31 de dezembro de 2013

Acadêmicos elogiam metodologia da IX Conferência

Os acadêmicos que acompanharam a IX Conferência Nacional de Assistência Social, como palestrantes ou debatedores, destacaram o exercício de democracia presente em todo o processo - desde a construção em pirâmide, iniciada nos municípios, passando pelos estados e culminando no grande encontro nacional até a metodologia empregada nas discussões ocorridas ao longo de quatro dias.

A Conferência reuniu cerca de 2.800 participantes, entre delegados, observadores e convidados, envolvidos por muita discussão ao longo de quatro dias – de 16 a 19 de dezembro.

“Mais democrático, impossível”. Com essa expressão a professora Eleonora Schettini, da UFMG, resume o que viu na Conferência. Entre as características democráticas, ela cita as inovações na metodologia, “que causaram certa estranheza,, mas essas inovações representaram um ganho”.Com a nova metodologia, analisa “houve mais tempo para debate, o que qualificou as propostas. Os delegados sabiam sobre o que estavam propondo, o que estavam votando”. Acrescenta que “sem dúvida foi um espaço muito bom de debate, coisa de que sentimos falta nas conferências anteriores”. A participação foi outro ponto que chamou sua atenção “as pessoas estiveram motivadas, envolvidas, se posicionando em público – o que enriquece o debate”.

Ela comemora também a criação do Fórum de Usuários, ocorrida nesta Conferência. “Os usuários estão cada vez mais politizados”, diz, e analisa “a evidente articulação dos usuários acaba forçando um diálogo”.

O professor Helder Boska de Moraes Sarmento concorda com a análise. “Esta conferência foi um exemplo de construção democrática ímpar”. Ele destacou o processo que tem seu início nos municípios – 97% dos municípios brasileiros realizaram conferências municipais - e nos estados – todos os estados e o DF realizaram suas conferências estaduais. “O exercício coletivo é um desafio, mas é uma conquista muito significativa”. Outro ponto que chamou sua atenção foi o aumento da presença, quantitativa e qualitativa, de pessoas com deficiência.

A professora Maria Luiza Rizzotti, da Universidade Estadual de Londrina, considera que o número de participantes – e a representação de todos os estados - indica a adesão do Brasil à Conferência. Em sua análise, o desenho empregado, de debate por eixo, permitiu manifestações, o que democratizou a conferência, levando a resultados importantes. Ela destacou também a sistematização feita das conferências estaduais, o que possibilitou o conhecimento prévio das deliberações que vieram dos estados.

“O tema desta conferência é difícil – é difícil para o usuário, por exemplo, discutir gestão – , mas os participantes enfrentaram, apresentaram propostas, trouxeram suas realidades”. “A democracia brasileira é muito recente. Nesse processo de exercício democrático, temos que partir de uma consciência individual para uma consciência coletiva. O exercício de destituir-se de si e construir o coletivo é um exercício da democracia”.

“A conferência flui melhor na medida em que o governo é democrático, na medida em que temos um Estado capaz de ouvir e reconhecer como legítimo o espaço coletivo de decisão e, neste quesito, vivemos um bom momento.”

Instigada a comentar deliberações que podem ser taxadas de utópicas, a professora Maria Luiza Rizzotti afirma que elas são importantes por criarem uma pauta política. Em sua classificação, deliberações que não são exeqüíveis neste momento histórico, servem como “indicativo político para o Estado”, analisa. “Eu diria que há deliberações no campo do possível e deliberações no campo prospectivo, e que ambas são importantes.”

CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CNAS

30 de dezembro de 2013

20 anos de Lei Orgânica da Assistência Social

Na abertura da IX Conferência Nacional de Assistência Social ocorrida ontem, dia 16, a presidente do CNAS, Luziele Tapajós, destacou os 20 anos da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), que dispõe sobre a organização da assistência social no Brasil.

A Loas foi criada pelo decreto n° 8.742, em 7 de dezembro de 1993, e é ela que dá condições para que os artigos da Constituição Federal que tratam da Assistência Social sejam cumpridos. O artigo 203, por exemplo, assegura que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; o amparo às crianças e adolescentes carentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho; a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

Em sua fala, Luziele Tapajós destacou, ainda, que a IX Conferência Nacional foi precedida por encontros municipais – realizados em 97% dos municípios brasileiros – e por encontros estaduais, realizados em todos os estados e no Distrito Federal.

A presidente do Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Assistência Social (Fonseas), Maria Aparecida Menezes Ramos, avaliou que iniciou-se “um círculo virtuoso, em que precisamos aprimorar os investimentos sociais, ampliando cada vez mais a geração de trabalho, emprego e renda”. O presidente do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), Valdiosmar Vieira Santos, por sua vez, afirmou que não se pode esquecer que há alguns desafios a superar. “A gestão necessita sempre de um controle social efetivo e os nossos conselhos nos municípios precisam de estrutura”, enfatizou.

Representando o Fórum das Populações em Situação de Rua, Anderson Miranda lembrou que os serviços oferecidos pela assistência não se tratam de “esmola”. “Em nome dos usuários e usuárias do Suas, quero dizer o quanto é importante a valorização do trabalhador e trabalhadora”, disse.

Conferência - A 9ª Conferência Nacional de Assistência Social irá discutir as diretrizes e os princípios do Suas para o próximo biênio. Do total de participantes, 1.830 mil são delegados com direito a voz e voto, eleitos nas etapas estaduais e municipais no primeiro semestre de 2013. A conferência acontece a cada dois. A convocação é feita pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). As discussões prosseguem até quinta-feira (19).

(com Ascom/MDS)

Vencedores do Prêmio Mérito CNAS são apresentados em abertura da IX Conferência

Os vencedores da 1ª Edição do Mérito CNAS – que nesta edição homenageou a professora Egli Muniz – foram agraciados ontem durante a abertura da IX Conferência Nacional de Assistência Social.

Os premiados foram:

· CEAS do Ceará, representado pela sua presidenta, Silvana de Matos Brito Simões;

· CMAS de Santos (SP), representado pelo seu presidente, Leandro Lapetina Freire;

· Movimento Nacional da População de Rua, representado pelo coordenador do Movimento, Leonildo José Monteiro Filho;

· Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, representada pelo deputado estadual André Quintão, autor da Lei do Suas, Presidente da Frente em Defesa da Assistência Social e Presidente da Comissão de Participação Popular;

· Ministério Público do Rio Grande do Norte, representado pelo Promotor de Justiça Leonardo Dantas Nagashima reconhecendo também a pessoa do Promotor Sasha Alves do Amaral, precursor desse trabalho.

Instituído pelo Conselho Nacional de Assistência Social, o Mérito CNAS seleciona atuações relevantes e de interesse público para a política de Assistência Social em cinco categorias:Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas); Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS); Usuários do Suas; Lei do Suas estadual; Sistema de Justiça.

As filhas da Profa. Egli Muniz acompanharam a solenidade e também receberam a estatueta do Mérito CNAS.

CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CNAS.

29 de dezembro de 2013

Ministério da Integração Nacional

Entre os 38 projetos socioambientais complementares à obra, o Programa de Apoio Técnico às Prefeituras trabalha para que as comunidades locais participem ativamente na definição dos planos diretores dos municípios, conforme ocorrem mudanças em consequência das obras do Projeto de ‪‎Integração São Francisco‬. 

Estão sendo elaborados Planos Diretores Participativos em 47 municípios de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
 

Reconhecer e dar espaço às comunidades são marcas do‪ ‎Projeto de Integração‬ do ‪‎Velho Chico‬!