27 de junho de 2015

2,6 mil toneladas de peixes morrem em 15 dias no açude Castanhão

Apenas ontem, no assentamento Curupati-Peixe, foram encontradas 700 toneladas. Causas para a mortandade ainda não foram definidas. Para tentar reduzir os danos, os locais das gaiolas de criação serão redistribuídos

700 toneladas de peixes mortos foram encontradas ontem no assentamento Curupati-Peixe

Em 15 dias, pelo menos 2,6 mil toneladas de peixes morreram no açude Castanhão. As espécies eram criadas em gaiolas, concentradas na margem esquerda da barragem. O prejuízo dos produtores pode atingir os R$ 8 milhões, estima o prefeito de Jaguaribara, Francini Guedes. Somente na manhã de ontem, foram encontradas 700 toneladas de pescado morto no assentamento Curupati-Peixe, onde 41 famílias sobrevivem através da produção.

Ontem, no Palácio da Abolição, representantes da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), da Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura do Estado (Seapa) e piscicultores da região atingida se reuniram para traçar soluções. Ficou definido que os tanques-rede serão redistribuídos em 26 pequenas unidades, com no máximo sete hectares e distância de mil metros entre cada uma - informou Pedro Eymar Campos, coordenador de Pesca e Aquicultura do Dnocs. Atualmente, ele explica, as áreas de criação são concentradas.

Causas

Ainda não foram definidas as razões para as mortes. Segundo Francini, na história do açude não foi registrada uma situação de mortandade tão elevada. Produtores acreditam que, quando a Cogerh fechou a válvula responsável por liberar água para o rio Jaguaribe, aconteceu um movimento brusco e a água do fundo - mais densa - atingiu a superfície. Em nota, a companhia refutou a tese.

Quatro pontos, segundo a Cogerh, levam ao descarte da hipótese: diferentemente da velocidade da água em rios e riachos, a velocidade da água no interior de reservatórios é ínfima, próxima de zero, o que significa que a velocidade da água após a alteração da vazão liberada ainda continuará sendo insignificante; o evento de mortandade de peixes aconteceu dias após a operação da válvula; em outras ocasiões, já foi operado com a vazão atual sem causar mortandade; em 2013, nesta mesma época, aconteceram registros de morte no açude.

Pedro Eymar, do Dnocs, informou que as motivações reais para o caso estão sendo investigadas. Amostras da água e peixes mortos foram recolhidos para análise. “Vamos montar um grupo gestor para o parque aquícola”, pontua. Segunda-feira, 29, está agendada uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Jaguaribara para discutir o caso e os criadores planejam realizar uma passeata em protesto.

Saiba mais
O açude Castanhão, na Bacia Hidrográfica do Médio Jaguaribe, tem 19,61% do volume total - cerca de 1,34 bilhão de m³. “O reservatório pereniza o Vale do Jaguaribe pela válvula dispersora com vazões que variam de acordo com as necessidades da operação, respeitando as médias estabelecidas pela alocação negociada, procurando o atendimento eficiente dos usos múltiplos”, informou, em nota, a Cogerh.

Segundo Francini Guedes, a mortandade atingiu Jaguaribara, Jaguaretama, Alto Santo e Jaguaribe. Na reunião de ontem foi discutida a possibilidade de retardar pagamentos de financiamentos feitos em instituições bancárias - diz Pedro Eymar. Parte dos trabalhadores contraiu dívidas para poder investir na produção de pescado.

*O Povo/Alto Santo é Notícia.

26 de junho de 2015

Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco


Em 24/06/2015, o volume útil do Reservatório Equivalente da Bacia do Rio São Francisco era 11.748 hm³, o que equivale a 24,74% do seu volume útil total. Ressalte-se que, na mesma data do ano passado, em 24/06/2014, o armazenamento era de 36,18% do volume útil.

A vazão afluente ao reservatório de Três Marias foi de 184m³/s e a vazão liberada, de 292m³/s.

No mês de junho, a vazão afluente média ao reservatório de Três Marias é de 184m³/s e a vazão liberada média, de 303m³/s.


A vazão afluente ao reservatório de Sobradinho foi de 790m³/s e a vazão liberada, de 921m³/s.

No mês de junho, a vazão afluente média ao reservatório de Sobradinho é de 842m³/s e a vazão liberada média, de 966m³/s.


A vazão afluente ao reservatório de Itaparica foi de 890m³/s e a vazão liberada, de 816m³/s.

No mês de junho, a vazão afluente média ao reservatório de Itaparica é de 934m³/s e a vazão liberada média, de 909m³/s.


A vazão liberada pelo reservatório de Xingó foi de 918m³/s e a vazão liberada média no mês de junho é de 952m³/s.






A Região Hidrográfica São Francisco possui aproximadamente 638.466 km² de área (7,5% do território nacional), abrangendo os seguintes estados: Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás e o Distrito Federal. O rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na Serra da Canastra, e chega a sua foz, no Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe, percorrendo cerca de 2.800 km de extensão. A área possui 503 municípios e engloba parte do semiárido, que corresponde a aproximadamente 58% dessa região hidrográfica, que está dividida em quatro unidades: Alto São Francisco, Médio São Francisco, Submédio São Francisco e Baixo São Francisco.

A parte do semiárido nordestino apresenta períodos críticos de prolongadas estiagens, resultado da baixa pluviosidade e alta evapotranspiração. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a precipitação média anual na Região é de 1.003 mm, muito abaixo da média nacional, de 1.761 mm. A disponibilidade hídrica superficial é 1.886 m³/s, o que corresponde a 2,07% da disponibilidade superficial do país (91.071 m³/s). A vazão média é de 2.846 m³/s (1,58% da vazão média nacional, de 179.516 m³/s), e a vazão de retirada (demanda total), de 278 m³/s (9,8% da demanda nacional).

