26 de setembro de 2014

MPA E MAPA fortalecem cooperativismo e associativismo no setor pesqueiro


O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicaram no Diário Oficial da União (DOU), edital de chamamento público para a seleção de propostas de fomento ao associativismo e cooperativismo nas suas diferentes formas, voltado ao setor pesqueiro e aquícola. O envio de propostas deve ser feito até 06 de outubro.

De acordo com o ministro Eduardo Lopes, da Pesca e Aquicultura, o projeto visa fomentar e fortalecer o cooperativismo no setor. “Estamos estimulando o cooperativismo porque sabemos que a união dos profissionais do pescado pode resultar em melhores condições para o aumento de sua produção e de sua renda”, afirmou. Ele explica, por exemplo, que a reunião de pescadores e aquicultores familiares viabiliza,entre outros, a implantação de unidades de beneficiamento até sistemas ampliados de comercialização, de interesse de todos.

O investimento previsto é de R$ 1,7 milhão para a celebração de convênios, sendo R$ 1,3 milhão do MPA e R$ 400 mil do MAPA. Cada proposta encaminhada deverá abranger apenas um território (uma região) e ter valor entre R$ 100 mil e R$ 300 mil.

O projeto visa estimular o associativismo e o cooperativismo nas suas diferentes formas, voltado ao setor pesqueiro e aquícola, por meio de ações de sensibilização e suporte técnico aos processos de organização, formalização e qualificação da gestão de entidades do setor
.

O intuito é fortalecer as cooperativas e associações promovendo a capacitação de dirigentes, funcionários e associados das organizações. Tem intenção ainda de apoiar de apoiar ações voltadas à autogestão de empreendimentos coletivos, com a garantia da autonomia dos pescadores e aquicultores, tendo por base os princípios do associativismo e cooperativismo, bem como da economia solidária. Outro objetivo é de disseminar preceitos e apoiar a adoção de práticas de sustentabilidade, nas dimensões econômica, social e ambiental.

O edital é voltado para pescadores e aquicultores, organizados ou não em cooperativas, associações e outras formas associativas, bem como suas entidades organizadas.

Entre as atividades obrigatórias estão: a realização de reuniões de apresentação, ajustes e validação da proposta aos potenciais beneficiários e seus representantes, na área de abrangência do projeto; a disponibilização de assessorias técnicas para acompanhamento contínuo e rotineiro das entidades beneficiadas, com orientações para o aprimoramento do processo de gestão e organização e ainda a elaboração de planos de gestão, de negócios ou equivalentes para as entidades organizacionais assessoradas no âmbito deste edital.


O Edital completo já está disponível no site do MPA.
fonte:MPA
Atualmente o País produz aproximadamente 2 milhões de toneladas de pescado, sendo 40% cultivados. A atividade gera um PIB pesqueiro de R$ 5 bilhões.
Foto: Atualmente o País produz aproximadamente 2 milhões de toneladas de pescado, sendo 40% cultivados. A atividade gera um PIB pesqueiro de R$ 5 bilhões.
Recursos pesqueiros constituem importante fonte de renda e alimento para pessoas de todo o Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
Foto: Recursos pesqueiros constituem importante fonte de renda e alimento para pessoas de todo o Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
Além de ser praticada por profissionais, a pesca também é uma forma que os pescadores amadores usam para relaxar
Foto: Além de ser praticada por profissionais, a pesca também é uma forma que os pescadores amadores usam para relaxar

22 de setembro de 2014

Ministério da Pesca e Aquicultura
Podendo pesar até 200 Kg, o Pirarucu geralmente é encontrado na bacia Amazônica, mais especificamente nas áreas de várzea, onde as águas são mais calmas.
Foto: Podendo pesar até 200 Kg, o Pirarucu geralmente é encontrado na bacia Amazônica, mais especificamente nas áreas de várzea, onde as águas são mais calmas.

17 de setembro de 2014

O Brasil conta com mais de 12% de toda a água doce 

do mundo, o que faz com que seja um dos melhores 

lugares para a prática da pesca amadora.
O potencial do nosso país é enorme e pode se tornar 

um dos maiores produtores de pescado do mundo
Foto: O potencial do nosso país é enorme e pode se tornar um dos maiores produtores de pescado do mundo

Você sabia que cada região do Brasil se especializa 

em determinados tipos de pescado?




