28 de agosto de 2014

Pescadores começam em setembro a atender nova legislação


A partir do próximo mês de setembro, todos os pescadores profissionais artesanais registrados no Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) terão de iniciar o procedimento anual para manter válida a sua Licença Profissional. Este procedimento é necessário para que estejam aptos a continuar atuantes no setor e a receber os benefícios concedidos à categoria.

De acordo com a legislação, a partir da data de seu aniversário, os pescadores profissionais terão 60 dias para realizar o procedimento de manutenção da validade de sua licença junto às superintendências federais da Pesca e Aquicultura nos estados.

“ Desta forma, os pescadores com aniversário no próximo mês de setembro serão os primeiros a atenderem à legislação”, lembra Clemeson José Pinheiro, diretor do Departamento de Registro da Pesca e Aquicultura do MPA.

A legislação mencionada é a Instrução Normativa MPA Nº 6, de 29 de junho de 2012, que dispõe sobre os procedimentos administrativos para a inscrição e manutenção de pessoas físicas na categoria de Pescador Profissional no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP).

 

Exigências

Para a renovação de sua licença, o pescador artesanal – o único com direito a seguro defeso - deverá apresentar um relatório de atividades, para informar, por exemplo, a quantidade e as espécies que capturou ao longo dos últimos 12 meses.

A legislação exige também uma cópia do número de inscrição do Trabalhador (NIT) na Previdência Social, como segurado especial, e uma foto recente 3X4.

Parte das exigências, como o relatório de atividades, pode ser cumprida via Internet. Os documentos deverão ser encaminhados pessoalmente ou com a ajuda de associações, colônias e sindicatos de pescadores artesanais.

Após o preenchimento do formulário do Relatório de Exercício da Atividade Pesqueira e o seu envio junto com os demais documentos à Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura do estado onde reside, o pescador ficará de posse de um recibo para comprovar a sua participação.

Atualmente, a carteira do pescador profissional é a licença para o exercício da atividade de pesca comercial; ela tem caráter permanente e equivale a um documento de identidade. Entretanto, somente com a licença renovada o pescador terá direito a acessar os benefícios oferecidos à categoria pelo Governo Federal.
fonte:MPA

27 de agosto de 2014

Pescando Letras no Ceará terá 330 novas turmas de alfabetização


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A Secretaria Estadual de Educação do Estado do Ceará (SEDUC-CE) abriu chamada destinada à seleção pública de 330 alfabetizadores e 53 coordenadores, com o objetivo de alfabetizar pescadores artesanais e aquicultores familiares, bem como comunidades pesqueiras em 78 municípios do estado. O período de trabalho dos novos educadores será de oito meses e todos terão direito a bolsa de auxílio.

Na alfabetização, os educadores irão adotar a proposta pedagógica e material didático “Rede de Saberes”, do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), voltada para a realidade de jovens, adultos e idosos das comunidades pesqueiras.

“O ministério, nesse trabalho, é responsável ainda pela articulação com colônias, sindicatos e associações de pescadores e aquicultores familiares, para que o maior número possível de profissionais seja beneficiado em sua própria comunidade”, lembra Flávio Bezerra, secretário de Planejamento e Ordenamento da Pesca do MPA.

Inclusão social

O Pescando Letras foi criado em 2003. Em uma década, o programa já atendeu a mais de 17 mil profissionais da pesca do Ceará e a mais de 200 mil em todo o Brasil.

De acordo com a chamada pública, após as inscrições via Internet – que devem ser feitas até a próxima terça-feira, 26 de agosto, os interessados encaminharão documentação à Secretaria de Educação do Ceará, entre os dias 28 de agosto e 03 de setembro deste ano. Os documentos exigidos, em envelope lacrado, são foto 3X4, currículo, comprovante de escolaridade, identidade, CPF e comprovante de residência.

A divulgação dos selecionados ocorrerá no site da SEDUC (WWW.seduc.ce.gov.br) no próximo dia 12 de setembro.