Com relação aos usos, há predomínio de retirada para irrigação (213,7 m³/s), que representa 77% do total de demandas na Região. A irrigação é seguida pela demanda urbana, com 31,3 m³/s (11%), concentrada principalmente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e industrial com 19,8 m³/s (7%). A demanda animal da região é de 10,2 m³/s (4%) e a rural, de 3,7 m³/s (1%). A Região do São Francisco tem importante papel na geração de energia elétrica, com potencial instalado, em 2013, de 10.708 MW (12% do total do País). Destacam-se as usinas de Xingó (3.162 MW), Paulo Afonso IV (2.462 MW), Luiz Gonzaga (1.479 MW) e Sobradinho (1.050 MW). O aproveitamento hidrelétrico do Rio São Francisco representa a base de suprimento de energia do Nordeste.

Desde 2013, a bacia do rio São Francisco vem enfrentando condições hidrológicas adversas, com vazões e precipitações abaixo da média, com consequências nos níveis de armazenamento dos reservatórios instalados na bacia. Por isso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vem solicitando à ANA autorização para flexibilizar a regra de descargas mínimas de Sobradinho e Xingó de 1.300 para 1.100m³/s, patamar que vem sendo praticado desde abril de 2013, a partir da Resolução ANA nº 442/2013. Para os períodos de carga leve (das 0h às 7h em dias úteis e sábados, além de domingos e feriados durante todo o dia), é permitido a redução para 1.000 m³/s.

As regas de operação dos reservatórios são revisadas periodicamente e novas resoluções são publicadas com os valores das vazões mínimas fixadas e a vigência da regra. Cabe à ANA definir as regras de operação de reservatórios a fim de garantir os usos múltiplos das águas, em articulação com o ONS em reservatórios de hidrelétricas. Fazem parte do Grupo de Acompanhamento do São Francisco representantes de diversas instituições, como a ANA, o ONS, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), prefeitos, irrigantes, entre outros.

A redução temporária da vazão mínima defluente dos reservatórios de Sobradinho e Xingó leva em consideração a importância dos reservatórios de Sobradinho, Itaparica (Luiz Gonzaga), Apolônio Sales (Moxotó), Complexo de Paulo Afonso e Xingó para a produção de energia do Sistema Nordeste e para o atendimento dos usos múltiplos da bacia.

De acordo com as resoluções da ANA sobre as vazões defluentes mínimas, a Chesf, responsável pela operação dos reservatórios, está sujeita à fiscalização da Agência. A Companhia também deve dar publicidade às informações técnicas da operação aos usuários da bacia e ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco durante o período de vazões defluentes mínimas reduzidas.



Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco







O que é o Plano

O Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco tem por objetivo traçar as diretrizes de aproveitamento integrado da água na bacia, no horizonte de dez anos (Art. 7º, inciso V da lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997 ); sendo portanto, o instrumento técnico e político da bacia, após aprovado pelo comitê.

A versão preliminar do Plano foi elaborada pelo Grupo Técnico de Trabalho - GTT, instituído pelo Comitê através da Deliberação nº 3 em 3/10/2003, com acompanhamento das Câmaras Técnicas de Planos, Outorgas e Câmaras Consultivas Regionais

fonte:Agência Nacional de Águas

25 de junho de 2015

Apodiense comandava tráfico e homicídios de dentro de presídio do RN


Cerca de 100 policiais, juntamente com promotores de justiça e delegados deflagraram nas primeiras horas desta quinta-feira (25) a operação "Pedra sobre pedra", em presídios da região Oeste e capital potiguar.

Veja lista de nomes dos presos presos.

José Jocenildo de Morais Fernandes;

Emerson Gustavo Torres Gomes;

Gilderlanio Maia de Freitas;

Marciano Pinheiro da Silva;

Maria Ivoneide de Lima;

João Jocenilton de Moraes Fernandes;

Alberto César do Carmo;

Antonio Jakcson da Costa Torres;

Josemberg Rozendo Varela;

Vinicius Maia da Silva;

Francisco Célio da Silva Leite;

Maria Edna Duarte de Oliveira;

Ubiranira Rozalina Carias de Oliveira.

O foco da investigação, segundo o Ministério Público Estadual, é uma organização criminosa que atuava em Apodi. No município, a investigação está sendo comandada pelo promotor de justiça 
Silvio Brito.

O principal alvo da investigação é José Jocenildo de Morais Fernandes, o apodiense Nildinho, que está preso no Pavilhão V do Presídio de Alcaçuz. A mulher dele está entre os presos hoje na operação.

As organizações criminosas são investigadas por tráfico de drogas, roubos e homicídios, atuando de dentro de presídios de Apodi, Caraúbas, Natal e Nísia Floresta, região Metropolitana da capital.

Até o momento investigados com drogas, armas e dinheiro foram apreendidos em Apodi e conduzidos para o Centro de Detenção Provisório (CDP) da cidade.

Desde o início, a operação prendeu duas mulheres, uma em Apodi e outra em Caraúbas. As duas serão conduzidas para o CDP do Centro Penal Doutor Mário Negócio em Mossoró.

Alguns presos do CDP de Apodi também estão sendo investigados.

A operação cumpre 13 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em presídios do Estado.

Presos do Presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido como pavilhão 5 de Alcaçuz, a maior penitenciária do Estado, também são alvos da operação.

fonte:Mossoró Hoje