3 de abril de 2017

Ibama apreende 17,5 mil litros de agrotóxicos vencidos no oeste da BA

Agentes do Ibama fiscalizam depósito localizado no oeste da Bahia
Foto: Ibama
Brasília (29/03/2017) – A etapa mais recente da Operação Ceres, realizada pelo Ibama para combater o uso irregular de agrotóxicos no oeste da Bahia, resultou na apreensão de 17,5 mil litros de agrotóxicos vencidos e 367,4 kg de produtos em desacordo com o Decreto 4.074/2002. As multas aplicadas totalizam cerca de R$ 1 milhão.
Após investigação, uma equipe do Ibama fiscalizou diversas propriedades rurais da região e encontrou produtos vencidos e em desacordo com as normas de segurança. O uso de agrotóxicos irregulares é infração prevista na Lei 9.605/98 e pode trazer danos irreversíveis a para a saúde pública, além de consequências graves para o meio ambiente, contaminando solo, ar e recursos hídricos.
"A aplicação de agrotóxicos deve ser orientada por um receituário agronômico. Quem emite receita é tão responsável quanto o produtor rural pelo uso de produtos ilegais, que podem ter efeitos devastadores para o meio ambiente, para a saúde humana e para a agricultura”, disse o chefe da Unidade Técnica do Ibama em Barreiras, Zenildo Eduardo.
O oeste da Bahia integra a região conhecida como Matopiba, área de aproximadamente 73 milhões de hectares que reúne 337 municípios e abrange o bioma Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Segundo levantamento da Embrapa, existem cerca de 324 mil estabelecimentos agrícolas na região.

Assessoria de Comunicação do Ibama
imprensa@ibama.gov.br

Oficina promove intercâmbio de experiências sobre salas de situação estaduais

Entre 30 e 31 de março, a Agência Nacional de Águas (ANA) realiza em Brasília a Oficina de Acompanhamento, Avaliação e Fortalecimento das Salas de Situação Estaduais. O evento reúne profissionais que atuam em salas de situação estaduais – centros de monitoramento para monitoramento e prevenção aos efeitos de eventos hidrológicos críticos, como secas e inundações.
O objetivo do encontro é incentivar a definição de cotas de referência. A oficina também estimula trocas de experiências, a avaliação de desempenho das salas de situação e a incorporação de projetos de gestão de secas no escopo de trabalho desses centros de monitoramento.
nivelar as equipes que trabalham nas salas de situação estaduais a partir do intercâmbio de experiências bem-sucedidas. Os especialistas que atuam nestes centros de monitoramento também terão a oportunidade de discutir desafios comuns, compartilhar soluções para entraves técnicos e formas para aperfeiçoar a atuação das salas.
O diretor da Área de Gestão da ANA, Paulo Varella, abriu a oficina. Também discursaram na abertura outros três representantes da Agência: o superintendente de Operações e Eventos Críticos, Joaquim Gondim; o superintendente de Gestão da Rede Hidrometeorológica, Marcelo Medeiros; e a coordenadora de Articulação com o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil da ANA, Alessandra Daibert.
Após a cerimônia de abertura do evento, o coordenador de Operação da Rede Hidrometeorológica da ANA, Fabrício Vieira, abriu a programação com uma apresentação sobre a Rede de Monitoramento Hidrometeorológico de Referência. Em seguida o engenheiro da Coordenação de Operação da Rede Hidrometeorológica da ANA, Eduardo Boghossian, falou sobre o diagnóstico das redes de alerta dos estados.
Representantes da Bahia e do Rio Grande do Sul apresentaram como tem sido a atuação de seus respectivos estados na gestão de eventos hidrológicos críticos após a implantação das salas de situação estaduais. A gestão de secas foi outro tema discutido e teve como exemplos o Monitor de Secas do Nordeste, o monitoramento de açudes nordestinos e a gestão de seca na bacia do rio São Francisco.
Ainda no dia 30 a ANA apresentou os resultados e encaminhamentos do I Seminário das Salas de Situação Estaduais, realizado em Brasília entre 5 e 6 de novembro de 2015. Representantes do Amazonas, Rio de Janeiro e Santa Catarina também realizaram apresentações sobre as cotas de referência em seus estados.
Nesta sexta-feira, o coordenador do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), Magno Costa, abriu a oficina com apresentações sobre a importância da definição das cotas de referência para melhorar a ação de resposta da Defesa Civil e a relação entre cota (nível) e danos. Dois professores da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) apresentaram metodologias para definição e estabelecimento das cotas de referência: Alexandre Barbosa e Ana Moni.
À tarde, a chefe da Divisão de Desenvolvimento de Produtos Integrados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Adriana Cuartas, fala sobre o monitoramento de eventos críticos e a emissão de alertas no Brasil. Cuartas também aborda a expectativa de mudança em caso de padronização das cotas de referência e a relação entre as salas de situação estaduais e o CEMADEN.
No encerramento da programação, o coordenador de Eventos Críticos da ANA, Vinícius Roman, e a coordenadora de Apoio e Articulação com o Poder Público da Agência, Ludmila Rodrigues, apresentam o tema cotas de referência das estações fluviométricas da Agência e sua correlação com as metas para o novo contrato do Programa Nacional de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas (PROCOMITÊS).
Sala de Situação
A Sala de Situação da ANA é um centro de gestão de situações críticas, que subsidia a tomada de decisões da Diretoria Colegiada da Agência principalmente na operação de curto prazo de reservatórios, por meio do acompanhamento das condições hidrológicas dos principais sistemas hídricos nacionais. Deste modo é possível identificar ocorrências de eventos críticos em potencial, o que permite adotar antecipadamente medidas mitigadoras para minimizar os efeitos de secas e inundações.

ANA tem apoiado a estruturação de salas de situação estaduais para que funcionem como centros de gestão de situações críticas e de apoio à tomada de decisão de medidas mitigadoras dos efeitos de secas e inundações. Desde 2011, a Agência investiu mais de R$ 34 milhões em equipamentos de monitoramento (plataformas de coletas de dados) nos estados e em equipamentos para a montagem das salas, como computadores e telas planas.
As salas de situação estaduais estão conectadas com a Sala de Situação da ANA, em Brasília, para troca de informações. Os dados gerados podem ser encaminhados às instituições atuantes na área de eventos críticos, como a Defesa Civil estadual e as Defesas Civis municipais, para subsidiar as decisões destes órgãos. Acesse aqui a página da Sala de Situação da ANA.
Rede Hidrometeorológica Nacional
A Rede Hidrometeorológica Nacional da Agência possui mais de 4,5 mil estações de monitoramento, de diferentes tipos, em todo o País. Há estações fluviométricas (para nível e vazão de rios), pluviométricas (chuvas), sedimentométricas (sedimentos), entre outras. Para acessar dados telemétricos da Rede, acesse: www.ana.gov.br/telemetria.

Texto:Raylton Alves - ASCOM/ANA