8 de dezembro de 2017

Vencedores do Prêmio ANA são conhecidos em noite de festa em Brasília

Na noite desta quarta-feira, 6 de dezembro, o teatro da Caixa Cultural de Brasília foi palco da cerimônia de entrega do Prêmio ANA 2017, a maior premiação do Brasil sobre o tema água. Os vencedores das nove categorias foram agraciados com o Troféu Prêmio ANA, uma obra feita exclusivamente para a premiação da Agência Nacional de Águas, e com uma viagem para participar do 8º Fórum Mundial da Água, que vai acontecer em Brasília de 18 e 23 de março de 2018. Esta será a primeira edição do maior evento do mundo sobre água no Hemisfério Sul. Durante o Fórum, os vencedores do Prêmio ANA 2017 poderão apresentar seus trabalhos para um público internacional. No caso das categorias de Imprensa, os vencedores terão oportunidade de cobrir o evento.

Esta edição do Prêmio ANA foi marcada pelo ineditismo: o Tocantins, que até então não havia sido contemplado no Prêmio ANA, recebeu um troféu na categoria Ensino. Trabalhos de São Paulo venceram nas categorias Empresas de Micro e de Pequeno Porte e Imprensa – Impressos e Sites. O Rio Grande do Norte também teve dois vencedores: nas categorias Governo e Pesquisa e Inovação Tecnológica. Iniciativas de Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul venceram respectivamente as categorias Empresas de Médio e de Grande Porte, Organizações Civis, Imprensa – TV e Imprensa – Rádio. Conheça aqui cada um dos trabalhos vencedores.

Outro fato inédito foi o recorde de inscrições: ao todo 608 trabalhos participaram da premiação, o que representou um aumento de mais de 34% com relação à edição de 2014, que recebeu 452 inscrições. Na final chegaram 27 trabalhos de 12 estados e do Distrito Federal. Veja aqui as informações sobre os projetos finalistas da edição de 2017.

Leia mais aqui.

ANA encaminha documento final do Projeto Legado para MMA e CNRH

Para dar continuidade à implementação do Projeto Legado – 20 Propostas para Aperfeiçoamento dos Marcos Constitucional, Legal e Infralegal para a Gestão das Águas no Brasil; o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, enviou o Documento 1.0 do Projeto tanto para o Ministério do Meio Ambiente (MMA) quanto para o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).

Este é o documento final proposto pela ANA após diversas consultas ao longo de 2017 junto a órgãos gestores de recursos hídricos, conselheiros do próprio CNRH, ONGs, representantes de setores usuários de água, ex-dirigentes da Agência, entre outros públicos. A iniciativa também recebeu contribuições da sociedade via internet.

O Projeto Legado tem o objetivo de contribuir para o aprimoramento do modelo de governança vigente, com vistas à superação de desafios históricos e problemas recorrentes relacionados à gestão das águas. Além disso, apresenta propostas para resoluções do CNRH e do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), para decretos presidenciais do Executivo e para o aprimoramento legal e constitucional no Congresso Nacional.

Ibama apreende e doa 12,8 toneladas de pescado no RJ

Brasília - Agentes do Ibama apreenderam 12 toneladas de sardinha boca-torta em ação de fiscalização nesta terça-feira (05/12) na baía de Sepetiba (RJ). A embarcação foi flagrada realizando pesca de cerco no local, o que não é permitido. O infrator foi autuado em R$ 245 mil.

No fim de novembro, em operação conjunta com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), agentes do Ibama apreenderam 800 kg de polvo em uma embarcação irregular, também no litoral fluminense.

“A pesca por cerco de sardinha boca-torta na Baía de Sepetiba é considerada predatória porque a espécie é a base de alimentação do boto cinza, que está gravemente ameaçado de extinção”, diz o analista ambiental Luís Felipe Bonifácio, que coordenou a operação.

As 12 toneladas de sardinha boca-torta apreendidas foram doadas ao programa Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (Sesc), e os 800kg de polvo, à Associação de Pescadores da Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo (AREMAC). O pescado foi distribuído para a população local.

