17 de maio de 2017

Testes para novas reduções de vazão nos reservatórios do S. Francisco começam dia 18

A partir de 18 e 22 de maio será iniciada a redução gradual das vazões liberadas de Sobradinho e Xingó, respectivamente, para os patamares de até 600 m³/s. A redução das vazões mínimas liberadas visa preservar o estoque de água disponível nos reservatórios da bacia hidrográfica, face sua importância para o atendimento dos usos múltiplos, em particular ao abastecimento de várias cidades. Atualmente, encontra-se em vigor a Resolução ANA N⁰ 742, de 24 de abril de 2017, que autoriza a redução, até 30 de novembro de 2017, da descarga mínima dos reservatórios de Sobradinho e Xingó para uma média diária de 600 m³/s e instantânea de até 570 m³/s.

A Autorização Especial N⁰ 11/2017, de 10 de maio de 2017, concedida pelo Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), permite que os testes para as novas reduções nas defluências mínimas sejam iniciados. Em Sobradinho, a redução será de 700m³/s para 650m³/s a partir do dia 18 de maio e para 600m³/s a partir do dia 29 de maio. Em Xingó, a redução de 700m³/s para 650m³/s começa no dia 22 de maio e a partir do dia 29 de maio cai para 600m³/s.

A bacia do rio São Francisco vem enfrentando condições hidrológicas adversas nos últimos anos, com vazões e chuvas abaixo da média. Por isso, desde 2013 a ANA vem autorizando a redução das vazões de defluência mínimas nesses reservatórios que, em condições normais, operam com descarga mínima de 1.300m³/s, conforme previsto na licença ambiental de operação das usinas.

De outubro de 2016 a maio de 2017, choveu 51% abaixo da média para o período, o que faz do período chuvoso de 2016/2017 o pior ano hidrológico para a bacia do São Francisco. O último ano de precipitação acima da média foi em 2011. Desde então, tem chovido abaixo da média em todos os anos. Em 14 de maio, o volume equivalente dos reservatórios da Bacia do Rio São Francisco acumulava 20,16% do volume útil. Para evitar que o reservatório de Sobradinho comece a operar no volume morto, a Agência Nacional de Águas apresentou proposta de adoção de medidas preventivas.
As propostas foram feitas pela ANA na reunião de monitoramento da bacia hoje pela manhã (15/05). Na reunião da próxima segunda-feira, (22/05), as propostas voltarão a ser discutidas após a análise dos participantes.
Desde a semana passada, o vídeo da reunião de monitoramento da Bacia do São Francisco tem sido disponibilizado na íntegra no canal da ANA no YouTube, de forma a aumentar a transparência no processo de decisão e estimular o envolvimento da sociedade com a gestão dos recursos hídricos. Clique aqui para assistir ao vídeo da reunião de hoje (15/5).
A reunião de monitoramento acontece toda segunda-feira, por videoconferência, no período da manhã, com a participação de técnicos e dirigentes da ANA e representantes Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, do Setor Elétrico (Ministério de Minas e Energia – MME, Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, Companhia Hidrelétrica do São Francisco – CHESF e Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG), do Setor de Navegação (Ministério dos Transportes – MT, Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, e Marinha do Brasil), da Agricultura Irrigada (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba – CODEVASF, Projeto de Irrigação Jaíba e Projeto de Irrigação Nilo Coelho), do IBAMA, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden. O Ministério Público também tem participado das reuniões semanais.
Saiba mais sobre a operação dos reservatórios do rio São Francisco na Sala de Situação da ANA: http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/saladesituacao/v2/saofrancisco.aspx
Texto:Cláudia Dianni, Ascom/ANA.

Documentário explica a Rede Hidrometeorológica Nacional

A Agência Nacional de Águas lançou o Documentário "Rede Hidrometeorológica Nacional", uma parceria com a Agência de Coopeação Brasileira (ABC) e com a Unesco, com apoio do o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e outras instituições parceiras, como os órgãos gestores estaduais de recursos hídricos e Defesa Civil, com o objetivo de documentar e informar as etapas e relevância do trabalho de medição de rios e destacar a importância dos vários profissionais da área de hidrologia e hidrometria.

