19 de agosto de 2017

UERN apresenta informação sobre obras de Campus a vereadores de Apodi

O reitor Pedro Fernandes Ribeiro Neto recebeu uma comitiva de vereadores de Apodi para discutir a retoma das obras da construção do Campus daquele município.

A reunião foi aberta pelo reitor Pedro Fernandes que explicou que contou com a ajuda da senadora Fátima Bezerra (PT) para liberar a primeira parte dos recursos que permitiu iniciar a obra e a segunda etapa já contou com a ajuda do senador José Agripino (DEM). “A conjuntura nacional prejudicou muito o acesso a esses recursos. Não parei um único segundo de ir atrás disso (recursos para o Campus de Apodi)”, explicou.

O presidente da Câmara Municipal de Apodi Genivan Varela (PC do B) explicou que a audiência foi provocada a partir da informação da liberação dos recursos. “A nossa preocupação surgiu a partir da divulgação da liberação dos recursos para a segunda etapa da obra gerou uma expectativa muito grande na sociedade apodiense”, frisou.

A pró-reitora de planejamento Fátima Raquel fez uma apresentação mostrando como foram distribuídos os recursos do convênio 780656/2012 assinado com o Governo Federal através de emenda do deputado federal Fábio Faria (PSD) cujo valor total R$ 5.542.674,70 que ao contrário do que foi divulgado não era exclusivamente para a construção do Campus de Apodi.

A obra prevê:

A)Reforma do Almoxarifado: R$ 225.795,58

B) Reforma das estruturas físicas da Rádio Universitária: R$ 53.039,03

C) Reforma da Reitoria: R$ 285.490,82

D)Reforma do bloco de salas: R$ 642.349,27

E) Construção do Campus Avançado de Apodi: R$ 4.336.000,00
Ela acrescentou ainda que a liberação de R$ 1 milhão serviu para a primeira etapa da obra do Campus de Apodi, as medições que consumiram 46% do valor liberado e o restante foi utilizado na reforma da reitoria e almoxarifado. “Teremos que iniciar as obras na rádio para cumprir as exigências do convênio para garantir a liberação dos demais recursos”, explicou Fátima Raquel.
Parte desse recurso liberado também será destinado a reformas dos blocos de salas.

O assessor de obras da Reitoria Osmídio Morais explicou que a fundação corresponde a 20% de uma obra como a do Campus de Apodi e que a empresa retomará a obra entre 10 e 15 dias concluindo a parte de fundação para passar a etapa da alvenaria. “Nós agora vamos conseguir avançar mais em Apodi nessa nova liberação com mais de R$ 1 milhão do total de R$ 1,7 milhão para o novo Campus”, acrescentou.

O vereador Gilvan Alves (Avante) disse ter se sentido atendido pelas explicações apresentadas. “Eu me dou por satisfeito com essas explicações que serão muito importantes para a gente repassar para a população de Apodi”, avaliou.