As ações de fiscalização serão mantidas em todo o litoral do Rio de Janeiro, em conjunto com o ICMBio, a Capitania dos Portos e a Polícia Ambiental do Estado.

As operações ocorrem durante os defesos da sardinha, da lagosta e de outras espécies marinhas, como o mexilhão e o guaiamum. A captura não é permitida durante o defeso, cujo período varia conforme a espécie.

Mais informações:

Defesos marinhos

Assessoria de Comunicação do Ibama

7 de dezembro de 2017

Chuvas de dezembro devem melhorar situação dos reservatórios do país, diz comitê

As chuvas de dezembro podem representar um pequeno alívio para a situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país. A expectativa de melhora, que difere pouco da estimativa de novembro, foi divulgada hoje (6) pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que voltou a descartar o risco de déficit de energia para dezembro de 2017. A exceção da previsão favorável é a Região Norte, que deve ter redução da energia armazenada.

De acordo com o comitê, a energia armazenada no final do mês de novembro nos subsistemas do país chegou a 18,7% (Sudeste/Centro-Oeste), 60% (Sul), 5,5% (Nordeste) e 16,1% (Norte) com relação à capacidade ideal dos reservatórios. Já para dezembro, os valores esperados de armazenamento, até o final do mês, são 24,3% (Sudeste/Centro-Oeste), 60,1% (Sul), 13,9% (Nordeste) e 12,0% (Norte).

Devido à previsão de queda nos reservatórios do Norte e para manter o suprimento de energia para o sistema de Manaus, o comitê decidiu manter, no ano de 2018, a geração de energia por meio das termoelétricas de Flores, com capacidade de geração de 80 megawatts (MW), e Iranduba, com 25 MW.

O comitê destacou que “está garantido o suprimento eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN), despachando o parque térmico conforme ordem de mérito de custo” e que vai continuar monitorando a situação das bacias das usinas hidrelétricas. Isto significa que o governo está garantindo o abastecimento do sistema energético com o uso adicional de termoelétricas mais baratas.

De acordo com a nota, em novembro, as precipitações apresentaram grande variabilidade espacial, com registros de “volumes próximos, em geral, às médias climatológicas de cada bacia.” Já as bacias dos rios São Francisco, Grande, Tietê e Uruguai apresentaram variações negativas.


*O Xerife.

Medida Provisória destrava aplicação de R$ 1,2 bilhão em Unidades de Conservação

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses 
Foto: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Brasília – A Medida Provisória (MP) n° 809, publicada na última segunda-feira (04/12), define novas regras para aplicação de recursos da compensação ambiental e permite aumentar o prazo para a contratação de brigadistas, como os do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, que atuam nas áreas administradas pelo Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A iniciativa destrava a aplicação de cerca de R$ 1,2 bilhão.

No processo de licenciamento, os impactos do empreendimento que não podem ser minimizados geram para o empreendedor a obrigação de financiar projetos de compensação ambiental.

Com a nova regra, os recursos da compensação ambiental poderão ser depositados em uma instituição financeira oficial após o Comitê de Compensação Ambiental Federal (CCAF), formado por representantes do Ibama, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do ICMBio, determinar a forma de aplicação. Até então, o empreendedor tinha obrigação de executar diretamente a compensação nas Unidades de Conservação (UCs) indicadas, mas a falta de conhecimento técnico para a concretização dos projetos ambientais praticamente inviabilizava o uso dos recursos.

A MP contribuirá para a consolidação de UCs ao simplificar a destinação de R$ 1,2 bilhão atualmente disponíveis. Do total, R$ 800 milhões serão destinados à regularização fundiária das UCs. O restante será investido em melhorias de administração, proteção, pesquisa, educação ambiental e visitação.

Brigadistas

O tempo de contratação de brigadistas foi ampliado de seis meses para até dois anos a partir da publicação da MP, que atualiza dispositivo da Lei nº 7.957, de 1989. A legislação trata da contratação de pessoal para combate a incêndios e emergências pelo ICMBio e pelo Ibama.

Contratos de maior duração permitirão enfrentar situações como o incêndio que atingiu 28% do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) em outubro deste ano, mês historicamente chuvoso que passou por estiagem prolongada.