O documentário foi produzido por meio do Projeto de Cooperação Sul-Sul para o fortalecimento da gestão integrada e do uso sustentável dos recursos hídricos no contexto dos países da América Latina e Caribe, e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

“A Rede de medição é a base de toda atividade de gestão de recursos hídricos e passa pela estimativa do potencial hidrelétrico, pelo controle de eventos críticos, além de ser a base de todas as atividades da ANA, como planejamento, emissão de outorgas e fiscalização”, explicou o diretor da área de Hidrologia da ANA, Ney Maranhão, para quem em tempos de mudanças climáticas, com ameaça de aumento de eventos extremos como secas e cheias, as informações geradas pela Rede são fundamentais e “Quem trabalha com o tema depende deste trabalho”, completou.

A Rede Hidrometeorológia Nacional é composta por 4.633 estações de medição pluveimétricas (chuvas) e fluviométricas (rios) onde são monitorados nível e vazão dos rios, a quantidade de sedimentos e a qualidade da água. Coodernada pela ANA, a Rede monitora 2.176 dos 12.978 rios cadastrados no Sistema de Informaçoes Hidrológicas da ANA. “Essas informações são fundamentais tanto para a tomada de decisões no gerenciamento de recursos hídricos como para a informação de toda a sociedade”, disse o presidente da ANA, Vicente Andreu.

A primeira exibição do documentário, em sua versão completa, de 53 minutos, foi feita ontem no auditório Flávio Terra Barth da Agência Nacional de Águas. Em breve será editada também uma versão reduzida de 25 minutos. Na cerimônia seguida da exibição, o ex-superintendete da Rede Hidrometeorológica Nacional da ANA Valdemar dos Santos Guimarães, um dos responsáveis pela implementação do monitoramento hidrológico no Brasil, foi homenageado por 45 anos dedicados a esse trabalho, dos quais 16 anos na ANA. Ele foi um dos coordenadores da transição das atividades de hidrologia para a Agência Nacional de Águas, em 2001, um ano depois da criação da Agência. Até então, a Rede estava sob a responsabilidade da Aneel.

Na ANA, e sob o comando de Guimarães, a Rede passou por vários programas de modernização que incluiram mais tecnologia, como a telemetria e a transmissão de dados via satélite. Além disso, ele coordenou 15 edições de Curso Internacional de Medição de Grandes Rios, ministado em barco nio Solimões, em Manacapuru (AM), formando mais de 500 profissionais, entre brasileiros e estrangeiros.

Durante a solenidade, também receberam homenagens, representando todos os profissionais, Arnaldo Carlos Simon, observadores hidrológicos aposentados da estação Passo são Lourenço, no rio Jacuí (Cachoeira do Sul-RS); Jaiane Freitas Fernandes, observadora hidrológica da estação Jaguaribe (CE), o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil. Stenio Petrovivk, entre outros profissionais e parceriros.

O documentário foi produzido em um momento importante, que marca a chegada de uma nova geração que assume a gestão da Rede Hidrometeorológica com o compromisso de dar continuidade ao trabalho executado e seguir entregando resultados confiáveis e de qualidade para a gestão de recursos hídricos e, consequentemente, para toda a sociedade. Guimarães aposentou-se e foi substituído pelo especialista em Recursos Hídricos Marcelo Medeiros.

Além do diretor-presidente da ANA, e dos diretores de Hidrologia da Agência e da CPRM, também compareceram ao evento o diretor de Gestão da ANA, Paulo Varella, a diretor de Planejamento da ANA, Gisela Forattini, o oficial do de meio ambiente do setor de Ciências Naturais da Unesco, Massimiliano Lombardo. Outros homenageados foram:

Olivia Faria de Brito – observadora da estação Manacapuru Eduardo Chiodelli – técnico em geociências da CPRM Arnaldo Correa – técnico em geociências da CPRM José Roque Reis Santana – técnico em geociências da CPRM Fávio Augusto Morais Ferreira – técnico em geociências da CPRM Brasil Moreira Pires – técnico em geociência da CPRM João Bosco e Alfenas - técnico em hidrologia aposentado Haidée Grassi Rizzo (in memorian), representada pela filha Hidely Grassi Rizzo Clique aqui para assistir ao Documentário (52’42”)

