veículos que fizeram adaptação mecânica,
"aqueles caminhões que o motorista já suspendeu o filtro de ar, já viu a
questão do escapamento, as partes eletrônicas foram elevadas para que
não pegue água ainda conseguem passar. Mas do jeito que a rodovia está,
se continuar subindo o nível do rio, será inevitável que rodovia seja
fechada".

Ribeiro orienta para que os motoristas avaliem a necessidade da viagem e
enfatiza que 1,30 metro é muita água que cobre a pista, mas a
correnteza ainda não justifica a interdição. "O piso a gente está dando a
manutenção, agora a água vai chegar num limite que os caminhões não vão
mais conseguir passar. Então, a gente vai ter que interditar realmente
todo o piso".
Fonte: G1
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