A iniciativa também permite a contração de pessoas que moram nos arredores das UCs, garantindo envolvimento direto da população local e geração de empregos.

Mais informações:

Media Provisória n° 809, de 1° de dezembro de 2017

Assessoria de Comunicação do Ibama

UERN em pauta: Bispos do Rio Grande do Norte querem audiência com o Governador

Nota dos Bispos do RN sobre a Universidade Estadual

Não é de hoje que a Igreja Católica, como parte da sociedade potiguar, vem acompanhando as manifestações da sociedade em defesa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, as quais vêm ganhando cada vez mais notoridade, em função dos últimos acontecimentos, envolvendo servidores dessa tradicional Instituição de Ensino Superior e o Governo do Estado.

No cerne de todo esse processo, está a luta por melhores condições de trabalho e estudos, além da permanência da UERN como instituição de ensino pública, gratuita e de qualidade, cujo legado revela seu importante papel no desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Norte e na transformação social da população, deste estado, especialmente a mais carente. Mais recentemente, não deixando de considerar a relevância dos demais temas, a pauta reivindicativa dos que fazem a UERN, pelo que nos tem sido anunciado, gira em torno do pagamento, por parte do Governo do Estado, dos salários dos servidores, garantindo-lhes o direito de proverem a si e a seus familiares, por meio do seu trabalho, o que torna a causa legítima, justa e digna.

Diante desse contexto e do entendimento de que a Igreja tem grande responsabilidade social, ao assumir uma postura ativa no desenvolvimento, entre os cristãos, do espírito de participação na construção de uma sociedade sempre melhor, mais justa e capaz de promover a paz e o bem-estar social, os Bispos do Rio Grande do Norte, reunidos, hoje, em Mossoró, vêm respeitosamente, solicitar a Vossa Excelência uma audiência para tratar da atual situação da UERN, assim como dos demais servidores e pensionistas do Estado. Nessa audiência, estaremos acompanhados de representantes dos Padres do Estado.

Mais do que buscar compreender a temática em tela, a Igreja Católica objetiva contribuir na construção de caminhos para a solução do problema que ora se apresenta.

Antecipadamente, manifestamos nossos agradecimentos pela atenção em atender a esta demanda, colocando-nos à disposição.

 
Mossoró-RN, 5 de dezembro de 2017.

Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo de Natal
Dom Mariano Manzana
Bispo da Diocese de Mossoró
Dom Antônio Carlos Cruz Santos
Bispo da Diocese de Caicó

5 de dezembro de 2017

PESQUISADORES DA UFRN DESENVOLVEM PRODUTOS COSMÉTICOS UTILIZANDO RESÍDUOS DE PLANTAS DA CAATINGA


Por João Sales

Quando a Ciência se propõe a estudar o meio ambiente com o intuito de oferecer à população novas perspectivas para a utilização consciente dos seus recursos, o resultado pode ser um ganho para a economia local, para a qualidade de vida daqueles que lidam diretamente com a extração desses recursos, e claro, para a preservação ambiental.

Foi a partir desse raciocínio que o Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DFARM/UFRN) vem desenvolvendo duas pesquisas há aproximadamente 3 anos, nos Laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Cosméticos e de Farmacognosia. Ambas orientadas pelos professores Márcio Ferrari e Raquel Brandt Giordani, com plantas conhecidas no nordeste brasileiro: a Algaroba e o Sisal.

As pesquisas com a Algaroba e o Sisal são, respectivamente, objetos de estudo do doutorado de Gabriel Azevedo de Brito Damasceno e de mestrado de Stella Maria Andrade Gomes Barreto. As duas estudam sobre o potencial do uso das plantas como novas matérias-primas cosméticas para aplicação hidratante.

Algaroba “A planta invasora”

A Prosopis Juliflora, popularmente conhecida como Algaroba, está muito presente na vegetação da Caatinga. Considerada uma planta invasora, ela interfere no crescimento das plantas que nascem ao seu redor.