Foto: Você sabia que cada região do Brasil se especializa em determinados tipos de pescado?

Primeira fábrica de enlatados de atum e sardinha do Nordeste foi inaugurada

Com a presença do ministro da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes, e do dirigente empresarial Jesus Alonso – presidente do grupo espanhol Jealsa, um dos maiores da Europa no setor de conserva de pescado, foi inaugurada na manhã desta segunda-feira (15) a primeira fábrica para enlatados de atum e sardinha do Nordeste.
Com capacidade para produzir 10 milhões de latas de pescado por mês, a planta industrial está localizada em São Gonçalo do Amarante, município da Metropolitana de Fortaleza, a 55 km da capital, onde se encontra o porto de Pecém, um dos maiores do Brasil. Além do Nordeste, a unidade prevê absorver a produção da região Norte do País.

Para o ministro Eduardo Lopes, a fábrica permitirá que os pescadores tenham mais motivação para produzir e investir no setor. “Todos sabem que essa fábrica será capaz de absorver muito do pescado capturado e ela será um porto seguro para o setor produtivo”, afirmou. Com a concretização dessas perspectivas, o ministro acredita que essa será uma oportunidade para a renovação da frota pesqueira, visando aumentar a produtividade com a redução de desperdícios. O ministro adiantou que o novo Plano Safra, a ser lançado em 2015, contemplará linhas de crédito melhores para a modernização da frota pesqueira.

Investimentos

A fábrica de enlatados do Ceará está gerando 400 empregos diretos, dos quais 90% para mulheres, consideradas hábeis no manuseio e corte do pescado. Também proporcionará empregos em outras áreas, tendo em vista os insumos requeridos, como molho de tomate, óleo de soja, latas para a conserva e embalagens. Os insumosserão adquiridos no Ceará e em outros estados do Nordeste.

O empreendimento, que exigiu investimentos de mais de R$ 20 milhões, é o resultado da associação da empresa cearense R&B Aquicultura com a Crusoe Foods do Brasil, do grupo espanhol Jealsa.

A planta de São Gonçalo do Amarante é a segunda do grupo espanhol no Brasil na área de conservas de pescado. A primeira planta foi instalada no Rio Grande do Sul e uma terceira está programada para o estado do Rio de Janeiro.

De acordo com Jesus Alonso, o grupo Jealsa quer em poucos anos ter uma participação significativa no mercado brasileiro de conserva de pescado, principalmente por oferecer ao consumidor “qualidade e serviço”, nesse caso pela praticidade e diversidade de soluções, como fácil abertura de latas e porções prontas de atum para reuniões e encontros.

Os equipamentos e processos da fábrica cearense são os mais modernos em atividade no País, assegura o engenheiro de pesca Fabiano Lima, um dos sócios brasileiros no empreendimento. “Estão transferindo tecnologia da Europa para o Brasil”, recorda. E complementa: 16 mestres espanhóis, sobretudo mulheres, estão no País treinando mão de obra local nas atividades requeridas pela fábrica.

Além de pescados, o grupo espanhol – que foi criado em 1956 e conta hoje com 4.500 colaboradores - atua com energia, ração animal e meio ambiente. Está presente na Europa, África, América do Norte, América Central e América do Sul.
Impacto no setor pesqueiro
De acordo com Max Mapuranga, outro sócio cearense dos espanhóis, o projeto irá “resgatar a pesca e a indústria pesqueira no Ceará”. A produção da fábrica será escoada pelo porto de Pecém e por rodovias, visando o mercado nacional. Os enlatados serão comercializados com a marca Robinson Crusoe.

Para Emanuel Simões, Superintendente Federal da Pesca e Aquicultura no Ceará, o novo contexto incentiva pescadores e armadores a venderem a sua produção no estado. Ele lembra que o Ceará conta com aproximadamente 30 mil pescadores artesanais, reunidos em 77 colônias de pesca, das quais aproximadamente 25% no litoral.