Clique aqui para assistir ao Documentário (52'42")

Texto: Cláudia Dianni/Ascom ANA

16 de maio de 2017

V Encontro Formativo Nacional de Educação Ambiental reúne mais de 250 pessoas em Brasília

Mais de 250 profissionais que atuam nas áreas de Gestão das Águas, Educação Ambiental, Mobilização e Participação Social reúnem-se, em Brasília (DF) nesta semana, de terça (9/5) a quinta-feira (11/5) para o O V Encontro Formativo Nacional de Educação Ambiental para Gestão das Águas, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional de Águas (ANA) e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF).

A diretora da Área de Planejamento da ANA, Gisela Forattini, participou da abertura do evento e destacou uma das missões da Agência, que é oferecer capacitação técnica a integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), que inclui órgãos gestores estaduais de recursos hídricos, comitês e agências de bacias hidrográficas além do CNRH e os conselhos estaduais. Vários dos cursos oferecidos pela ANA são abertos à participação de qualquer interessado. A Agência já investiu mais de R$ 42 milhões em educação e capacitação nos últimos dez anos.

“O investimento da ANA em capacitação é direcionado para todos os níveis de ensino, desde a Educação Básica até a Pós-Graduação. Produzimos e ofertamos cerca de 60 cursos nas modalidades presenciais, semipresenciais e à distância, capacitando mais de 100 mil pessoas até o final de 2016”, disse Gisela.

Ela também destacou o Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos – ProfÁgua, que envolve seis universidades brasileiras e oferece oportunidades de formação de alto nível para solução de problemas reais da gestão e regulação das águas. Já o Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Ambientais, voltado para formação de professores, abrange nove universidades em todo o País. Mais informações sobre a cursos e demais ações de capacitação podem ser obtidas no Portal da Capacitação da ANA.

O objetivo dos encontros formativos é o diálogo, a troca de experiências e o fortalecimento da rede de educadores ambientais que atuam na gestão hídrica do País. A iniciativa faz parte do processo de formação continuada e permanente, uma das prioridades do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) para os próximos quatro anos. Os encontros formativos acontecem a cada dois anos. O evento já foi recebido nas cidades de Salvador (BA) em 2009, de Bento Gonçalves (RS) em 2011, de Ouro Preto (MG) em 2013 e de São Pedro (SP) em 2015. O 5º encontro acontece na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), em Brasília.

Fórum Mundial da Água


Em outras edições foram temas de discussão do Encontro a ampliação, qualificação e engajamento social e político da sociedade na gestão ambiental e de recursos hídricos; o aprofundamento e a qualidade da participação na gestão e a representatividade nos comitês de bacia; como a educação ambiental pode contribuir para que a população amplie sua capacidade de interpretar informações socioambientais e gestão das águas. Nesta edição, um dos temas é o 8º Fórum Mundial da Água, que vai acontecer em Brasília entre 18 e 23 de março de 2018.

Os coordenadores do Fórum Cidadão, estrutura responsável por organizar a participação da sociedade civil no 8º Fórum Mundial da Água, discutem formas de mobilização social. A ideia é criar canais de comunicação com vários setores e identificar lideranças para levá-las Fórum. Serão mapeados os eventos nacionais e internacionais com o tema água que vão acontecer até a realização o 8º Fórum, para engajar e conectar os públicos desses eventos, segundo o coordenador do grupo, Lupércio Ziroldo, que é presidente da Rede Internacional de Organismos de Bacia (Rebob) e governador do Conselho Mundial da Água.

O Fórum Cidadão será responsável pela Vila Cidadã, um espaço aberto à participação da sociedade de acesso gratuito. O objetivo é abrir este espaço à participação da população que não pode se inscrever para participar do Fórum. “Vamos levar alguns especialistas convidados para dialogar com as pessoas na Vila Cidadã, onde haverá telões com a programação das sessões”, explicou Ziroldo. Os principais atores do Fórum Cidadão serão mulheres, jovens, crianças, povos tradicionais, comunidades indígenas, organizações não governamentais e comitês de bacias hidrográficas.