Ela não é nativa da Caatinga, foi levada para o bioma com o intuito de ajudar no reflorestamento e na alimentação do gado. Por conta da profundidade da sua raiz, ela capta água das redondezas. Essa particularidade é o fator que impede a vegetação de se desenvolver na mesma proporção que ela.

Estudos que serviram como base para a pesquisa indicam a presença de alguns tipos de polissacarídeos na sua estrutura. Essas moléculas são ricas em grupamentos hidrofílicos, ou seja, ela consegue manter muitas moléculas de água ao redor da sua estrutura química, o que permite a hidratação.


"Os polissacarídeos são moléculas que têm grande capacidade de reter água. A gente está investigando para ter uma comprovação científica, mas na literatura tem descrevendo que os polissacarídeos estão envolvidos com a melhora da hidratação da pele e prevenção do envelhecimento”, explica a professora Raquel Brant.

O primeiro passo da pesquisa foi avaliar qual seria o melhor processo de extração dessa substância, para ter o maior rendimento possível. Formas de otimização para um processo de extração mais verde, com racionamento de solventes orgânicos, foram testadas para apresentar menor tempo de produção e custo, impactando na diminuição de danos ambientais e na sustentabilidade.

A expectativa é desenvolver, a partir dessa pesquisa, um produto na forma de um núcleo sólido. Esse núcleo se dissolve em um creme com efeito hidratante para aplicar na pele, atuando na prevenção do envelhecimento.

“Estamos na fase de começar o desenvolvimento deste produto. Sabíamos que a Algaroba tinha açúcar, mas ninguém antes tinha usado ela para desenvolver um produto cosmético. Então, a gente já tem o depósito de uma patente”, destaca o pesquisador Márcio Ferrari.

O valor do resíduo do Sisal

A Agave Sisalana, popularmente chamada de Sisal, é uma planta bastante conhecida pela utilidade da sua fibra para a produção de corda, tapete, entre outros produtos artesanais. Na indústria, após passar pelo processo de desfibramento, é descartada uma matéria triturada : um líquido misturado com a parte mais verde da folha.

O problema é que pouco se faz o descarte consciente dessa matéria e, ao ser jogada na vegetação, ela pode provocar um impacto ambiental. É justamente esse resíduo que o laboratório tem utilizado como objeto de estudo.

“A proposta era utilizar a Agave, que é uma planta rica em saponinas, polifenóis e polissacarídeos. Então, é por aí que surgiu a ideia, reaproveitar resíduos da indústria para conseguir trabalhar produtos”, resume Márcio Ferrari.

A pesquisa gerou um hidratante desenvolvido por meio de um procedimento chamado de nanoemulsão, no qual se diminui o tamanho das gotículas, ou do ativo da partícula, com o objetivo de fazer com que ele penetre mais na pele e resulte, também, numa melhor experiência sensorial para o consumidor.

O mercado consumidor e a sustentabilidade

O Brasil é o quarto país com maior mercado global de produtos cosméticos, o que representa uma intensa competitividade de marcas e um alto grau de exigência do consumidor. Para os pesquisadores, os produtos que irão resultar das pesquisas possuem um caráter inovador para o mercado.

“Aproveitar uma planta para fazê-la entrar na indústria cosmética pode agregar valores para ela, ou mesmo para esse resíduo que fica lá largado no ambiente. São três pontos que eu pondero: a inovação tecnológica, tanto do núcleo sólido quanto da nanoemulsão, o caráter socioeconômico e o caráter ambiental”, pontua Márcio Ferrari.

Para Raquel Brant, as pesquisas tem o diferencial de possibilitar um olhar mais atento ao que a Caatinga tem a oferecer. ”Ela é pouco conhecida, não se sabe ainda nem quantas espécies de plantas ela tem. O bioma está perdendo muitas espécies sem nem a gente saber quais são, então eu acho que qualquer trabalho que envolva plantas nativas da Caatinga tem uma importância muito grande”, valoriza.

  
Premiações

Em maio de 2017, as pesquisas desenvolvidas pelos Laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Cosméticos e de Farmacognosia da UFRN receberam reconhecimento com premiações a nível nacional e internacional.