“O trabalho desses educadores é muito importante para a melhoria das condições de vida das comunidades pesqueiras”, recorda o secretário Flávio Bezerra. “A alfabetização garante uma maior autoestima ao pescador, torna efetiva a sua cidadania e abre espaço para que ele tenha condições de aperfeiçoar os seus métodos de trabalho, para evoluir na profissão”, explica.

Requisitos

Os alfabetizadores, conforme a chamada pública da Secretaria de Educação do Ceará, devem ter ensino médio completo e experiência anterior em educação, preferencialmente com jovens e adultos. A carga horária de trabalho será de 10 horas semanais, nos turnos da manhã, tarde ou noite, de acordo com o horário de trabalho do pescador. A carga horária total será de 320 horas/aula, a serem completadas em oito meses.

Já os coordenadores de turma deverão ter curso superior, já concluído ou em andamento, e experiência anterior em Educação, preferencialmente também em jovens e adultos. A carga de trabalho será de 22 horas mensais, de manhã, tarde ou à noite, com atendimento aos alfabetizadores e alfabetizados.

Antes de iniciarem o atendimento às turmas, os candidatos classificados participarão de um curso de Formação Inicial e posteriormente de Formações Continuadas, respectivamente com carga horária de 40 horas e 64 horas presenciais. A frequência mínima para cada uma delas será de 75%.

Confira abaixo o endereço eletrônico da chamada pública:

fonte:MPA

22 de agosto de 2014

Prefeito veta projeto de lei que proibia pesca na Lagoa Itatiaia e em outras nos parques públicos

Lagoa Itatiaia está situada no bairro do mesmo nome
Em um texto poético sobre a natureza considerada ''sábia, abundante e paciente'' e que às vezes "se cala" diante do "confronto com homem" e que "não conta seus ciclos em horas, minutos e segundos, nem no calendário gregoriano (...)", o projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal que proibia pesca na Lagoa Itatiaia, no bairro do mesmo nome, e demais existentes em parques públicos de Campo Grande foi vetado pelo prefeito Gilmar Olarte, conforme publicação no Diário Oficial de hoje (22). A proposta tinha como exceção apenas a atividade para pesquisa científica e, assim mesmo, autorizada por órgão municipal.

Para justificar o veto, o prefeito disse que a razão principal "se restringe ao fato de proibirmos a pesca àqueles cidadãos que talvez por uma situação ou outra e até mesmo pela condição financeira, não tem condições de levar até a sua mesa um alimento que possa nutrir a fome de seu semelhante".
Dessa forma, segundo ainda a justificativa, se o projeto fosse sancionado "por certo refutaríamos um desejo do ser humano em buscar um alimento capaz de saciar não só a sua fome, bem como de sua família".

Segundo o prefeito, a Superintendência para a Pesca e Aquicultura subordinada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio, fará todos os esforços para garantir "o uso equilibrado dos recursos pesqueiros, otimizando os benefícios decorrentes em harmonia com a preservação e a conservação do meio ambiente e da biodiversidade".

Texto poético
O prefeito assim iniciou as razões do veto:

Somos sabedores que a natureza é sábia. Sábia, abundante e paciente.

Sábia porque traz em si o mistério da vida, da reprodução, da interação perfeita
e equilibrada entre seus elementos.

Abundante em sua diversidade, em sua riqueza genética, em sua maravilha e em seus encantos. E é paciente. Não conta seus ciclos em horas, minutos e segundos, nem no calendário gregoriano com o qual nos acostumamos a fazer planos, cálculos e contagens. Sobretudo é generosa, está no mundo acolhendo o homem com sua inteligência, seu significado divino, desbravador, conquistador e insaciável.

Às vezes, nesse confronto, o homem extrapola seus poderes e ela se cala.

Noutras, voltasse, numa autodefesa, e remonta seu império sobre a obra humana, tornando a ocupar seu espaço e sua importância.

No convívio diuturno, a consciência de gerações na utilização dos recursos naturais necessita seguir regras claras que considerem e respeitem a sua disponibilidade e vulnerabilidade.

E assim chegamos ao que as sociedades adotaram como regras de convivência, às práticas que definem padrões e comportamentos, aliadas a sanções aplicáveis para o seu eventual descumprimento as leis.
fonte:correio do Estado