Na sexta-feira (12/05), último dia do V Encontro Formativo, serão realizadas visitas técnicas que apresentarão experiências de educação ambiental locais. Os participantes conhecerão, por exemplo, a Estação Ecológica de Águas Emendadas, na região de Planaltina (DF), e o Jardim Botânico de Brasília.

Confira a programação do V Encontro Formativo

Texto: Ascom ANA e Ascom MMA

União pode obter R$ 1,5 bilhão com venda de hidrelétricas

O governo está atrás de novas receitas extraordinárias para conseguir desbloquear na próxima semana parte do corte de R$ 42,1 bilhões que foi anunciado em março. Segundo fontes da equipe econômica, o governo pode obter pelo menos R$ 1,5 bilhão de novas receitas este ano com a elevação da previsão de arrecadação com venda de hidrelétricas que pertenciam à Cemig.
Outras receitas extraordinárias estão em análise pela equipe econômica. O governo tem até segunda-feira, 22, para encaminhar ao Congresso o segundo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. O documento terá que mostrar a evolução do desempenho fiscal e avaliar a capacidade de cumprimento da meta fiscal de déficit de R$ 139 bilhões fixada para este ano. Ele pode apontar o primeiro “descontigenciamento” parcial.

Meteorologista prevê fim do ciclo de seca no Rio Grande do Norte



O ciclo de seca que atinge o Rio Grande do Norte, e parte do nordeste brasileiro, deve chegar ao fim em 2017. Esta é a expectativa dos meteorologistas que acreditam na tese de que o ciclo de estiagem, que já ultrapassa cinco anos, está em sua reta final. Segundo o meteorologista Gilma Bristot que integra os quadros da Emparn, a partir de 2018 o Rio Grande do Norte deve emplacar uma sequencia de três ou quatro anos com boas precipitações, que garantirão a recomposição das reservas hídricas.
Esta recomposição, segundo Bristot não será imediata, e exigirá uma sequência de anos com boas chuvas para que o cenário ganhe um novo contorno. “O ciclo de seca está indo embora em 2017. Esperamos para os próximos três, ou quatro anos, uma reação que deverá recompor o sistema hídrico do estado”, reforça o meteorologista em entrevista concedida no decorrer da última semana. Gilmar Bristot destaca que desde o fim de 2016 há esta expectativa que tende a ser consolidada já a partir da confirmação das previsões deste ano.
*O Xerife.

11 de maio de 2017

Ivan Jr e bispo de Caicó visitam Barragem Oiticica

O secretário Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Ivan Júnior, acompanhado do Bispo de Caicó, Dom Antônio Carlos, fez uma nova visita ao complexo de obras envolvidas na Barragem de Oiticica. Iniciando a programação, eles se reuniram no canteiro de obras para discutir a atual situação do empreendimento, com foco nos detalhes de cunho social. Representantes da KL, a empresa supervisora, do Serviços de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac) e equipe técnica da Semarh também participaram das reuniões e vistorias técnicas.
A comitiva visitou primeiramente as obras do cemitério de Nova Barra de Santana. De acordo com Ivan, o percentual de execução já se encontra em 61% e o trabalho continua em ritmo acelerado. Antes de verificar a estrutura da parede principal do reservatório, a equipe conferiu a construção da na Nova Barra de Santana, onde as obras de fundações das residências das quadras 4 e 5 estão concluídas.
A construção das unidades habitacionais para moradores inquilinos se encontra num ritmo acelerado, com 60% de execução. O Governo do Estado, por meio da Companhia de Habitação e Desenvolvimento Urbano do RN (Cehab), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), aderiu ao Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH), do Ministério das cidades, para viabilizar moradia própria a quem mora de aluguel em Barra de Santana.
“Estamos acompanhando de perto todo o processo de construção do empreendimento. Essas visitas são importantes para se ajustar, junto às empresas, qualquer entrave que atrapalhe o andamento da obra”, disse o Secretário. “Quanto às desapropriações, já finalizamos as negociações da área rural e vamos iniciar, este mês, da área urbana”, acrescenta.
Barra de Santana
A nova comunidade será construída no local conhecido como Alto do Paiol. Serão 254 lotes residenciais, uma quadra com 10 lotes para o desenvolvimento de atividades não poluentes, equipamentos públicos, centro de comércio e serviços, templo da Igreja Católica, praças urbanizadas e toda a infraestrutura urbana necessária à pavimentação das vias correspondentes.
Oiticica
A Barragem de Oiticica, que custará R$ 415 milhões, beneficiará diretamente 350 mil habitantes em 17 municípios do estado. Indiretamente a obra, com capacidade para 560 milhões de metros cúbicos, atenderá toda a população dos municípios do Seridó, Vale do Açu e região Central do Rio Grande do Norte, beneficiando mais de 500 mil pessoas. Além do aumento da oferta de água para a região Seridó, a barragem de Oiticica também vai contribuir para reduzir o risco de inundações no Vale do Açu, e irá integrar o complexo de obras do Programa de Integração do São Francisco.
*O Xerife.