O trabalho com a Algaroba foi premiada em 10 lugar, dentre os 72 trabalhos apresentados, no 300 Congresso Brasileiro de Cosmetologia. O prêmio foi ofertado pela Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC).

A pesquisa desenvolvida a partir do resíduo do Sisal rendeu prêmio no XXIII Congresso Latino-americano e Ibérico de Químicos Cosmético. O prêmio é dado ao melhor trabalho desenvolvido com matérias-primas de origem latino-americana. Foi a primeira vez que uma universidade brasileira conquistou este prêmio.

Boletim produzido pela Agência de Comunicação da UFRN – AGECOM

2 de dezembro de 2017

PREVISÕES: Chuvas deverão ser 15% acima da média em 2018

O Rio Grande do Norte experimenta tendência de fim da seca e chuvas acima da média em 2018. A previsão é do PhD em Meteorologia Luiz Carlos Molion, feita no II Fórum das Águas, realizado nesta quinta-feira (30), em Apodi. A estimativa do pesquisador, referência internacional em meteorologia, é que as chuvas no Estado sejam até 15% acima da média, no próximo ano.

O prognóstico de Molion não segue modelos climáticos, ao contrário de previsões mais usuais. “São ineficientes e cenários fictícios”, argumenta. Sua conclusão, sustenta, é embasada em cenários de similaridade, obtidos em dados pluviométrios dos últimos cem anos, que indicam semelhança com 1998 a 2001.

Naqueles anos, o Rio Grande do Norte também saiu de grave estiagem para boas chuvas. “Me arrisco a dizer que podem ser 15% acima da média em 2018 e 10% acima da média em 2019”, prevê Molion, que apresenta outras condições para subisidiar essa expectativa. Uma delas é a temperatura do Oceano Pacífico.

O mar, segundo ele, sofreu resfriamento e demorará a esquentar, o que deve provocar, em 2018, o fenômeno La Ninã, o qual favorece chuvas no semiárido brasileiro. E o progressivo – e ciclíco – distanciamento da Lua sobre a terra também contribuirá, já que influencia as correntes marinhas e atua na fomação de chuvas.

Caso esse cenário se concretize, o desafio para o Rio Grande do Norte, segundo o especialista, é reservar água, embora trace um cenário positivo para a próxima década. Sua palestra no Fórum das Águas, focado na sustentabilidae, foi “Perspectivas Climáticas para a Safra 2017/2018 e os próximos Dez anos para Apodi”.

“Não há perspectiva de, nos próximos dez anos, haver no Rio Grande do Norte uma seca tão severa quanto a atual”, revelou Molion, representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM). “Claro que são previsões. Ninguém tem bola de cristal”, ressalva.

O II Fórum das Águas foi realizado no auditório do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) de Apodi, em parceria entre a instituição, Sebrae e Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern). O evento reuniu pesquisadores, produtores rurais, estudantes e debateu manejo hídrico na Chapada do Apodi.

Nessa temática, o gerente do escritório regional do Sebrae no Vale do Açu, Fernando de Sá Leitão, ministrou a palestra “Uso Sustentável da Água” e o vice-presidente da Fiern e conselheiro do Sebrae, Terceiro Melo, leu a carta do I Fórum das Águas, realizado em 2016, com diretrizes para preservar a água na região.

Cerro Corá foi representado por João Marcelo, coordenador de turismo e o vereador Rodolfo Guedes.


*O Xerife.

1 de dezembro de 2017

Operação Deriva II contabiliza R$ 8,2 milhões em multas e interdita 48 aeronaves nos estados de MS, MT e PR

Agente ambiental vistoria embalagens de agrotóxicos em situação irregular durante a Operação Deriva II
Brasília - A Operação Deriva II, maior fiscalização conjunta de pulverização aérea de agrotóxicos já realizada nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná, resultou na aplicação de R$ 8,2 milhões em multas e na suspensão ou interdição de 48 aeronaves. As ações foram realizadas simultaneamente entre os dias 20 e 24 de novembro.

