12 de abril de 2013

Laboratório do MPA é aprovado em teste da Organização Mundial de Saúde Animal

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O AQUACEN, Laboratório Oficial Central da Rede Nacional de Laboratórios Oficiais do MPA (RENAQUA), instalado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, participou em fevereiro de um teste de proficiência internacional, coordenado pelo Laboratório de Referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para enfermidades de camarões.
No teste, com material enviado pelo laboratório oficial da OIE, localizado na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, o AQUACEN alcançou índice de acerto de 100% para o diagnóstico das doenças, estando em estrita concordância com os resultados do laboratório de referência da OIE. Além disso, o AQUACEN atingiu um dos menores prazos de finalização entre os laboratórios participantes, que foi de apenas quatro dias.
A meta da RENAQUA agora é participar anualmente dos testes de proficiência para as doenças de camarão e também iniciar a participação em ensaios de proficiência para as doenças de peixes e de moluscos bivalves. Também está sendo elaborado pela Coordenação-Geral de Sanidade Pesqueira e pelo AQUACEN um projeto de cooperação internacional com o Laboratório de Referência da Noruega para enfermidades de animais aquáticos, a ser submetido à OIE, dentro do programa “Laboratory Twinning” para o futuro reconhecimento do AQUACEN como um dos laboratórios de referência dessa organização.
“Todas essas ações elevam a confiança da comunidade internacional quanto ao controle sanitário realizado para os animais aquáticos no Brasil”, avalia o Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella.

Diagnósticos precisos
“É uma vitória conseguirmos 100% de eficiência já em nosso primeiro teste de proficiência internacional, há menos de um ano do início das atividades da RENAQUA. Isso demonstra a qualidade e seriedade do trabalho que o MPA vem desempenhando na área de sanidade.” afirma Américo Ribeiro Tunes, secretário de Monitoramento e Controle da Pesca e Aquicultura.
O teste de proficiência consiste no recebimento, por parte de cada laboratório participante, de amostras de tecido de camarão infectados por diferentes vírus, para a condução do diagnóstico por métodos de biologia molecular (utilizando as técnicas de PCR e PCR em tempo real), explica Eduardo Cunha, Coordenador-Geral de Sanidade Pesqueira.
 “O desafio então para os laboratórios participantes é realizar a detecção correta do agente etiológico de cada amostra, assim como de finalizar os testes em um prazo máximo de sete dias”, diz ele.
O teste abrangeu as principais doenças virais de camarões consideradas como de notificação obrigatória pela OIE: síndrome Taura (TSV), doença da cabeça amarela (YHD), necrose hipodérmica e hematopoiética infecciosa (IHHNV), doença das manchas brancas (WSSV) e mionecrose infecciosa (IMNV). 
“O treinamento contínuo e a cooperação internacional são passos importantes para o alcance desses resultados”, ressalta o professor da Universidade Federal de Minas Gerais Henrique Figueiredo, coordenador do AQUACEN – Saúde Animal.
Em 2012, um técnico do laboratório participou durante 15 dias de um treinamento no laboratório de referência da OIE e neste ano outro técnico será igualmente capacitado.

Sanidade pesqueira
O Ministério da Pesca e Aquicultura criou a RENAQUA em 2012. Também neste mesmo ano foi implantado, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves (PNCMB). Assim foi estabelecido um dos pilares para o desenvolvimento da pesca e aquicultura no Brasil: a garantia da sanidade dos produtos e processos relacionados a peixes, crustáceos e moluscos. O consumidor ganha pela garantia de qualidade e o produtor por verificar a sanidade de seu plantel antes que uma doença se espalhe.  A rede facilitará, inclusive, a exportação de pescado, já que as suas atividades obedecerão às normas de qualidade ISSO 17.025, aceitas internacionalmente.
A RENAQUA foi concebida para dispor de uma estrutura organizada em rede, na qual as unidades laboratoriais são distribuídas regionalmente e responderão por demandas e rotinas locais e regionais. A RENAQUA já conta com quatro laboratórios. Um deles é designado a atuar como laboratório oficial central (AQUACEN) e os demais como laboratórios oficiais (LAQUAs). 

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