5 de agosto de 2015

Ceará adere ao Qualiágua

 Rio Jaguaribe (CE)
Nesta terça-feira, 4 de agosto, o Diário Oficial da União publica o acordo de cooperação que formaliza a adesão do Ceará ao Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água (Qualiágua). Esta iniciativa da Agência Nacional de Águas (ANA) busca estimular a padronização dos métodos de coleta de amostras, parâmetros verificados, frequência das análises e divulgação dos dados em escala nacional. O acordo assinado pela ANA e pelo estado terá vigência até 31 de dezembro de 2020. Já aderiram voluntariamente ao Qualiágua: Minas Gerais, Paraná, Tocantins, Rio Grande do Norte, Alagoas, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

No Ceará, dois órgãos serão responsáveis pela realização das atividades previstas pelo Qualiágua: a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh). As instituições receberão R$ 1,1 mil por ponto monitorado e com dados divulgados no estado, conforme o acordo de cooperação assinado com a ANA.

Com orçamento de aproximadamente R$ 15 milhões, o Qualiágua também tem o objetivo de promover a implementação da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade de Água (RNQA) em todo o País. Os recursos da premiação pela divulgação dos dados serão repassados duas vezes por ano mediante o cumprimento das metas de monitoramento e divulgação de dados, que levarão em consideração vários aspectos, como: o percentual de pontos da RNQA operados pelo estado, o número de parâmetros avaliados e o percentual de pontos operados com medição de vazão simultânea – este último para análise da carga de poluentes na água. Estas metas serão pactuadas entre a ANA e as instituições participantes.

Com adesão voluntária, o Programa parte do pressuposto que os dados de qualidade da água são importantes para diversos públicos, como: gestores públicos, pesquisadores, estudantes e empresas. Os parâmetros mínimos a serem coletados nos pontos de monitoramento envolvem aspectos físico-químicos (transparência, temperatura da água, oxigênio dissolvido, pH e Demanda Bioquímica de Oxigênio, por exemplo), microbiológicos (coliformes), biológicos (clorofila e fitoplâncton) e de nutrientes (relacionados a fósforo e nitrogênio).


RNQA

Criada em 2013, a Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água propõe a padronização dos dados coletados, dos procedimentos de coleta e da análise laboratorial dos parâmetros qualitativos para que seja possível comparar as informações obtidas nas diferentes unidades da Federação. A meta é que até dezembro de 2020 todos os estados e o DF contem com um total de 4.450 pontos de monitoramento, dos quais aproximadamente 1,8 mil já estão em operação. Todos os dados obtidos pela RNQA serão armazenados no Sistema de Informações Hidrológicas (HidroWeb), da ANA, e serão integrados e divulgados através do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos (Snirh).

Nos últimos dois anos, a Agência investiu cerca de R$ 12 milhões em equipamentos de campo cedidos ao DF e a 15 estados (AL, BA, CE, ES, GO, MG, MT, MS, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SE, SP), que fazem parte dos dois grupos das unidades da Federação que já realizam o monitoramento qualitativo. Prevista para o primeiro semestre de 2016, a próxima etapa de envio de materiais será para os estados que não possuem rede de monitoramento. Entre os equipamentos, estão: medidores acústicos de vazão, sondas multiparamétricas de qualidade de água, materiais para análises de laboratório, caminhonetes 4x4 com baú adaptado e barcos com motor de popa.


Texto:Raylton Alves - Ascom/ANA
Foto: Zig Koch / Banco de Imagens ANA.

Seleção de consultor para avaliar projeto Água: Conhecimento para Gestão recebe inscrições

A Agência Nacional de Águas (ANA) receberá até 28 de agosto inscrições para seleção de consultor para avaliar as atividades e os resultados do projeto Água: Conhecimento para Gestão. Os candidatos devem ter nível superior completo há pelo menos dez anos e devem ter pós-graduação em avaliação ou gestão de projetos. Também é exigida dos candidatos uma experiência de pelo menos dez anos em gestão e/ou avaliação de projetos.

Os interessados em participar da seleção deverão manifestar interesse através do site do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) – http://www.iicabr.iica.org.br/pessoa-fisica – com cadastramento e anexação do currículo. Os cadastros realizados sem o currículo em anexo serão desconsiderados. Para mais informações, acesse: http://interaguas.ana.gov.br/Paginas/Licitacao.aspx.

Com duração de 180 dias, o contrato prevê que o consultor deverá entregar uma proposta metodológica e cronograma, apresentando estratégias, metodologia e cronograma de viagens, reuniões e entrevistas. Outro produto previsto é um relatório com as informações consolidadas em texto e banco de dados contendo planilhas e mapas temáticos. O terceiro produto a ser entregue é o relatório final de avaliação de gestão, comunicação e capacitação.

O consultor poderá trabalhar em qualquer lugar do Brasil ou do exterior, mas deverá se deslocar a Brasília e Foz do Iguaçu (PR) para as reuniões de trabalho com representantes da ANA, da Fundação Parque Tecnológico de Itaipu (FPTI) e da Itaipu Binacional.

O Projeto

O projeto Água – Conhecimento para Gestão é um convênio entre ANA, FPTI e Itaipu com objetivo de desenvolver ações de comunicação, mobilização social, capacitação e educação para a gestão de recursos hídricos no Brasil e países da América Latina.

Há 34 cursos gratuitos semipresenciais, a distância e autoinstrucionais disponíveis no catálogo, que já capacitaram mais de 10 mil pessoas de todas as unidades da Federação e também de todos os países da América Latina – em espanhol, são oferecidos 11 cursos. Para se inscrever e saber mais sobre as capacitações disponibilizadas pelo projeto, acesse http://www.aguaegestao.com.br/.
 

Texto:Raylton Alves - Ascom/ANA

Carcinicultores querem lei sancionada por Robinson Faria

O presidente do Idema, Rondinelle Silva Oliveira, afirmou em entrevista ao jornalista Robson Carvalho que considera a carcinicultura uma atividade agrossilvipastoril. Esse tem sido o principal ponto do debate da Lei Cortez Pereira, que regula a atividade da carcinicultura e pode estabelecer novas regras de cultivo para o setor. Esse entendimento é crucial para o desenvolvimento da atividade e, consequentemente, para a economia do Rio Grande do Norte.

As atividades agrossilvipastoris são as atividades desenvolvidas em conjunto ou isoladamente, relativas à agricultura, à aquicultura, à pecuária, à silvicultura e demais formas de exploração e manejo da fauna e da flora, destinadas ao uso econômico, à preservação e à conservação dos recursos naturais renováveis. Isso é a definição dada pelo novo Código Florestal de 2012, mas que tem sido interpretada de forma diferente apenas no Rio Grande do Norte.

A entrevista concedida na noite de ontem, segunda-feira (3) pode ajudar a fazer com que o Governador Robinson Faria sancione a Lei, beneficiando os produtores, a economia do Estado e as zonas ambientais.

*Fonte: O Xerife.