Em Mato Grosso do Sul, 15 empresas de aviação agrícola, uma central de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos e cinco propriedades rurais foram fiscalizadas em 12 municípios do Estado. A ação resultou na aplicação de R$ 3 milhões em multas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e na interdição de 20 aeronaves pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As principais irregularidades verificadas pelo Ibama foram a utilização de produtos perigosos em desacordo com a legislação, deixar de dar destinação a produtos vencidos, armazenamento de produto contrabandeado, depósito de agrotóxicos em desacordo com a legislação, atuação sem licença ambiental e apresentação de relatórios omissos. O caso mais grave foi registrado em Ponta Porã, onde a empresa Agricenter Aviação Agrícola foi autuada em R$ 1,6 milhão por usar produtos perigosos de forma ilegal em 10 mil hectares e por apresentar relatórios omissos.

Já a Anac fiscalizou 26 aeronaves e interditou 20 delas. As principais irregularidades constatadas foram manutenção irregular, operação irregular, falhas na documentação e modificação de aeronaves sem aprovação da agência. A Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco), em conjunto com o Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PC), vistoriou cerca de 50 aeronaves e apreendeu criminalmente duas delas por manutenção irregular, falsidade ideológica quanto ao plano de voo (decolar e pousar em pista interditada) e adulteração na numeração de peças do motor e no cubo de hélice.

A perícia do Ministério Público do Trabalho (MPT) também identificou uma série de inconsistências em relação à segurança dos trabalhadores, tanto nas empresas de aviação agrícola quanto nas propriedades rurais. Entre elas, permitir a realização de serviços de abastecimento de aeronaves por pessoas não capacitadas, reutilizar embalagens vazias de agrotóxicos e produtos afins, inexistência de chuveiro de emergência e lava-olhos junto ao depósito de agrotóxicos e não responsabilidade pela descontaminação e higienização da vestimenta de trabalho e dos equipamentos de proteção individual utilizados na movimentação de agrotóxicos ao final de cada serviço.

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul (Iagro), por sua vez, interditou 2,7 mil quilos e 18 mil litros de agrotóxicos em sete empresas de aviação agrícola e quatro propriedades rurais. As principais irregularidades observadas foram o armazenamento inadequado de agrotóxicos, ausência de receituários agronômicos e a falta de destinação correta de agrotóxicos vencidos e sobras.

A Operação Deriva, batizada em referência a situações em que o agrotóxico não atinge o local desejado e se espalha para outras áreas, integra uma série de fiscalizações ambientais conjuntas previstas para Mato Grosso do Sul e, nesta etapa, foi realizada simultaneamente nos estados do Mato Grosso e do Paraná. A ideia é realizar inspeções periódicas de combate a danos ambientais e à saúde da população.

As empresas de aviação agrícola fiscalizadas durante a operação em Mato Grosso do Sul foram a Romaer (Aral Moreira), C-Vale (Caarapó), Aeroagrícola Vargas (Naviraí), Agricenter (Ponta Porã), HP Aeroagrícola (Fátima do Sul), Dimensão (Maracaju), Asas do Cerrado e Nórdica (Rio Brilhante), Agripar, Uniagro, Spessatto e Aplic (Dourados), Inovar (Sidrolândia), Pelicano (empresa paranaense e aeronave fiscalizada em Naviraí), Rondon (empresa mato-grossense e aeronave fiscalizada em Nova Alvorada do Sul), Ottoboni (empresa paulista e aeronave fiscalizada em Ponta Porã).

Equipes de fiscalização também vistoriaram as fazendas Campanário (Laguna Carapã), Santa Claudina (Caarapó), Nossa Senhora do Carmo e Nova América (Itaquiraí). A central de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos de Maracaju também foi fiscalizada.



Cooperação 

A Operação Deriva II foi coordenada pelos Ministérios Públicos Federal (MPF), do Trabalho (MPT) e do Estado de Mato Grosso do Sul (MPE-MS). O trabalho teve participação do Ibama, da Polícia Militar Ambiental (PMA), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) e do Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul (Iagro).

