17 de maio de 2017

Documentário explica a Rede Hidrometeorológica Nacional

A Agência Nacional de Águas lançou o Documentário "Rede Hidrometeorológica Nacional", uma parceria com a Agência de Coopeação Brasileira (ABC) e com a Unesco, com apoio do o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e outras instituições parceiras, como os órgãos gestores estaduais de recursos hídricos e Defesa Civil, com o objetivo de documentar e informar as etapas e relevância do trabalho de medição de rios e destacar a importância dos vários profissionais da área de hidrologia e hidrometria.

O documentário foi produzido por meio do Projeto de Cooperação Sul-Sul para o fortalecimento da gestão integrada e do uso sustentável dos recursos hídricos no contexto dos países da América Latina e Caribe, e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

“A Rede de medição é a base de toda atividade de gestão de recursos hídricos e passa pela estimativa do potencial hidrelétrico, pelo controle de eventos críticos, além de ser a base de todas as atividades da ANA, como planejamento, emissão de outorgas e fiscalização”, explicou o diretor da área de Hidrologia da ANA, Ney Maranhão, para quem em tempos de mudanças climáticas, com ameaça de aumento de eventos extremos como secas e cheias, as informações geradas pela Rede são fundamentais e “Quem trabalha com o tema depende deste trabalho”, completou.

A Rede Hidrometeorológia Nacional é composta por 4.633 estações de medição pluveimétricas (chuvas) e fluviométricas (rios) onde são monitorados nível e vazão dos rios, a quantidade de sedimentos e a qualidade da água. Coodernada pela ANA, a Rede monitora 2.176 dos 12.978 rios cadastrados no Sistema de Informaçoes Hidrológicas da ANA. “Essas informações são fundamentais tanto para a tomada de decisões no gerenciamento de recursos hídricos como para a informação de toda a sociedade”, disse o presidente da ANA, Vicente Andreu.

A primeira exibição do documentário, em sua versão completa, de 53 minutos, foi feita ontem no auditório Flávio Terra Barth da Agência Nacional de Águas. Em breve será editada também uma versão reduzida de 25 minutos. Na cerimônia seguida da exibição, o ex-superintendete da Rede Hidrometeorológica Nacional da ANA Valdemar dos Santos Guimarães, um dos responsáveis pela implementação do monitoramento hidrológico no Brasil, foi homenageado por 45 anos dedicados a esse trabalho, dos quais 16 anos na ANA. Ele foi um dos coordenadores da transição das atividades de hidrologia para a Agência Nacional de Águas, em 2001, um ano depois da criação da Agência. Até então, a Rede estava sob a responsabilidade da Aneel.

Na ANA, e sob o comando de Guimarães, a Rede passou por vários programas de modernização que incluiram mais tecnologia, como a telemetria e a transmissão de dados via satélite. Além disso, ele coordenou 15 edições de Curso Internacional de Medição de Grandes Rios, ministado em barco nio Solimões, em Manacapuru (AM), formando mais de 500 profissionais, entre brasileiros e estrangeiros.

Durante a solenidade, também receberam homenagens, representando todos os profissionais, Arnaldo Carlos Simon, observadores hidrológicos aposentados da estação Passo são Lourenço, no rio Jacuí (Cachoeira do Sul-RS); Jaiane Freitas Fernandes, observadora hidrológica da estação Jaguaribe (CE), o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil. Stenio Petrovivk, entre outros profissionais e parceriros.

O documentário foi produzido em um momento importante, que marca a chegada de uma nova geração que assume a gestão da Rede Hidrometeorológica com o compromisso de dar continuidade ao trabalho executado e seguir entregando resultados confiáveis e de qualidade para a gestão de recursos hídricos e, consequentemente, para toda a sociedade. Guimarães aposentou-se e foi substituído pelo especialista em Recursos Hídricos Marcelo Medeiros.

Além do diretor-presidente da ANA, e dos diretores de Hidrologia da Agência e da CPRM, também compareceram ao evento o diretor de Gestão da ANA, Paulo Varella, a diretor de Planejamento da ANA, Gisela Forattini, o oficial do de meio ambiente do setor de Ciências Naturais da Unesco, Massimiliano Lombardo. Outros homenageados foram:

Olivia Faria de Brito – observadora da estação Manacapuru Eduardo Chiodelli – técnico em geociências da CPRM Arnaldo Correa – técnico em geociências da CPRM José Roque Reis Santana – técnico em geociências da CPRM Fávio Augusto Morais Ferreira – técnico em geociências da CPRM Brasil Moreira Pires – técnico em geociência da CPRM João Bosco e Alfenas - técnico em hidrologia aposentado Haidée Grassi Rizzo (in memorian), representada pela filha Hidely Grassi Rizzo Clique aqui para assistir ao Documentário (52’42”)

Clique aqui para assistir ao Documentário (52'42")

Texto: Cláudia Dianni/Ascom ANA

16 de maio de 2017

V Encontro Formativo Nacional de Educação Ambiental reúne mais de 250 pessoas em Brasília

Mais de 250 profissionais que atuam nas áreas de Gestão das Águas, Educação Ambiental, Mobilização e Participação Social reúnem-se, em Brasília (DF) nesta semana, de terça (9/5) a quinta-feira (11/5) para o O V Encontro Formativo Nacional de Educação Ambiental para Gestão das Águas, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional de Águas (ANA) e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF).