4 de maio de 2017

Após 13 anos o Brasil vai voltar a exportar camarão para os EUA sem sobretaxa

Depois de treze anos, o Brasil vai exportar camarão para os EUA sem pagar sobretaxa. O Brasil conseguiu se livrar de uma ação antidumping imposta em 2004 pelos EUA, o maior consumidor do mundo de camarões.

*Lauro Jardim/Blog do BG.

30 de abril de 2017

CHUVA NA TARDE DE HOJE EM APODI

 Uma chuvinha boa banhou a cidade de Apodi na tarde deste domingo, 30 de abril de 2017. O bom é que amenizou o clima!

29 de abril de 2017

Açude de Taperoá sangra. Águas seguem para Boqueirão

O vereador da cidade de Taperoá, Chiquinho Patativa, informou que as chuvas registradas nos últimos dias aumentaram a vazão do Açude Manoel Marcionilo, em Taperoá, e informou que o manancial está sangrando e levando água em direção ao Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão. Ele afirmou que está muito feliz e que dentro das próximas horas o Rio deve levar uma grande quantidade de água ao açude de Boqueirão.
– Podemos comunicar aos campinenses que o açude começou a sangrar, então o Rio Taperoá está despejando muita água e dentro das próximas águas o Rio Taperoá vai descer correndo em direção a Boqueirão. Desta vez é uma benção muito grande para o nosso Cariri e também para a região da Borborema que, além das águas do Rio São Francisco, vai receber águas do Rio Taperoá – colocou.

*O Xerife.

28 de abril de 2017

Prazo para regularizar barragens em rios federais termina em 7 de maio

A Agência Nacional de Águas (ANA) comunica a proximidade do fim do prazo para que proprietários de barragens de recursos hídricos para fins de reservação localizados em corpos d’água de gestão federal (que atravessam mais de uma estado ou fazem fronteira) regularizem seus empreendimentos, ou seja, solicitem a outorga de direito de uso da água para o funcionamento de seus barramentos até o dia 7 de maio de 2017, conforme estabelece o artigo 33 da Resolução ANA nº 236/2017.

Das 132 barragens de reservação localizadas em cursos d’água federais, portanto sob fiscalização da Agência Nacional de Águas, 97 se enquadram nas regras da Lei de Segurança de Barragens (12.334/2010), das quais 46 ainda não possuem outorga de direito de uso das águas. Segundo a legislação, os barramentos que não forem regularizados poderão ser descomissionados (sair de operação) e demolidos.

Segundo a classificação feita pela ANA com base nas informações enviadas pelo empreendedores, 22% das 97 barragens que se enquadram na Lei foram classificas como de risco alto, e 80% foram classificadas como de dano potencial alto, em caso de rompimento. Das 97, 42% possuem risco médio de rompimento e 11% dano potencial médio.