Compareceu ainda à inauguração da fábrica o secretário da Pesca e Aquicultura do Ceará, Francisco Sales de Oliveira, representando o governador Cid Gomes; e o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Francisco Cláudio Pinto Pinho; entre outras autoridades e lideranças do setor pesqueiro.

fonte:MPA

15 de setembro de 2014

Governo autoriza criação de Parque Aquícola Armando Ribeiro Gonçalves

Foi autorizada, pelo governo federal, a implementação do Parque Aquícola Armando Ribeiro Gonçalves - a primeira "fazenda de criação de pescado" do Rio Grande do Norte. Esta é considerada a primeira das mais importantes etapas do processo de implementação do parque aquícola no estado.
O cultivo de pescado no Reservatório da Usina Hidrelétrica Armando Ribeiro Gonçalves, que abrange os rios Piranhas e Açu, foi oficialmente liberado a partir da chamada Outorga de Produção, concedida pela Agência Nacional de Águas (ANA) ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). A partir de agora, a Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura (Sepoa/MPA) coordenará os próximos passos para a implementação do parque aquícola. Entre eles: a chamada "entrega" oficial da área para a criação de pescado (sob atribuição da Secretaria de Patrimônio da União) e o licenciamento ambiental da área (uma responsabilidade do órgão ambiental estadual).

"O Rio Grande do Norte é o segundo estado do Nordeste no ranking dos maiores produtores de pescado de água salgada da região, ficando atrás apenas do Ceará", observa a secretária nacional de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura, Maria Fernanda Nince. "O que pretendemos é incentivar o Rio Grande do Norte a se tornar um dos maiores produtores de pescado também em águas continentais porque sabemos que, no estado, a aquicultura é tratada com prioridade e possui grande potencial para se desenvolver ainda mais", completa a secretária.

De acordo com o Boletim Estatístico 2011 do MPA, a produção aquícola total no Rio Grande do Norte (considerando produção marinha e continental) foi de aproximadamente 26 mil toneladas de pescado. No Ceará, esta produção já chegava, em 2011, a cerca de 65 mil toneladas.

O PARQUE - A implementação do Parque Aquícola Armando Ribeiro Gonçalves é uma reivindicação de mais de uma década por parte dos produtores de pescado do Rio Grande do Norte. O parque conta com uma área de aproximadamente 54 hectares, distribuídos entre as quatro áreas aquícolas (localizadas dentro do parque) outorgadas pela ANA.

No Parque Amando Ribeiro Gonçalves poderão ser criadas espécies de pescado autorizadas, pelo Ibama, para as Bacias do Nordeste; entre elas: tilápia, tambaqui, tucunaré, pacu, carpa e pirarucu, entre outras.

AQUICULTURA - No Brasil, a aquicultura cresce em ritmo acelerado e continuado. De 2010 até 2013, a produção nacional de pescado mais que dobrou, saltando de 480 mil toneladas para aproximadamente 1 milhão de tonelada. Para este ano, a expectativa é que a produção aquícola nacional chegue a 1,3 milhão de tonelada.

Em 2013, novos parques aquícolas foram implementados em 14 estados de todas as regiões. Por meio de licitação ou concorrência pública, o governo federal ampliou o acesso dos aquicultores às Águas da União a partir da oferta pública de 900 hectares de áreas aquícolas. A estimativa é que a cessão destas áreas resulte no crescimento da produção em mais 210 mil toneladas de pescado por ano e na criação de aproximadamente 10 mil empregos.

“O ano de 2013 foi aquele em que a aquicultura brasileira deu o salto que faltava para o setor ganhar impulso e se desenvolver com mais celeridade”, afirma a secretária Maria Fernanda Nince. “Este ano, já lançamos novos editais para a oferta de mais 226 áreas destinadas à criação de pescado, demonstrando que, em 2014, manteremos o foco na política de desenvolvimento sustentável da atividade aquícola em todo o país”, acrescenta.

O pescado é a proteína animal mais consumida no mundo. O Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima a necessidade de acréscimo da produção mundial de pescado em 50 milhões de toneladas por ano. A Expectativa é, em 2030, o Brasil contribua com a projeção da FAO ao produzir 20 milhões de toneladas de pescado por ano.
fonte:MPA