As equipes mato-grossenses de fiscalização apreenderam 5,9 mil litros e 1,1 mil quilos de agrotóxicos e fertilizantes, parte por estar fora do prazo de validade e parte por estar acondicionado de maneira incorreta. A Anac vistoriou 19 aeronaves. Destas, apenas cinco não apresentaram irregularidades. Duas foram interditadas; outras duas receberam prazo para sanar as irregularidades e 12 foram impedidas de operar.

O Ibama lavrou sete autos de infração, aplicando o total de R$ 2,4 milhões em multas. As empresas Pulveriza e Massapé Aeroagrícola foram embargadas por falta de licença de operação. Uma propriedade rural localizada na “Colônia Russa”, a 40 quilômetros do município de Primavera do Leste, apresentou um cenário assustador de descarte irregular de embalagens vazias. Dezenas de galões, dos mais variados tipos de agrotóxicos e fertilizantes, estavam amontoados e espalhados a céu aberto em vários pontos da fazenda, próximo de residências, animais e onde há livre trânsito de pessoas, incluindo crianças. Além disso, a lavagem de máquinas utilizadas para pulverização agrícola é feita sem nenhum tipo de cuidado, colocando em risco a saúde de quem faz o manuseio dos equipamentos e contaminando o meio ambiente, já que a água é descartada no local onde é feita a lavagem. O proprietário foi preso por armazenamento ilegal de agrotóxicos e de embalagens.

No estado paranaense, o Ibama emitiu autos de infração ambiental com aplicação de R$ 2,7 milhões em multas. Também foram apreendidas 15 aeronaves, seis empresas embargadas e outras 17 notificadas, com apreensão de 22 quilos de agrotóxicos. Entre os problemas encontrados pelo órgão estão a ausência de licenciamento ambiental, o depósito irregular de agrotóxicos e a destinação irregular de embalagens vazias.

Por fim, a Anac notificou 13 aeronaves com impedimento para operar, e uma foi interditada. As irregularidades verificadas pela Anac foram problemas na identificação da aeronave, equipamentos vencidos, sem registro, ou inoperantes (inclusive de segurança), falta de documentos obrigatórios e ausência de manutenção obrigatória de equipamentos.

Outra entidade que participou da operação no Paraná, a Adapar, emitiu seis autos de infração (no valor de até R$ 9.960,00) e nove termos de fiscalização e notificação. Os motivos foram a prestação de serviços de aplicação de agrotóxicos sem registro e irregularidades nas guias de aplicação.

Núcleo de Comunicação da Operação Deriva II
Assessoria de Comunicação do Ibama.

Mães que integram o programa Cidadão-Bebê da LBV serão presentadas com enxoval

A Legião da Boa Vontade (LBV), na capital potiguar, desenvolve diversos programas de promoção humana e social, dentre eles, o Cidadão-Bebê, que tem como iniciativa o amparo as futuras mamães com filhos de até 1 ano de vida as quais recebem o apoio necessário para uma gravidez saudável.

No período gestacional as mulheres recebem acompanhamento social e psicológico para o fortalecimento de vínculo familiar, participam de oficinas de artesanato que confeccionam flores e adereços para complementar o enxoval. Palestras preventivas são conduzidas por profissionais da área, que orientam os cuidados a prevenção, a saúde da mamãe e do bebê.

O momento mais esperado pelas futuras mamães é o recebimento do enxoval que é composto por fraldas, macacão, toalha de banho, meias, camisetas, conjunto de berço, manta, conjunto mijão, fraldas de tecido, além de kit de higiene para ela e seu de futuro bebê.

A solenidade de entrega dos enxovais acontece na manhã desta quinta-feira, (30), a partir das 9h, no Centro Comunitário de Assistência Social da Instituição, localizado a Rua dos Caicos, 2148 – Dix- Sept Rosado. Informações: (84) 3613-1655.


O programa

O Cidadão Bebê em Natal atende mães dos bairros Dix-Sept Rosado, Nazaré, Bom Pastor, Planalto e possui caráter proativo e preventivo, com ações pautadas na garantia dos direitos da gestante e da criança.

Todas as ações têm o acompanhamento de especialistas e quando necessário são realizados encaminhamentos para tratamentos médicos junto à rede de sa.

Arivaldo Oliveira
Setor de Comunicação da LBV/RN