A Resolução ANA nº 236/2017 estabelece prazos e periodicidades para a execução de vários instrumentos previstos na Lei, como elaboração do Plano de Segurança de Barragens e do Plano de Ação de Emergência. Clique aqui para ler a Resolução completa.

De acordo com a Política Nacional de Segurança de Barragens, é responsabilidade do empreendedor elaborar o Plano de Segurança da Barragem, cumprindo as exigências do órgão ou entidade fiscalizadora ao qual está vinculado com relação à periodicidade, a qualificação técnica da equipe responsável, ao conteúdo mínimo e ao nível de detalhamento das Inspeções de Segurança da Barragem e do Plano de Ação de Emergência (PAE).

A Lei nº 12.334/2010 instituiu a Política Nacional de Segurança de Barragens que estabeleceu regras para barramentos de recursos hídricos, geração de energia, armazenamentos de minérios e resíduos industriais. A Lei dividiu a atribuição de fiscalizar o cumprimento da Lei pelos proprietários das barragens entre 43 órgãos públicos, sendo 4 federais e 30 estaduais, dependendo da finalidade do armazenamento.

Os órgãos gestores estaduais de recursos hídricos são responsáveis pela fiscalização do cumprimentos das regras pelos empreendedores no caso de barragens que acumulam água localizadas em rios de gestão estadual (quando a nascente e a foz do corpo d’água estão dentro dos limites do estado). No caso de barramentos de rejeitos minerais, essas mesmas atribuições são do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Os barramentos com concessão ou autorização do uso do potencial hidráulico, a Lei confere as atribuições à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); e no caso de barragens que acumulam resíduos industriais, do IBAMA ou órgãos ambientais estaduais, também a depender da localização do empreendimento.

Além de fiscalizar barragens de reservação de água localizadas em copos d’água de gestão federal, a Lei atribuiu à Agência Nacional de Águas a missão de manter, organizar, implantar e gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB), de promover a articulação entre os 43 órgãos fiscalizadores de barragens, e de coordenar a elaboração do Relatório de Segurança de Barragens, encaminhando-o, anualmente, ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), de forma consolidada.

Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB)

É um cadastro consolidado com o objetivo de registrar informações sobre as condições de segurança de barragens em construção, em operação e desativadas em todo o território nacional, destinadas a diferentes usos. A inserção dos dados está sob a responsabilidade de cada uma das 43 entidades ou órgãos fiscalizadores de segurança de barragens no Brasil. O SNISBdisponibiliza um mapa de distribuição de barragens e um gráfico de barragens cadastradas para pesquisa por estado, entidade fiscalizadora, tipo de uso, volume e altura. O Sistema também possui uma área restritas à declaração de informações online feitas pelas entidades fiscalizadoras. Podem ser cadastradas no SNISB apenas as barragens que possuem documento que regulariza o empreendimento.

O SNISB está em construção e seu funcionamento pleno depende do cadastramento feito pelas entidades ou órgãos fiscalizadores e do desenvolvimento de novas fases. Para obter informações sobre as barragens que ainda não estão cadastradas no SNISB, ou seja, aquelas que não possuem autorização ou que possuem a autorização, mas ainda não foram cadastradas no Sistema pelo órgão fiscalizador, a consulta pode ser feita no Relatório Segurança de Barragens (RSB).

Relatórios de Segurança de Barragens (RSB)

O último Relatório de Segurança de Barragens – 2015 - reúne informações enviadas pelos empreendedores e pelas entidades/órgãos fiscalizadores entre 1º de outubro de 2014 e 30 de setembro de 2015. Segundo o RBS 2015, há 17.259 barragens cadastradas em todo País, sendo que 2.368 (13% do total) foram classificadas com relação à categoria de risco e 2.224 (12%) quanto ao dano potencial associado. O Relatório de 2016 será divulgado no segundo semestre.

Clique aqui para ter acesso ao mapa interativo do RBS – 2105 e à planilha Excel com todas as barragens cadastradas no último Relatório, com todas as informações declaradas pelos fiscalizadores, inclusive categoria de risco e dano potencial.
*Texto:Cláudia Dianni, Ascom/ANA