5 de setembro de 2014

Complexo industrial fortalece polo de piscicultura na Paraíba



 
esta sexta feira, dia 5 de setembro, o ministro da Pesca e Aquicultura (MPA), Eduardo Lopes, estará no município paraibano de Bananeiras, a 141 km da capital João Pessoa, para lançar a pedra fundamental de um complexo industrial pesqueiro, que contará com fábricas de farinha de pescado e de ração, bem como com um centro de abate e processamento de pescado


Com investimento de R$ 15 milhões do MPA e contrapartida da Prefeitura, o complexo industrial atenderá não apenas às demandas de piscicultores de Bananeiras, mas também de municípios próximos, como Solânea, Borborema, Pirirituba, Dona Inês, Alagoa Grande e Nova Floresta.

Localizados na região do Brejo e do Curimataú paraibano, esses municípios possuem uma população total de 114.242 habitantes. Ali, as principais fontes de renda das famílias são a agricultura de subsistência e a piscicultura em regime semi-intensivo. A estimativa é de que mais de 100 famílias sejam beneficiadas.

Toda essa região conta com vales ricos em açudes, lagoas e riachos perenes, com uma topografia e clima propícios à piscicultura semi-intensiva, com destaque para a produção de tilápia em tanques-rede e em tanques escavados.

Aumento da produção

Ao todo existem na região seis barragens de médio porte – capazes de comportar 300 gaiolas (tanques rede) - e cerca de 200 tanques escavados, formando uma lâmina d’água de 130 mil m2.

Com o complexo industrial, a previsão é de que a área de criação de pescado em tanques escavados seja triplicada, inclusive pelas boas condições topográficas e climáticas da região.

Assim, com o emprego de alevinos (filhotes de peixe) de boa qualidade e uma alimentação adequada nos criatórios, a estimativa é de que a produção regional dobre e alcance as 14.500 toneladas por ano de peixe, gerando um abate de 60 toneladas por dia, ou seja, 20 toneladas de filé por dia. A fábrica de ração terá capacidade para processar seis toneladas por hora.

No caso de Bananeiras, os produtores estão reunidos em uma associação de piscicultores, que almeja, com o apoio do projeto do MPA, produzir acima de 1600 toneladas anuais de tilápia. No município, outros aspectos favoráveis à consolidação de um polo de pescado são a proximidade com o mercado consumidor de João Pessoa e a presença da Universidade Federal da Paraíba, que conta no município com bacharelado em agroecologia e agroindústria e licenciatura em ciências agrárias.

Programação:

Data: 05 de setembro de 2014

9h às 10h- Apresentações cívicas e culturais

Local: Espaço Cultural “Oscar de Castro”, situado na Rua Monsenhor José Pereira Diniz, s/n, Centro, Bananeiras – PB

10h – Apresentação do Projeto da unidade de Beneficiamento de Pescado e Fábrica de Ração, com a presença de autoridades locais e imprensa estadual

Local: Espaço Cultural “Oscar de Castro”


11h – Visita técnica do Ministro aos tanques de piscicultura e ao local onde será erguido o Complexo de Piscicultura

Local: Comunidade de Lagoa do Matias e Jatobá, a 8km do centro da cidade.

12h – Almoço

Local: Campo de Golf do condomínio Águas da Serra, Bananeiras – PB
fonte:MPA

3 de setembro de 2014

Consumidores do Rio de Janeiro aproveitam o início da 11ª Semana do Peixe

O ministro da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes, acompanhado do secretário Especial de Abastecimento e Segurança Alimentar do Rio de Janeiro (SEAB-RJ), Antônio Carlos Albuquerque, do secretário municipal de Pesca de São Gonçalo, e da superintendente federal de Pesca e Aquicultura do Rio de Janeiro, Suely Amaral Santos Silva, entre outras autoridades, abriram oficialmente – de forma descontraída, junto aos consumidores – a 11ª edição Semana do Peixe no estado do Rio de Janeiro, na parte da manhã desta segunda-feira (1), em um supermercado da zona norte do Rio.

A campanha, que estimula o consumo e a produção de pescado no País, tem programação em todos estados da federação e no Distrito Federal. Em 2014 ocorre nas duas primeiras semanas de setembro e serve de “âncora” para o aumento do consumo no segundo semestre. No primeiro, a Semana Santa tradicionalmente impulsiona as vendas.

Em todo o Brasil, a Semana do Peixe conta com o apoio de redes de supermercado, feiras livres, mercados públicos, bares e restaurantes, escolas, colônias e sindicatos de pescadores, centros de nutrição e, principalmente, dos consumidores.

Durante a visita ao supermercado, que ofertou pescado a preços promocionais, o ministro Eduardo Lopes conversou a população, que aprovou a campanha. Na ocasião, o ministro destacou a importância do pescado na alimentação. “A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca como média per capita de consumo pelo menos12 kg de peixe por ano, por habitante. O Brasil ultrapassou essa marca. Está em torno de 14,5 kg por ano, por habitante atualmente”, disse.