A diretora da Área de Planejamento da ANA, Gisela Forattini, participou da abertura do evento e destacou uma das missões da Agência, que é oferecer capacitação técnica a integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), que inclui órgãos gestores estaduais de recursos hídricos, comitês e agências de bacias hidrográficas além do CNRH e os conselhos estaduais. Vários dos cursos oferecidos pela ANA são abertos à participação de qualquer interessado. A Agência já investiu mais de R$ 42 milhões em educação e capacitação nos últimos dez anos.

“O investimento da ANA em capacitação é direcionado para todos os níveis de ensino, desde a Educação Básica até a Pós-Graduação. Produzimos e ofertamos cerca de 60 cursos nas modalidades presenciais, semipresenciais e à distância, capacitando mais de 100 mil pessoas até o final de 2016”, disse Gisela.

Ela também destacou o Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos – ProfÁgua, que envolve seis universidades brasileiras e oferece oportunidades de formação de alto nível para solução de problemas reais da gestão e regulação das águas. Já o Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Ambientais, voltado para formação de professores, abrange nove universidades em todo o País. Mais informações sobre a cursos e demais ações de capacitação podem ser obtidas no Portal da Capacitação da ANA.

O objetivo dos encontros formativos é o diálogo, a troca de experiências e o fortalecimento da rede de educadores ambientais que atuam na gestão hídrica do País. A iniciativa faz parte do processo de formação continuada e permanente, uma das prioridades do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) para os próximos quatro anos. Os encontros formativos acontecem a cada dois anos. O evento já foi recebido nas cidades de Salvador (BA) em 2009, de Bento Gonçalves (RS) em 2011, de Ouro Preto (MG) em 2013 e de São Pedro (SP) em 2015. O 5º encontro acontece na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), em Brasília.

Fórum Mundial da Água


Em outras edições foram temas de discussão do Encontro a ampliação, qualificação e engajamento social e político da sociedade na gestão ambiental e de recursos hídricos; o aprofundamento e a qualidade da participação na gestão e a representatividade nos comitês de bacia; como a educação ambiental pode contribuir para que a população amplie sua capacidade de interpretar informações socioambientais e gestão das águas. Nesta edição, um dos temas é o 8º Fórum Mundial da Água, que vai acontecer em Brasília entre 18 e 23 de março de 2018.

Os coordenadores do Fórum Cidadão, estrutura responsável por organizar a participação da sociedade civil no 8º Fórum Mundial da Água, discutem formas de mobilização social. A ideia é criar canais de comunicação com vários setores e identificar lideranças para levá-las Fórum. Serão mapeados os eventos nacionais e internacionais com o tema água que vão acontecer até a realização o 8º Fórum, para engajar e conectar os públicos desses eventos, segundo o coordenador do grupo, Lupércio Ziroldo, que é presidente da Rede Internacional de Organismos de Bacia (Rebob) e governador do Conselho Mundial da Água.

O Fórum Cidadão será responsável pela Vila Cidadã, um espaço aberto à participação da sociedade de acesso gratuito. O objetivo é abrir este espaço à participação da população que não pode se inscrever para participar do Fórum. “Vamos levar alguns especialistas convidados para dialogar com as pessoas na Vila Cidadã, onde haverá telões com a programação das sessões”, explicou Ziroldo. Os principais atores do Fórum Cidadão serão mulheres, jovens, crianças, povos tradicionais, comunidades indígenas, organizações não governamentais e comitês de bacias hidrográficas.

Na sexta-feira (12/05), último dia do V Encontro Formativo, serão realizadas visitas técnicas que apresentarão experiências de educação ambiental locais. Os participantes conhecerão, por exemplo, a Estação Ecológica de Águas Emendadas, na região de Planaltina (DF), e o Jardim Botânico de Brasília.

Confira a programação do V Encontro Formativo

Texto: Ascom ANA e Ascom MMA

União pode obter R$ 1,5 bilhão com venda de hidrelétricas

O governo está atrás de novas receitas extraordinárias para conseguir desbloquear na próxima semana parte do corte de R$ 42,1 bilhões que foi anunciado em março. Segundo fontes da equipe econômica, o governo pode obter pelo menos R$ 1,5 bilhão de novas receitas este ano com a elevação da previsão de arrecadação com venda de hidrelétricas que pertenciam à Cemig.
Outras receitas extraordinárias estão em análise pela equipe econômica. O governo tem até segunda-feira, 22, para encaminhar ao Congresso o segundo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. O documento terá que mostrar a evolução do desempenho fiscal e avaliar a capacidade de cumprimento da meta fiscal de déficit de R$ 139 bilhões fixada para este ano. Ele pode apontar o primeiro “descontigenciamento” parcial.