18 de agosto de 2017

A pele de tilápia é usada no tratamento de queimaduras

Pesquisadores no Ceará descobrem o poderoso efeito do couro que diminui as dores da cicatrização.
Deitado em uma cama de hospital, o balconista Francisco Rostana Gabriel, 22, tem as duas pernas e um braço cobertos com pele de peixe. Faz dez dias que ele está internado no núcleo de queimados do Instituto Dr. José Frota, hospital municipal de Fortaleza. Depois de tantos dias, a pele do peixe se transformou em uma espécie de couro, e aderiu ao corpo do paciente. “Pode bater”, diz o doutor Edmar Maciel, presidente do Instituto de Apoio ao Queimado, dando pequenos toques na perna de Gabriel com os nós dos dedos. “É um couro duro mesmo, tá vendo?”.
Gabriel teve grande parte do corpo queimado em um acidente envolvendo a explosão de um botijão de gás. Quando chegou ao hospital, recebeu os primeiros cuidados, como a limpeza dos ferimentos e a aplicação de pomada cicatrizante. No dia seguinte, como procedimento padrão, teve de tomar anestesia geral para fazer a troca dos curativos. “A dor é tão grande, que parecia que eu estava sendo queimado de novo”, disse. A equipe do hospital então perguntou se ele aceitaria fazer o tratamento com pele de tilápia. “Eu aceitei, porque disseram que dói menos”, conta Gabriel. "E realmente, a dor melhorou muito". Ao todo, o rapaz recebeu 40 peles deste peixe, que também é conhecido em algumas regiões como Saint Peters. Com o passar dos dias, o material vai se transformando em um couro duro e só é retirado, com a ajuda de vaselina, depois que a pele do paciente começa a cicatrizar. Essa é uma das vantagens do uso da tilápia: como o curativo não precisa ser trocado todos os dias, como no método convencional, o paciente sofre menos.
O tratamento de queimaduras com a pele da tilápia é fruto de uma pesquisa iniciada em 2015 pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com o Instituto Dr. José Frota. Os pesquisadores tiveram a ideia de aplicar o material na medicina depois de descobrirem que 99% da pele deste peixe vai parar no lixo.
Pensando nisso, formaram uma equipe para estudar a viabilidade do uso deste material na cicatrização de queimaduras, baseando-se em outras experiências registradas. “Em outros países, são usadas peles de outros animais como porco, rã e cachorro”, explica Edmar Maciel, que também é o coordenador da pesquisa. “Mas descobrimos que a pele da tilápia tem alta concentração de colágeno, é resistente à pressão, tem boa umidade e por isso adere bem na pele humana e evita que o paciente perca líquido, uma das complicações das queimaduras”. Além disso, o material, por enquanto, sai de graça.
O uso da pele ainda está em fase de pesquisa para queimaduras de segundo grau. Por isso, ela não é aplicada em todas as pessoas que chegam ao hospital. Há um critério que envolve idade e estágio da queimadura, além de o paciente precisar aceitar participar da pesquisa. "Já teve gente que não quis participar, por achar que poderia, por exemplo, ficar com cheiro de peixe no corpo", conta Maciel. Mas isso não ocorre. Para ser utilizada, a pele da tilápia passa por um tratamento especial de limpeza e a esterilização, feitos nos laboratórios da UFC. Depois, o material é enviado a São Paulo, onde recebe uma irradiação para matar possíveis vírus. Só então volta para a Universidade, onde pode ficar armazenado sob uma temperatura de 3 a 4 graus por até dois anos. Ao todo, o processo de limpeza dura de sete a dez dias, incluindo o envio para São Paulo. O cheiro é totalmente eliminado.
Hoje, 1.000 peles de tilápia formam o banco de peles da UFC, de onde são enviadas para o hospital à medida em que há necessidade. Odorico Moraes, diretor do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Medicamentos da UFC, explica que a demanda depende de fatores como a época do ano. "Em junho, época das festas de São João aqui no Nordeste, quando fazem fogueiras e soltam balões, a demanda cresce", explica. Os médicos calculam que 97% dos casos de queimadura envolvem a população de baixa renda. A maioria dos acidentes são provenientes de choques elétricos e água quente, como o caso do garoto Cristiano, de seis anos. "Ele brigou com a irmã e ela atirou água quente nele, queimando parte da perna", explicou a mãe, Rita de Cássia, 31. Ela autorizou o uso da tilápia no garoto, que apresentava acelerada cicatrização, dois dias após dar entrada no hospital.
“Isto aqui é o ovo de Colombo”, diz o professor Odorico Moraes. "A tilápia é uma peste: cresce rápido, ganha peso rápido, come de tudo, é criada no mundo todo e se adapta facilmente a diferentes ambientes", diz. Por isso, seu uso é tão viável, assegura. O professor calcula que cada pele, de cerca de 10 x 20 centímetros, tenha um custo de 8 a 10 reais, mas ainda não é possível afirmar, com certeza, quanto custará no mercado. Neste momento, os pesquisadores estão em fase de seleção do laboratório que fará a produção em larga escala, para então, obter o registro na Anvisa e aí passar a comercializar o produto. Além do tratamento de queimaduras, os pesquisadores já utilizaram o material, também em caráter de pesquisa, para implante dentário,reconstituição óssea e da vagina. "Fizemos a reconstituição da vagina de duas pacientes que nasceram com a Síndrome de Rokitansky, uma síndrome rara em que a pessoa nasce sem a vagina", explicou o doutor Edmar Macedo. "Nos dois casos obtivemos ótimos resultados".

A medida da dor

Além do poder cicatrizante, os médicos pesquisam agora as propriedades analgésicas e anti-inflamatórias da pele da tilápia. "Como os pacientes que usam a tilápia relatam tomar menos remédio para dor do que aqueles tratados com o método convencional, acho que há algo aí que merece ser investigado", explicou Mariana Vale, professora e pesquisadora da UFC. Os pesquisadores ainda não sabem, porém, se a dor melhora porque a pele do peixe isola os ferimentos, ou se, de fato, libera alguma substância analgésica.
Para medir a dor, a pesquisadora utiliza um aparelho chamado analgesímetro, com uma extremidade pontiaguda feita de silicone. A médica espeta a ponta em uma parte do corpo e pede para que o paciente diga quando incomodar. A pressão feita é mensurada no aparelho, na medida de gramas. Depois, ela vai próximo da área queimada, e repete o procedimento. Dali é tirada uma média, que é refeita a cada dia, para observar o quanto a dor diminui. "O que já podemos dizer é que há muita diferença no limiar da dor entre aqueles que usam a tilápia e os que fazem o tratamento convencional", conta a pesquisadora.

FONTE: TV Jaguar/ El País/Alto Santo é Notícia.

CONVITE DE REUNIÃO DO GASPEC!

Atenção voluntários! A presidente do GASPEC,Ideusa Gurgel avisa, que hoje, às 19h30min haverá reunião na sede da entidade e convida a todos para participarem!
Na oportunidade, serão discutidos os assuntos: 

  • A IV Semana de Prevenção e Combate ao Câncer;
  • Outubro Rosa;
  • Parabéns ao GASPEC pelos 6 anos de existência, e
  • Outros...
A sua presença é muito importante. Participe!