De acordo com o MPA, apenas entre 2012 e 2013 o consumo nacional de pescado cresceu 25% e, na última década, mais de 100%. O ministério tem acordo com o Serviço Social da Indústria (SESI) , através do projeto Cozinha Brasil, para treinar merendeiras e cozinheiras para aumentar a presença do pescado na alimentação escolar.

Aumento da produção

Atualmente 60% de todas as exportações mundiais de proteína animal se referem a pescado, daí a sua importância econômica. Com a estagnação da captura em rios e oceanos – uma sobrepesca poderia comprometer a sobrevivência das espécies comerciais – o aumento da produção está ocorrendo através da aquicultura, o cultivo de pescado.

Nesse contexto, o Brasil é um dos países com maior potencial para aumentar a produção, já que dispõe de água, espécies promissoras (tilápia, tambaqui, pirarucu, camarão), clima favorável e condições de produzir ração. A produção poderá atender às crescentes demandas domésticas e ainda ser direcionada à exportação, criando milhares de empregos em toda a cadeia produtiva.

O Brasil já está aproveitando os seus reservatórios de usinas hidrelétricas e ambientes marinhos para a produção de pescado. Esse é o caso de Santa Catarina, Alagoas, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraná e Rio de Janeiro.

A aquicultura evoluiu muito no País com a simplificação do licenciamento ambiental para empreendimentos aquícolas em reservatórios e o lançamento do Plano Safra da Pesca e Aquicultura, que disponibilizou crédito barato para a modernização da pesca e a expansão dos criatórios.
fonte:MPA

Ministro participa do Aquaciência

Produzir qualidade com sustentabilidade”. Esse é o tema do Aquaciência deste ano. Visão que tem despertado o interesse de quem atua no setor. O evento que acontece nos cinco primeirosdias deste 
mês em Foz do Iguaçu, no Paraná, atraiu mais de 1000 participantes entre pesquisadores, professores, estudantes, produtores e empresários do Brasil e do exterior. O ministro da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes, participou da abertura do Congresso na manhã desta terça-feira (2) e destacou que o Brasil tem enorme potencial para se tornar um dos maiores produtores de pescado do mundo: “Temos mais de 8,5 mil Km de costa, 12% da água doce mundial e cerca de 1000 reservatórios de águas da união incluindo de hidrelétricas em nosso território. Se utilizarmos 0,5% da lâmina de água disponível, podemos alcançar só com a aquicultura uma produção de 20 milhões de toneladas de pescado/ano. Ou seja, uma produtividade 10 vezes maior do que temos atualmente em todo o setor.” O diretor-geral brasileiro da Itaipú Binacional Jorge Samek, a presidente da Aquabio Débora Machado Fracalossi, o professor da UNIOESTE Wilson Boscolo e a secretária de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura do MPA Maria Fernanda Ferreira também estavam presentes.

No setor, os holofotes estão voltados para a aquicultura e o momento é de crescimento acelerado em todo o mundo. A cada ano o evento técnico científico cresce no mesmo embalo. A programação prevê a realização de mesas redondas para a discussão de pautas como a participação do setor elétrico, industrialização do pescado e desafios para a intensificação da produção aquícola. Além das palestras de renomados especialistas brasileiros, o congresso conta com a participação de especialistas internacionais como os doutores ShouquiXie, da China, Marc Vandeputte, da França, e Constantinos Mylonas, da Grécia. Em diversas salas, temáticas como nutrição e alimentação de organismos aquáticos, piscicultura de água doce, piscicultura marinha, cultivo de alga, peixes ornamentais, sanidade na aqüicultura, ranicultura, tecnologia do pescado, economia aplicada a aqüicultura, carcinicultura marinha, malacocultura, reprodução e larvicultura serão debatidas.


Os debates e pesquisas têm papel fundamental para promover o conhecimento e o intercâmbio de técnicas de cultivo e produção no setor. O Ministério da Pesca e Aquicultura tem investido em estudos na área. Em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação apoiou 326 projetos. 618 bolsas de pesquisas foram concedidas. Um investimento de R$ 68 milhões. Os resultados são refletidos nos números. De 112 pesquisadores beneficiados em 2009 saltou para 276 em 2013. Um aumento de 246%.

Mas o ministro vai além. Eduardo Lopes destacou que é preciso estruturar a cadeia produtiva do pescado no Brasil: “Não é só produzir, temos de pensar em todas as etapas. Desde a produção até a comercialização. Esse processo envolve desde o pólo de produção dos pequenos e grandes produtores, a fábrica de ração, o frigorífico, as fábricas de gelo, o beneficiamento até o escoamento da produção”, concluiu o ministro.
fonte:MPA